quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Momentos

Passo pela porta giratória e estou fora do prédio onde trabalho. O ar quentinho dá lugar a um vento fraco mas gelado. Todos de blusa, se aglomerando cada vez mais na esquina, vejo no farol do outro lado da rua o bonequinho já vermelho e a contagem regressiva chegando no zero. A moça do meu lado, de cabelos soltos e blusa preta coloca as mãos no bolso, ela olha fixamente para o semáforo. Atrás dela o sujeito de maleta e gravata conversa com um colega sobre hoquei. Eles estão animados. Talvez seja igual no Brasil, o Palmeirense zoando do Santista. Eu fecho um pouco minha blusa, que é uma das que trouxe do Brasil. Ainda não comprei blusa. E já olho com certa atenção a minha volta a diversidade de tipos. O sujeito mais a frente tem um sobretudo grande, que vai abaixo do joelho. E a moça mais ao lado tem uma blusa que parece muito grossa, cheia de pelos. Um ciclista chega do meu lado, para, olha o semáforo. O grupo de pessoas já é grande. De vez enquando o vento fica mais forte, bate no rosto, esfria o nariz, entra por dentro da blusa e eu percebo que não seria fácil se eu tivesse que ficar muito tempo naquela temperatura. E devia estar só pouca coisa abaixo dos 10 graus. O rapaz no final da calçada dá um passo, hesita, espera um pouco, contendo a vontade de avançar. O semáforo fechou para os carros, mas ainda não abriu para a gente. A moça atrás dele chega para o lado, como se fosse passá-lo e eis que do outro lado o sinal fica verde e forte, eu começo a caminhar no meio da rua, devagar pois a multidão que vai encontra com a que vem no meio da rua e o espaço fica pequeno...

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