quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Ruas de São Paulo

Houve um dia em que eu acordava cedo e que o relógio dormia no chão, ao meu lado. E saia de casa, o sol já quente, ia para o trabalho a pé. Atravessava a rua já quase congestionada, entrava numa viela, onde os namorados se escondiam a noite e lá no final dela eu chegava num prédio em construcao. Não conseguia então andar pela calçada porque o prédio em contrução tomava o terreno da esquina, a calçada e metade da rua. Eu andava então no meio da rua, que naquele caso era pouco movimentada. Caminhões enormes se enfileiravam para carregar os entulhos e um trator barulhento cavava o chão. Os trabalhadores andando para lá e para cá eram sujos e mal vestidos. As calçadas quebradas e intransitáveis viriam interditads por uma fita amarela que se estendia de um cavalete de madeira a outro. E eu evitava, sempre evitava o quanto podia as construções. Sabia decor quais as que tinham no caminho para o trabalho, e muito antes de chegar lá já estava no outro lado da rua. Mas ainda assim, nesse tempo eu pouco via tudo isso porque em São Paulo construção era coisa comum, que não chamava a atenção, por maior que fosse o disturbio.

Mas hoje, ainda que longe, a lembrança é mais nítida porque eu não só não noto as contruções aqui como não as vejo. Mas elas chamam a minha atenção porque são diferentes, jamais obstruem o caminho do pedestre, jamais deixa a passagem suja ou esburacada, jamais deixa o pedestre desprotegido. Sempre que você chega perto de uma construção existe como que um túnel com a estrada de um lado e uma parede do outro, que te separa das obras. E você passa ali tranquilamente, como se não houvesse contrução...

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