sábado, 17 de novembro de 2007

Treino hoje

Como eu não tenho conseguido treinar durante a semana - não tá dando muita coragem de sair para correr no frio depois de chegar em casa e eu estou meio ocupado também trabalhando nuns artigos - eu determinei que nos finais de semana eu teria que tirar o atraso. Como a noite eu não dormi muito bem, fui dormir tarde, tinha decidido que hoje cedo seria somente uns 5Km na pista aqui perto, de carvão, cheia de mato, para soltar as pernas e quem sabe amanhã fazer uns 20Km. Já pronto para sair resolvi pegar o mapa da cidade porque tinha me vindo a idéia na cabeça que seria melhor talvez pegar uma rua, ir e voltar, ao inves de ficar rodando na pista. E foi assim, praticamente saindo já, que mudei meus planos. Subiria até a Ellesmere, lá entraria a direita e deois a direita de novo, voltando para casa por uma trilha. Sim, seria muito mais gostoso correr na trilha do que ficar rodando na pista. E foi o que fiz, só não me atentei para o fato que a distância seria muito maior do que 5Km.

Rumei norte pela Midland, passei a Eglinton e já percebi que tinha gente nos pontos de ônibus, então ele devia estar para passar. Legal, pode rolar uma disputa eu e o busão. E realmente antes de chegar na Lawrence o dito cujo me passa e eu aperto o ritmo porque mais a frente tem um ponto e ele deve parar. Ele para, eu passo e o deixo para trás, ele para também no semáforo e eu rodando forte, ele fica muito para trás. Poucas casas, poucos pontos, eu preciso ser rápido se quiser chegar no próximo ponto antes dele. Não chego, mas ele para no ponto e eu passo novamente. Ritmo fortíssimo, agora eu não tenho muita vantagem, ele passa e abre, nossa, vai embora, me ignora... Mas eu já vejo a Lawrence e lá tem um semáforo e a Lawrence é uma avenida grande, o semáforo demora para abrir. E ele para no semáforo onde também é um ponto. Fica parado e eu que até tinha aliviado o ritmo volto a acreditar. Estou chegando perto, ele ainda parado. Chego, passo, ele ainda parado. Mas o semáforo ainda está fechado e eu, como ele, não posso atravessar. Paro, estou cansado, expiro vapor de água numa fumaça visível, está bem frio, em torno de zero graus. Mas eu, de luva, calça, blusa, boné azul, óculos escuro, camiseta NT laranja por baixo, não sinto o frio, estou bem. E parado descanso, até o semáforo abrir, e disparo, e chego no outro lado antes dele, mas isso é tudo, agora ele abre para não mais perder terreno, agora as residências ficam mais esparsas e os pontos mais distantes, agora só me resta vê-lo se distanciando, vê-lo cada vez menor até que fico sozinho, na calçada da Midland. E a disputa me rendeu um cansaço, e eu diminuo o ritmo. Chego na Ellesmere e viro à direita, procuro a trilha, entro na rua errada, volto, e então vejo a trilha do outro lado do rio.

O treino até então na calçada, com a rua de um lado, muitos carros e casas do outro, se transforma completamente. Agora estou numa trilha de concreto, no meio de muitas árvores e nem parece que estou numa cidade grande, não ouço mais carros. E vejo as árvores, vejo o outono, vejo milhões de folhas amarelas no chão e outras tantas nas árvores. É a melhor visão do outono que tenho até então, muito bonito, muitas árvores sem folhas, várias totalmente amarelas perderão suas folhas muito em breve e umas poucas ainda verde. Alguns pinheiros, estes muito verdes ajuda a paisagem ser tão bonita e tão diferente de tudo que estou acostumado a ver. E corro no meio do outono, só eu porque ali não tem mais ninguem, margeando o rio e contemplando a paisagem. Não mais disputo corrida apenas olho. Na minha frente o sol fraco tenta fazer a temperatura subir acima de zero graus, mas ele está opaco, atrás de uma névoa, eu o vejo mas não o sinto.

E sigo correndo para o sul, as pernas dizem que estou cansado, passo sob pontes e continuo por trilhas, as vezes pensando que estou perdido. Até que saio na Markhan, mas não sei que é a Markhan. A trilha termina e a única coisa que sei é que se quero ir para casa devo ir para o sul, e é o que faço porque o que mais quero é cheegar em casa, eu sinto o cançaco, sinto a distância e talvez o ritmo mais forte no começo. Eu já não sou mias o corredor do verão, quando recordes foram sugjulgdos. E na Markhan, as vezes eu vejo muita folha no chão, muita mesmo, as vezes não vejo a calçada onde pisto, coberta pelas folhas amarela. E uma subida. Chego na Eglinton, e entao já sei onde estou, não falta muito para chegar em casa mas ainda assim penso bastante em pegar o ônibus porque correr já não é mais a mesma coisa. Parece que não compensa, até esperar o busão eu chego em casa, então sigo, chego na Danforth, e daí é só seguir para chegar em casa, completando quase 17Km. Não marquei o tempo pois fui sem relógio, mas foi mutio legal o treino de hoje, ele me fez considerar fortemente a possibilidade de comprar uma câmera fotográfica para registrar as imagens, principalmente porque o inverno também será cheio de imagens, e então eu poderia rechear melhor o blog, e mais que ler e lembrar, eu poderia ver...

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