sábado, 31 de outubro de 2009

Halloween



E hoje é Halloween.... Essa semana também marcou a caida das folhas das árvores. Derrepente o chão se encheu de folhas e as árvores estão quase todas peladas. Eu tirei algumas fotos dos enfeites do Halloween e das ruas com folhas no chão, estão aqui.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

No end in sight

Este é um documentário sobre a guerra do Iraque. O documentário aborda de uma maneira muito convincente o despreparo dos US para com a guerra e reconstrução do país. O filme mostra como os US invadiram o Iraque sem ter motivos, sem usar a experiência de veteranso, e como cometeu erros primários no pós guerra que levaram o país ao caos. A imagem do presidente Bush antes da guerra dizendo que ia levar democracia, liberdade, medicamentos para o povo iraquiano constrastando com a situação desastrosa do país no pós guerra.

O documentário também mostra imagem de Sergio Vieira de Mello, o Brasileiro embaixador da ONU que tentou ajudar na construção do país e for morto num atentado a bomba ao prédio da ONU.

O filme é bastante interessante, vale a pena conferir!

domingo, 25 de outubro de 2009

Encontros no fim do mundo

Este é um documentário gravado na Antarctica. Embora o filme mostra muitas das velezas naturais, o foco é mais na atividade humana na região, com entrevistas com as pessoas que trabalham nas bases científicas lá. O filme mostra muitas coisas interessantes que me parece que geralmente não são mostradas em filmes sobre a Antarctica. Entre eles temos o som das focas, que é muito diferente de tudo que podemos imagina (parece aquelas musicas eletrônicas), filmagens no fundo no mar congelado, cavernas, o vulcão que tem lá, aspectos geralmente não mostrados da vida dos pinguins e bastante sobre a vida do povo que vive lá. É muito interessante e vale a pena ver!

H1N1

Parece evidente que o tal virus da gripe suina vai vir para o Canadá. Houve um aumento nos casos da gripe normal e mais tres mortes causada pelo H1N1. Uma campanha de vacinação maciça da população vai começar em Novembro.

Eu não estou certo se devo me preocupar ou não. O dato de estar escrevendo sobre isso significa que não estou totalmente despreocupado com a situação. Na verdade até decidi esperar um pocuo antes de comprar passagem para a Lika vir passarofinal de ano aqui. Sei lá, tem tanto barulho e ela não precia vir, então melhor esperar.

Estão dizendo que a idade mediana dos que contraíram a doença é 21 anos (50% dos que contraíram são mais novos do que 21 anos - ou seja, a doença parece ter afetado os jovens muito mais, não sei porque, talvez por eles frequentarem mais lugares onde pessoas ficam muito perto umas da outra, ou talvez por serem mais sensíveis mesmo...). Mas eu já passei bastante dos 21 anos, o que parece ser bom. A idade mediana dos que faleceram é 51 anos, ou seja, 50% dos que vieram a morrer por causa do H1N1 tem ais de 51 anos. Ou seja, os jovens pegam mais a doença, mas a taxa de mortalidade é muito mais alta entre os idosos. Eu fiquei curioso para ver números semelhantes para a gripe comum.

Eu estive pensando, acho que no meu caso, que moro sozinho e raramente uso transporte publico, as probabilidades de pegar o virus seriam menores. Mas vem aí o frio, vamos ver como os fatos se desenrolam...

O que será da amostragem?

Quando você vai fazer um experimento, como aqueles para testar novos medicamentos ou para testar o efeito da televisão nas crianças, ou uma pesquisa para tirar uma fotografia de uma população num determinado momento, como as eleitorais e as de pesquisa de mercado (com as quis eu trabalho), você precisa seguir a teoria da amostragem ao selecionar indivíduos para a sua pesquisa ou experimento. Se você tem uma população como a Canadense, com 30 milhões de habitantes, então você só consegue ter confiança que 1000 entrevistas refletem a população toda se você selecionar estes 1000 indivíduos adequadamente. Se você não selecionar adequadamente ninguem consegue usar a matemática para dizer o quão confiável são os resultados.

Pois bem, a pesquisa de mercado se apoia muito fortemente em amostras de uma determinada população alvo, para entender o que o mercado pensa e fazer planos estratégicos de marketing. Por exemplo, se o sujeito tem uma rede de supermercados como o Walmart, ele pode querer entender o que a população pensa do Walmart, que necessidades eles tem quando vão ao Walmart, que barreiras eles encontram para ir ao Walmart, o que é importante para eles quando escolhem o mercado em que vão. Daí precisamos tirar uma amostra da população alvo (nesse caso podemos dizer que seria todo mundo que faz compra em mercados, e talvez não estamos longe se dissermos que a população alvo é toda a população de grandes cidades onde temos o Walmart - provavelmente o Walmart não está interessado no que pensam os sujeitos de lugares onde eles não estão). O desafio é como tirar essa amostra de forma que temos um resultado que reflete essa população.

Essa amostra seria um tanto quanto cara para ser selecionada como manda o figurino. Ou, digamos, o livro do Kish. E pesquisa de mercado, assim como marketing, is all about money. O que acontece é que as regras estatisticas de seleção de uma amostras são jogadas no lixo, e a seleção das amostras ficam cada vez mais horripilantes a cada dia que passa.

Hoje eu me dei de cara com esse site, onde pessoas são literalmente convidadas para "mudar de emprego", e viver de responder pesquisas de mercado. Trabalho fácil e lucrativo. Para nós estatísticos, é frustrante pensar que o livro do Kish e do Cochran e outros foram jogados na lata do lixo, e agora a seleção de uma amostra não é mais sequer feita - não selecionamos mais as pessoas, colocamos um anuncio na esquina "entre e responda uma pesquisa e ganhe $10,00", e deixamos as pessoas se selecionarem. A pesquisa de mercado, com suas delícias estatísticas, onde eu poderia passar a vida inteira aprendendo coisas novas, onde desenvolvimentos de novas técnicas de análises acontecem todo dia, onde você tem contato com os mais diversos setores do mercado lá fora, é também muito suja, chegando em certos casos a ser mentirosa, imoral, anti-ética. Como tudo que é ligado ao dinheiro, como não podia ser diferente sendo ligado ao Marketing.

A luta do estatístico nessa área é penosa. Precisamos da ajuda de nossos colegas out there, nas empresas clientes. Precisamos que os clientes de pesquisa de mercado exijam qualidade da gente, porque então bons trabalhos podem ser feitos, como muitas vezes o são. Mas precisamos do rigor estatístico da parte do cliente para que as empresas de pesquisa de mercado sejam forçadas a usar estatísticos. Ou a aprender estatística, pois eu não acho que somente nós podemos trabalhar com estatística, qualquer um que tenha conhecimento pode fazer bom trabalhos, e o conhecimento estatístico está aí, para quem quiser, público, espalhado pela internet e livrarias.

Quantos as amostras, o Canadá é um país desenvolvido, onde pesquisa pela internet é o carro chefe. E pesquisa pela internet precisa de uma lista de pessoas que estão dispostas a responder muitas pesquisas, pessoas que queiram ganhar a vida com isso, pessoas que tem tempo to go through aqueles enormes e entediantes questionários. Tendo uma lista de pessoas assim e um questionário, você diz quantos entrevistas precisa, aperta um botão e no outro dia os questionários preenchidos estão prontos para você em uma base de dados. Extremamente fácil e barato, mas com resultados por vezes extremamente viesados que você dificilmente descobre pois não tem como descobrir.

Alguns dizem que é uma troca. O cliente está disposto a ter pouca qualidade pelo preço que paga. Tipo, uma analogia, você vai na Dolar Store, ou naquelas lojas de R$1,99, e as coisas lá não prestam, e você sabe disso, mas é só R$1,99, porque não comprar? Eu acho que isso seria Ok se o cliente de pesquisas soubesse dos riscos que está correndo. Mas minha experiência diz que muito poucos realmente sabem, a maioria não tem idéia. E quem vende pesquisa (quando eles sabem dos riscos) não vai avisar os clientes. Então para mim não é assim tão ok.

No Brasil esse problema é bem menor pois são poucas as pesquisas pela internet, se bem que parece que o negócio tá pegando lá também. Não que as amostras que não são pela internet sejam boas, mas eu acho que há mais controle, mais consciência, o pessoal é obrigado a entender mais de amostragem, ponderação, efeitos e vieses de amostras não probabilísticas. Aqui nem existe amostra mais. Bom, talvez a galera que faz pesquisa eleitoral seja melhor pois eles precisam ter resultados mais consistentes. Aqui mesmo os estatísticos não sabem mais o que é amostragem pois esse não é um problema com o qual eles tem contato no dia a dia. Por isso desde que eu cheguei aqui eu tenho mostrado a eles alguns problemas evidentes que temos por causa do descaso com a amostragem, dado exemplos de amostras problemáticas cujos resultados não mostrarão os problemas e por isso ações serão tomadas sobre resultados possivelmente ruins (pois olhando os resultados você não tem como saber na maioria dos casos se eles estão ok ou não). E já fiz 3 seminários sobre amostragem. Mas é uma luta com poucos frutos. Enquanto os clientes continuarem sendo ignorantes e não exigirem rigor técnico, muitos problemas continuarão existindo. Sites como esse fazem os estatísticos ficarem bem desanimados. A tecnologia que por um lado possibilitou o crescimento exponencial da profissão com os computadores e base dados, por outro parece estar comendo os pilares da teoria matemática. Muitos trabalhos bons e honestos são ainda feitos, no entanto, e eu gostaria de pensar que existe uma forma de colocar juntas a facilidade de coleta de dados proporcionada pela internet e a aplicaçção constante teoria da amostragem, tal que ao olharmos para o futuro não vejamos uma nuvem negra no caminho das pesquisas de mercado.

Treino no Domingo

Saí as 6:30 hoje para mais um treino. Apesar da torre ontem, eu estava me sentindo bem e resolvi fazer um percurso mais longo, que acabou dando quase 14 Km. Subi a Avenue Road até a Wilson, uns 7Km, entrei na Wilson a direita para pegar uma enorme descida até a Yonge e voltei na Yonge sentido Sul para pegar uma enorme subida. E continuei até estar de volta na Saint Clair.

Enquanto eu estava descendo a Wilson, eu vi um enorme meteorito no céu, como eu nunca tinha visto antes. Era uma grande bola de fogo com uma longa cauda, que apareceu no topo do céu e eu pensei que fosse um avião, só que estava muito rápido para ser um avião. O negócio foi aumentando de tamanho e criando uma cauda, até desaparecer atrás das casas. Foram pocuos segundos, mas ele cobriu uma grande extensão do céu e eu parei para olhar. Era muito grande, e eu imagino que deva ter caido em algum lugar.

O treino acabou sendo bom, eu me senti um pouco cansado no trecho final mas ainda assim deu uma acelerada para terminar em grande estilo. A temperatura de 7 graus, sem vento, ajudou o treino ser legal, eu logo estava aquecido e rodando sem sentir frio.

sábado, 24 de outubro de 2009

Subindo na Torre


Hoje foi o dia. Pelo terceiro ano consecutivo lá fui eu subir as escadas da CN Tower, uma das construções mais altas do mundo. Na verdade acho que é a quarta, considerando todos os tipos de contruções, sendo a mais alta torre que não é suportada por cabos.

Só que a galera que sobe na torre não vai até o topo (nem sei se daria para ir). A torre tem 553 metros, mas subimos até cerca de 342 metros. A subida, que vale e conta tempo, é composta de 143 vãos de escada, cada um com 12 degraus, se eu não estou enganado. É equivalente a pelo menos 70 andares. Após passar pela "linha de chegada" você ainda tem que subir mais uns 10 vãos para chegar onde está o elevador, para descer.

O final de semana passado foi pesado, com a corrida do Zoológico e as trilhas de mountain bike, e eu fiquei meio parado a semana toda por causa disso. Ontem, sexta, eu corri de manhã como Trevor e me senti ok. Dormi bem e acordei disposto a correr até a torre (deve dar uns 5 ou 6 Km, mais descida, quase nenhuma subida.). Também fui incentivado pela temperatura, que subiu para 12 graus, então eu não precisava usar muita roupa de frio. E fui num trote meio rápido até a torre, cheguei lá aquecido, resolvi subir do jeito que estava (sem deixar a blusa no guarda volumes - o que todo mundo faz pois as escadas tem aquecimento). Na verdade tinha uma fila enorme de gente na minha frente e eu não queria enfrentar fila no guarda volumes quando descesse da torre. E a minha blusa não era grossa.

Eu chegui no lugar por volta das 5:50 da manhã, sendo que a torre abre para a galera subir as 6h, e já peguei essa fila enorme. Como consequencia já previ congestionamento na subida. Enfrentada uma primeira fila registro, a gente caminha uns 400m e então vem a fila para a subida na torre. O problema ali foi que como a fila era grande a galera que tinha deixado a blusa no guarda volumes estava enfrentando o frio na fila. Acho que foram uns 15 minutos ali no frio até entrar na torre e dali logo estávamos subindo.

Não tem largada, você chega, eles enfiam um cartão numa máquina lá que mostra a hora. E te dão o cartão, pronto, vc pode mandar bala que o tempo tá contando. E você vai carregando o seu cartão, com o horário que você começou.

Ali no começo o congestionamento era grande, pessoas subindo devagar e eu as vezes ficava encaixotado. Mas logo veio esse sujeito pedindo para a galera abrir caminho e tal, e eu fui no vácuo dele. Ele não tava tão rápido e na verdade quando pegávamos vários vãos livres, ele parecia mais cansado do que eu. Não sei o que aconteceu que em certo ponto eu perdi ele de vista. Outros dois sujeitos vinham na nossa cola, mais rápido do que a gente e eventualmente passaram. Mais acima encontro eles sentados entre um vão de escada e outro. Mas eis que eles começam novamente, rápidos, um magro e grande e o outro baixinho e troncudo. Me passam e somem lá para cima somente para depois eu encontrar com eles novamente sentados no vão da escada. Levantaram, denovo me passaram e denovo sentaram. Faltavam uns 20 vãos quando eles me passaram pela última vez, eu não consegui acompanhá-los e eles terminaram na minha frente.

Entre um vão e outro há um espaço onde a galera dá uma parada para respirar. Alguns ali saem meio de lado para dar passagem para os outros. Alguns sentam no chão. Mas eu nunca parei, em nenhuma das 3 vezes que subi na torre.

Embora houve esse congestionamento no começo, a subida não foi tão ruim. Eu nem posso dizer que as pessoas me atrapalharam muito. No começo tem aquele monte de gente, todo mundo subindo bem, mas 20 vãos de escada depois e você já sabe quem vai sofrer para subir os outros 120. Ali a maioria do pessoal começa a encostar, parar nos espaços entre vãos, subir lentamente do lado direito e você passa a ter menos problema com o congestionamento. Muitas vezes eu encontrei o caminho completamente livre por muitos vãos de escada. A galera se espalha bem.

Estávamos por volta da metade do caminho quando eu percebi que não estava tão bem como no ano anterior. Eu me sentia cansado, as pernas realmente ficam bambas quando você sobe 30, 40 andares sem treinamento para isso. Por vezes eu tive que desistir dos passos de dois em dois degraus para descansar um pouco as pernas e nisso o ritmo caia. A segunda metade da subida foi então um pouco sofrida, cansativa mesmo, eu não queria diminuir muito o ritmo e ao mesmo tempo as pernas não queriam mais subir. Mas eu continuei sempre. Ninguem me passou em uma velocidade que fosse assim impressionante. Os poucos sujeitos que me passaram estavam pouco mais rápido que o meu ritmo, coisa que eu poderia fazer com um pocuo mais de treino. Aliás minha impressão é que se eu estivesse melhor, como no ano passado, ninguem teria me passado. Mas eu cheguei meio atrasado, digo, já encontrei a fila enorme. Aqueles que querem e podem fazer tempos bons, eles chegam bem cedo, eles estão lá na frente da fila e obviamente eles não vão te passar pois já estão na sua frente.

Chegando no vão número 143 (todos os vãos tem números e dessa vez eu tava evitando lhar para os números) a gente entra numa escada perpendicular, uns poucos degraus de um vão curto e é isso, a linha de chegada. Na verdade não tem linha, tem a galera ali denovo com a máquina, você chega, eles enfiam o cartão na máquina, o cartão sai como horário e agora você tem dois cartões. O horário que você começou e o horário que você terminou. Esse é o chip deles. Daí vem mais uns 10 vãos de escada até você chegar no lugar onde os turistas ficam vendo a cidade. Obviamente naquele horário só tinha a galera da subida.

Eu dei uma volta por lá, peguei uma água, dei uma olhada na cidade lá embaixo, pois é, eu tinha subido bastante! Não fiquei muito, peguei o elevador de volta ainda meio cansando pois eu estava com medo que o dia fosse ficar claro e me pegar sem os óculos escuros. Lá embaixo você mostra os seus cartões para o sujeito e ele entra os tempos na calculadora para chegar ao seu tempo de subida. O meu foi 16m16s, que ele escreveu na minha camiseta, cuja foto está nesse post. Foi bom, ano passado tinha sido 15m00s e o anterior na casa dos 17 minutos, então acho que foi bom. Eu estava meio cansado depois de correr até o local e subir as escadas, então resolvi pegar o metrô de volta para casa.

Uma curiosidade do evento para nós brasileiros é que ele é totalmente posicionado como evento beneficiente. "Suba na torre pela sua cidade". Na camiseta vem escrito "Eu fiz isso pela cidade". Na página na internet eles mostram exemplos do que fizeram com o dinheiro. Em momento algum fala-se em competição. Ou medalha para o primeiro colocado. Simplesmente não é uma competição a não ser aos olhos de alguns participantes. Na verdade é uma competição de arrecadar fundos. Você é incentivado e arrecadar o quanto puder. Precisa arrecadar um mínimo de 50 dolares para participar (veja bem, arrecadar, não é pagar) e um máximo de quanto você puder. E eles mostram no site a lista dos que arrecadaram mais. Eles dão dicas de como arrecadar, como pedir aos amigos e tal. As corridas são geralmente assim também, você sempre tem um espaço caso você queria pagar/doar mais do que o valor da inscrição. Enfim, é diferente...

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

The Betrayal

The Betrayal - A Traição - é um documentário que fala um pouco sobre as consequências da guerra civil em Laos, com participação maciça dos US. O documnetário segue uma família de Laos que teve que fugir do país após a guerra pois eram tidos como inimigos pelos que venceram o conflito. Como a situação era muito complicada, eles fugiram do país indo parar nos US. Em Nova York o documentário mostra a luta da família contra a pobreza em um país totalmente diferente, com uma cultura incompreensível. O filme passa a idéia de que os US, o país que entrou na guerra contra os esquerdistas, deixou o Laos destruído, se retirou e virou as costas para o povo de Laos que lutou a seu lado e sob o seu comando, povo que correu risco de vida e teve que sair do país. Uma parte foi se refugiar nos US e lá foram totalmente ignorados e não tiveram qualquer assistência do governo americano. O filme entao fala sobre a traição da América ao povo de Laos, por usarem-nos e depois os abandonarem.

O que os americanos fizeram em Laos é impressionante. Diz-se que o número de bombas jogadas no país pelos americanos foi maior que todas as bombas usadas na primeira e segunda guerra mundial juntas. Esse é um bom artigo sobre o documentário.

O documentário é muito interessante e foi nomeado para o Oscar. Muito bom.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

O Rodolfo e seu novo livro


E depois do sucesso do seu primeiro livro "Maratonando" o nosso amigo Rodolfo parece que tomou gosto pela coisa. Ele vai lançar o seu segundo livro, cuja seção de autógrafos vai ser neste dia 28, a partir das 6:30 da tarde, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional, como vocês podem ver no convite aí ao lado.

Eu ainda lembro do lançamento do Maratonando, quando nós corredores e outros corredores invadimos a dita livraria para mostrar pra todo mundo que o Rodolfo era NOSSO amigo. Pena desta vez eu estar tão longe, pois não falta vontade de ir para prstigiar o amigo e passear na excelente livraria, como eu sempre fazia de quando em vez.

E que o Rodolfo faça sucesso e continue escrevendo livros e nos brindando com seu alegre e informativo blog. Parabéns por mais essa Rodolfo!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Mountain Bike






Eu estava descansando da corrida do sábado quando o Trevor me chamou para pedalar nas trilhas de mountain bike no domingo a tarde. Essa era uma coisa nova que eu nunca pensei que fosse fazer antes de vir para cá. Mas ele vai para as trilhas todo final de semana, no norte, e neste final de semana que ele ficou em Toronto, ele resolveu me chamar para explorarmos as trilhas da cidade. Ok, vamos lá, eu nem pensei muito.

A trilha começou bem, eu estava um pouco desnorteado pelo sol que se misturava com a sombra das árvores, mas logo entramos em mata mais fechada e só tinha sombra. A trilha seguia, aparecendo sempre desafios. A trilha é feita especificamente para bicicletas, com pontes, rampas, raízes e vários obstáculos. Totalmente louco. Mas muito legal.

O objetivo não é correr nem chegar primeiro, o objetivo é fazer a trilha sem descer da bike e se você está no nível mais avançado então você se diverte pulando rampas, passando sobre pontes estreitas e outros malabarismos. Eu estava simplesmente tentando ficar sobre a bike. Subidas de tirar o fôlego obrigavam a gente a colocar na marcha mais leve e pedalar, pedalar, pedalar. Mas as vezes a subida era tão íngreme que você não conseguia ficar sobre a bike.

No começo eu ia bem, nem tanto como o Trevor, mas eu tava indo, só que eu ficava exausto. Mas não parava. Alguns trechos eram planos ou descidas e eu conseguia descansar um pouco. Alguns lugares eram super difíceis e eu tinha que empurrar a bike. Outros eram de dar medo, como pontes estreitas (vejam esta da primeira e segunda fotos, estas são largas). Eu nem sempre tinha coragem de encarar. Teve um morro que era tão íngreme, em descida, que eu cortei volta. O que contava era a técnica, não a força ou velocidade, e eu não tinha nada de técnica.

Passado mais ou menos uma hora no meio da mata eu estava cansado já e descia mais frequentemente nas subidas. Eu também comecei a sentir as costas, o esforço era enorme. Numa das pontes eu acabei caindo da bike, digo, na verdade me descontrolei um pouco e ali não tem lugar para descer da bike, não tem chão para por o pé já que a ponte é bem estreita. Moral da estória, lá fui eu ribanceira a baixo. Mas ali tinha muita folha e terra macia, um pouco de barro. Eu acabei me sujando mas não me machuquei.

Depois de 3 horas de pedal estávamos de volta em casa. Eu estava bem mais exausto do que depois da corrida de 10Km. Hoje perdi a hora do trabalho...rsrs.

As fotos aí estão em ordem inversa. A primeira lá em cima é praticamente no final da trilha. Depois vem lugares no meio da trilha e na última foto eu estou esperando o Trevor na frente do prédio dele, com minha bike. Aqui estão as outras fotos, que nao ficaram muito boas. Eu também não estou nas fotos já que era eu quem estava tirando elas...

domingo, 18 de outubro de 2009

História do Canadá - Capítulo 11 - Colônias em Desenvolvimento

O Capítulo 11 abre a Parte IV do livro que vai de 1815 a 1867 e fala do amadurecimento das colônias inglesas na America do Norte até a formação de uma nova nação chamada Canada em 1 de Julho de 1867. O Capítulo 11 fala sobre o contexto de desenvolvimento social e econômico, que levou ao desenvolvimento político, do qual falaremos no Capítulo 12.

A questão das fronteiras com os USA não teve uma solução definitiva e fácil. As fronteiras eram definidas e redefinidas através de anos de negociação. No oeste, a Inglaterrra cedeu o território ao Norte do Canadá à Russia em 1825 e o território que era da Inglaterra era objeto de cobiça dos USA. Mas em 1846 foi definido que o território ao norte do paralelo 49 seria do Canada (A Russia tinha o território ao norte do paralelo 54'40'', que acho que é o Alasca, mas o livro não fala isso). Em 1849 foi criada a colônia da Ilha de Vancouver e em 1958 a de British Columbia, num esforço para consolidar o domínio britânico da região. Em 1866 essas duas colônias foram fundidas em uma só. Enquanto isso no "Far North" os europeus buscavam uma passagem para o Pacífico, busca que movimentou a região durante todo o período coberto por este capítulo (1815 - 1867).

Imigração - Entre 1815 e 1860 as colônias receberam ondas de imigrantes como nunca antes. A maioria deles vindo da Inglaterra, empobrecidos pelas guerras Napoleônicas e Revolução Industrial. Irlandeses também vieram em grande quantidade em 1825 devido a períodos de baixa produção agrícola na Irlanda. Cerca de um terço dos Irlandeses que vieram para o Canadá acabaram indo daqui para os US. Em 1845 outro período de fome dizimou a Irlanda causando muitas mortes e êxodo para a América do norte. Mesmo pessoas que estavam bem na Inglaterra eram atraídas pela visão de oportunidades nas colônias inglesas. Por causa da gradual eliminação da escravidão nas colônias britânicas a partir de 1793, também houve uma grande imigração de negros dos USA para o Canadá, onde eles eram livres. A descoberta de ouro em 1858 na costa Pacífica trouxe uma leva de imigrantes para a região, vindo de toda parte do mundo. Com a aumento da imigração a ameaça militar dos nativos foi desaparecendo, doenças e pobreza os assolaram. Nas colônias do Atlantico os nativos estavam limitados as reservas em meados do século XIX e na costa Pacífico eles se deram emlhor, mas ainda eram fortemente influenciados pela imigração e deslocados de suas terras pela corrida do ouro. Por volta de 1860 a imigração diminuiu substancialmente mas o caráter inglês das colônias estava consolidado. Cerca de 25% da então população era de origem Irlandesa. Embora ainda dominada pela língua francesa, cercad e metade da população de Montreal e Quebec falava ingles por volta de 1850.

Os imigrantes de uma forma geral não tiveram uma vida fácil nas colônias Britânicas. As terras prometidas nem sempre eram recebidas e eles se viam sem dinheiro e obrigados a trabalhar como empregados na terra dos outros, pesca, extração de madeira. Além disso eram muitos os conflitos com a população local. Eles competiam pelos empregos, pela economia e frequentemente traziam doenças da Europa que causavam muitas vítimas aqui. Os imigrantes estavam entre a população mais pobre das colônias frequentemente tendo que pedir esmolas.

Economia - Com o aumento da população pela imigração o comércio de bens básicos/ matéria prima com a Grã-Bretanha cresceu bastante. Madeira, peixe, pele, minerais e trigo estavam entre os principais items comercializados. Newfoundland tinha sua economia baseada no peixe cod, um peixe do norte do Canadá. Mais tarde no século XIX o comércio de focas e leões marinhos dividiu a economia de Newfoundland. A agricultura de trigo desenvolveu mais no Upper Canada (Sul de Ontario) mas ainda assim a maioria das famílias não conseguia produzir mais do que para a propria subsistencia e para o mercado interno. No Oeste o Bufalo era caçado e vendido para os USA. Madeira era extraída para construção. Muitas fábridas de navios começaram a se instalar principalmente no Leste. O Comércio de pele continuou, agora sob o monopólio da Hudson Bay Company.

Família - A maioria da população era rural e a família era a unidade econômicam Mulheres geralmente trabalhavam em casa ou como doméstica. Elas eram responsáveis pela comida e roupa. Crianças geralmente começavam a trabalhar cedoe antes dos 15 anos era esperado que fizessem o trabalho de um adulto. A média era de 7 a 8 filhos por mulher, sendo que 1 em cada 5 crianças morria no primeiro ano. A mãe falecia por complicações na gestação ou parto uma em cada 20 partos. A expectativa de vida era em torno dos 50 anos.

Cidades - Em 1850 menos de 20% das pessoas viviam em comunidades com mais de 100 habitantes.Nessa época Montreal era a maior cidade do Canadá com 57 mil habitantes, seguida por Quebec City com 47 mil e Toronto com 30 mil. Geralment não havia divisão de bairro residencial e comercial, pessoas moravam e trabalhavam no mesmo predio. As cidades não eram um lugar prazeroso para viver. As ruas eram cheias de escrementos de vacas e cavalos, os mercados cheios de carcaças, cabeça de peixes, vegetais apodrecendo. Havia muitos ratos e doenças que fazia a taxa de mortalidade ser maior nas cidades do que na zona rural. Banheiros ainda eram no quintal dos fundos das casas, juntos com animais. Agua, esgoto e luzes comecaram a serem instalados em 1850 nas cidades mas ainda era muito precarios. Toronto e Montreal comoeçaram a emergir como pontos de comércio nas estradas e ferrovias, mas não havia uma cidade dominante na colônia.

Cultura e Classe - A classe na colonia era baseada em parentesco, riqueza e relacionamento com a produção. A hereditariedade era restrita, mas a riqueza era altamente concentrada e poucos dominavam muitos aspectos da vida colonial. Uma clase média de fazendeiros e artesãos eram os pilares da colônia. A clase baixa compreendia uma imensa quantidade de trabalhadores que dependiam de trabalho geralmente sazonal para ganhar a vida.

Nativos - Em meados do século XIX o papel dos nativos eram variados. Na costa atlantica o comércio de pele já tinha acabado e há registros de tribos que desapareceram completamente. Outras começaram a viver do comércio de seus artesanatos. NMais para o centro (Quebec/ Ontário) os nativos se viram cercados pela urbanização e burocracia dos brancos. Ficaram confinados em reservas e sujeitos a processos burocráticos relativo a posse e valor de suas terras, tendo que obedecer a tratados. No Oeste os nativos também viram suas terras serem tomadas e seu território de caça ser reduzido pela Hudson Bay Company. Houve guerras entre nativos e HBC. Com a corrida do ouro os garimpeiros fizeram suas próprias regras, queimaram vilas nativas para tirarem-nos de seu caminho. Paralelamente também houve algumas políticas de grupos isolados e da igreja favoráveis aos nativos que já haviam perdido sua habilidade de sobreviver. Em alguns lugares os nativos receberam assistencia em geral e educação, alem de qualificação para o trabalho. Houve também missionários que foram para o interior para converter os nativos ao Cristianismo. Enquanto no Leste os Nativos já haviam desenvolvido imunidade a doenças dos europeus, no Oeste doenças como sarampo continuavam a dizimar nações. Muitos nativos passaram a trabalhar com os brancos e a se integrar a cultura européia.

Os Métis - Os Métis, originados da mistura de brancos com povos nativos, viviem em comunidades geralmente rurais onde cultivavam a terra. Eles frequentemente enfrentavam períodos de fome devido a dificuldade da caça. A principal colônia Métis ficava perto de onde hoje é Winnipeg. Como tinham parte da cultura branca, os Métis viviam em comunidade misturado com europeus. A principal comunidade, a do Rio Vermelho (perto de onde é Winnipeg) era formada em sua maioria por Métis. Com essa mistura essas comunidades foram infestadas por racismo entre os brancos e os Métis.

Negros - No século XIX havia um sentimento anti-escravagista nas colônias Britânicas. Em 1833 a escravidão foi abolida em todo o império Britânica. Inicialmente (por volta de 1812) chegaram às colônias os negros leais, que lutaram em favor da Grã-Bretanha na Independência Americana. Muitos deles receberam terras. Havia discriminação apesar de tudo - os negros receberam menos terras e sempre tinham mais dificuldades com questões burocráticas. Era difícil o acesso a educação e política. Mais tarde chegaram às colônias mais negros fugindo da escravidão nos US que tendiam a formarem comunidades separadas dos negros leais.

Cultura e Religião - As igrejas Cristãs proliferaram nas colônias Britânicas. Elas chegavam a competir umas com as outras e tinham um papel na definição da vida social, política e intelectual da região. A Igreja Católica Romana tinha muito poder entre os que falavam frances, no leste do Canadá. As igrejas Batista e Metodista foram as que cresceram mais entre as evangélicas. Por volta de 1850 cerca de 40% da população era Católica. No Oeste a religião mais predominante era a Protestante.Fora do Leste do Canadá os Católicos não eram praticamente representados entre as classes mais poderosas, eram em sua maioria trabalhadores. As igrejas também eram importante na prática da caridade entre os pobres. Orfanatos, hospitais e abrigos eram frequentemente patrocinados pela igreja.

Assim termina o capítulo 11. O capítulo 12 vai falar mais de política, rebeliões e reformas.

Distrito 9

Distrito 9 é um filme de ficção científica, sobre seres extra-terrestres que viera a pousar na Terra em uma situação onde eles estavam debilitados. Os humanos então criaram um tipo de uma cidade para eles, chamada Distrito 9, na África do Sul. Mas eles começaram a criar problemas e numa tentativa de mudar eles de lugar um humano expert nos ETs acaba entrando em contato com um líquido que vai transformá-lo em um ET. Aí tem a luta do sujeito para voltar ao normal... Enfim, muita bobagem, na verdade só bobagem, eu não sei porque perco meu tempo com esse tipo de filme... Eu sei que tem gente que gosta e eu não tenho nada contra mas esse é o tipo de filme que me deixa entediado pois ele é muito distante de qualquer possível realidade, fala sério. Eu pensei que teria algo interessante sobre ETs e tal mas...

sábado, 17 de outubro de 2009

Corrida do Zoologico


Hoje foi o dia da corrida do Zoologico. Eu corri ela no ano passado, achei legal e não panejava correr denovo neste ano principalmente porque fica meio longe (30Km de bike, ou metro + onibus) e é numa época que já faz frio (ru já nem to indo muito em corridas, se faz frio então é mais difícil porque tem toda aquela maratona de levar um monte de coisa, blusas e tal..).

Mas acontece que o meu colega Etíope, o Nathaniel, se inscreveu no verão e disse que ia correr. Eu sabia que ele tava contando comigo, então me inscrevi também. Nesse tempo todo eu fiquei com aquela dor nas costas e pouco treinei. Ele treinou ainda menos para não dizer que não treinou nada. E ainda queria ir de bike até lá pois eu falei para ele que no ano passado eu tinha ido de bike.

Fomos de bike até o metrô, pois a gente decidiu que era melhor pegar o metrô até onde o metrô fosse e bike de lá em diante. No metrô ele já desistiu da bike por completo, já estava falando de pegar um busão no final do metrô. Isso por causa do frio, uns 2 graus que parecia muito menos com o vento contra na bike. E ele realmente estava despreparado, luvas não eram boas, roupas não era adequadas. Ele estava passando frio e não queria mais saber da bike. Eu concordava pois dada a falta de preparo dele principalmente (que nunca correu e nao treinou), era melhor chegar lá inteiro. Mas então dentro do metrô eu disse a ele que então estávamos levando a bike atoa e ele se tocou que iamos levar a bike atoa para deixar amarrada num poste lá, com o risco de ser roubada. Minha bike já está meio detonada mas a dele é novinha. Ele jamais deixa na rua. Então ele se tocou que ele tinha carro e pediu para voltamos para o ap dele, deixar a bike lá e ir de carro. Ok, isso realmente parecia melhor, eu topei. Chegando no ap dele eu decidi que enquanto ele subia, descia, pegava carro e tal, eu ia até meu ap deixar minha bike, ele passaria lá (6Km até meu ap).

Chegamos no local as 7:30 com largada para as 9h e frio tava trincando. Como eu sou meio prevenido, eu tinha levado um gorro extra mais grosso e uma blusa de corrida também mais grossa, para temperaturas inferiores a 5 negativos mais ou menos. Ele tava com frio e pediu os dois emprestados (logo depois que tiramos a foto acima). Tomomos um café, comemos umas coisas e fizemos uma horinha e fomos pra largada.

Eu corri com ele nos primeiros 500 metros, disse a ele para pegar leve, e coloquei um ritmo que eu achava forte, que é como eu costumo começar as corridas. Passei muita gente mas lá pelo Km 6 eu tava detonado, tive que reduzir a velocidade, mas ainda assim nem tantos me passaram. Terminei bem cansado com 47:47. Cá entre nós, se a gente colocar na balança que eu pouco treinei depois das dores nas costas e que eu tava com 10Km a mais quando voltei pro Brasil (95Kg, juro que ainda não entendi isso, queria passar noutra balança mas a Lika estava tirando com minha cara e dizendo que ela conhecia aquela balança e que ela tava certa e que eu tava gordo e não queria aceitar. ). E tava frio, imagina, 2 graus. E não era plano. Ok, tudo desculpa, mas enfim, achei que o tempo não foi lá ruim não apesar de eu ter terminado morto.

O Nathaniel terminou em 1:03, o que achei muito bom, eu tava acreditando que ele pudesse terminar na casa dos 1h20m e sofrer e sair com dores e tal e nunca mais correr. Mas ele terminou bem e parece que tá animado para encarar outras, embora não antes da temperatura aumentar.

A corrida foi legal, bem organizada, com 3 postos de água e eu não parei em nenhum (com 2 graus vc não precisa tanta água assim, eu acho). O resultado saiu logo na internet e depois da corrida teve muita coisa a vontade para comer, incluindo frutas, vários tipos de biscoitos e roscas. Eu para dizer a verdade tava meio atordoado, cansado da corrida, nem tava querendo comer nada, mas peguei uma rosca e uma banana. A corrida não deu medalha apesar de ser uma das mais famosas da cidade. A camiseta foi legal (veja na foto, o Nathaniel tá com ela). Enfim, foi divertido!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Jantar com a galera

Hoje eu acabei indo jantar com a galera do trampo de surpresa. Acabei ficando no trabalho até um pouco mais tarde pois descobri um problema numa análise que tinha feito e, como diz o ditado, nao gosto de deixar para amanhã (ou segunda feira) o que posso fazer hoje. Quando ia saindo deu certo que a turma do "food event" ia saindo também.

Um dia um sujeito resolveu lançar a idéia de a gente reunir a galera do trampo e ir em restaurantes diferentes, especialmente cozinhas estrangeiras. Esse dia foi ainda no ano passado. Uma galera aceitou a idéia e o primeiro restaurante que fomos foi um brasileiro. Era só um grupinho pequeno do trabalho que para falar a verdade foi diminuindo, mas uns poucos que ficaram fizeram com que o evento não acabasse. Com isso eu acabei indo com eles num restaurante Mexicano, Chines e Etíope, além daquele primeiro brasileiro. Eles foram em outros que eu não participei, nem sei porque. E é uma coisa da turminha, não é nada que a empresa faz.

Bom, então, essa turma ia saindo hoje, eles iam indo para um restaurante de comida da Malásia, Eu saindo tambem, capacete na mão, mala de carregar na bike, pronto para ir pra casa. E eles me convenceram a ir também. Fui de bike.

Foi legal, a comida é saborosa (como geralmente é toda comida diferente), gostei bastante e de quebra conheci duas pessoas do trabalho que ainda não tinha sido apresentado. Tinha no total 8 pessoas, o que é bem pouco para o tamanho da empresa. Mas foi bom, eu prefiro pouca gente mesmo...

A Gripe Suina

O calor jah era. E com a chegada do frio a preocupacao com a gripe suina explodiu. Na primeira semana de Novembro comecara uma campanha de vacinacao contra a gripe para toda a populacao. E desde jah estao planejando nas escolas e lugares publicos o que fazer se uma pessoa pegar a gripe.

Eh interessante toda essa preparacao, se a gente pensar direito nem sabemos se vai haver a tal epidemia. Mesmo assim toda a populacao tah sendo preparada para ela. Bom, se acabar nao acontecendo, melhor...

Enquanto isso no Brasil parece que as coisas se acalmaram. Eu tenho sido meio preguicoso para acessar as noticias do Brasil, mas parece que o pessoal nao tah mais falando muito na gripe suina. Menos mal, qualquer coisa eu pego o primeiro voo para o Brasil...rsrs...

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

CN Tower Climbing

E lá vou eu denovo subir a CN Tower. Será no outro final de semana, dia 24 de Outubro. O evento é beneficiente (como todos aqui) e eu estou indo participar pela terceira vez. Na primeira vez levem em torno de 18 minutos para subir e na segunda em torno de 15 minutos. Minha impressão e que fui mais rápido principalmente porque fui mais cedo e as escadas estavam livres. As escadas são estreitas e é difícil a ultrapassagem. Mas geralmente é legal, você chega lá no topo com as pernas bambas. Acho que tem em torno de 140 vãos de escada para subir, cada um com uns 10 degraus. Ou seja, não é fácil.

O Canadá deve ser um dos países mais avançado na tecnologia para arrecadar dinheiro para entidades sem fins lucrativos. Aqui está a página que eles fizeram para mim, e que eu posso personalizar com mensagens, fotos e tal. Não existe premio para o sujeito que sobe mais rapidamente, mas existe para o que arrecada mais dinheiro.

Enfim, lá vou eu sobir na torre pela quinta vez (a terceira pelas escadas)... E que venham os degraus!

Quanta propaganda...


Uma das coisas que me deixou espantado aqui é o número de folhetos de propaganda que a gente recebe na nossa caxinha do correio. Para pelo menos uma coisa boa podemos falar dos muros altos, câmeras, porteiros, alarmes que temos nos prédios do Brasil - Como ninguem tem acesso ao seu apartamento você sua caixinha do correio nao fica entupida de panfletos de lojas.

Pois aqui fica. Desde jornaizinhos de lojas que vem todas as semanas com aquelas promoções até propagandas mais estranhas como essa daí da foto, que é de uma agência que te ajuda a "desencalhar".

Eu acho que o povo deveria parar de comprar em lugares que entopem nossa caixinha de correio, afinal é uma certa invasão de privacidade, dado que a caixinha é nossa e que não pedimos nem demos autorização para essas coisas. Pelo que vejo a maioria das pessoas jogam os panfletos fora sem nem mesmo olhar, pois a lata de lixo lá sempre tá cheia desses folhetos de propaganda. Aliás eu acho que aquela lata de lixo só está lá para que as pessoas possam jogar fora o conteudo de suas caixinhas de correio. Aí seus comerciantes, vamos pensar mais no meio ambiente e parar de desperdiçar papel...

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Treino forte hoje

Hoje eu saí para o treino com uma temperatura de 1 grau. O departamento de meio ambiente do Canadá deu alerta de geada para a manhã de hoje. Seguramente o dia mais frio depois do inverno, e a temperatura não tem passado dos 10 graus estes dias. Interessante pensar que isso é outono, que ainda estamos tentanto aproveitar o calor antes do inverno.

Enfim, eu resolvi fazer um treino mais curto, mas como me senti bem no começo forcei a barra e corri rápido quase o tempo todo. No total deve ter dado entre 7 e 8 Km, a maior parte correndo forte. Terminei bem cansado, mas um pouco satisfeito por ter conseguido segurar um ritmo melhor. Quem sabe eu consiga também chegar no inverno com bom preparo, seria realmente legal correr ainda mais neste inverno do que no ano passado, tipo, chegar preparado na Around the Bay.

Sábado que vem tem a corrida do Zoológico e pelo treino de hoje eu acho que estarei bem lá. Parece que não vai ser difícil correr sub 50 minutos, que era minha meta, e se eu estiver como hoje então talvez consiga até chegar perto dos 45 minutos nos 1oKm, o que seria fantástico pois dessa vez eu perdi muito tempo de treino com as dores nas costas e realmente fiquei fora de forma....

A cidade dos gatos

Hoje por acaso, antes de sair para o treino, eu estava ouvindo uma entrevista no rádio com um sujeito que resolveu tratar (dar comida e tal) de uma colônia de gatos selvagens que ele encontrou aqui na região metropolitana de Toronto.

Primeiro me espantou o fato de que existam colônias de gatos selvagens, segundo o de que pessoas vão lá dar comida a eles quando crianças passam fome (agora no Thanksgiving o sujeito ia levar um peru para eles, embora os gatos gostem mais de frango, segundo ele). Eu, defensor dos gatos que sou, já estava pensando num jeito de usá-los como fonte de proteína para as crianças carentes.

Eles explicaram que o que acontece é que pessoas querem desfazer de seus gatos e soltam eles longe de casa. Esses gatos se juntam e procriam formando colônias e passando ao estado selvagem, mesmo evitando a proximidade das pessoas. Mas parece que eles são facilmente domesticados (é só dar bastante comida todo dia e tal...).

Em Toronto existe o Toronto Cat Rescue, uma organização que tem por objetivo proteger os gatos de rua. O Toronto Feral Cat Project procura dar um jeito na superpopulação de gatos. Aqui uma matéria infformativa sobre o que acontece com os gatos em Toronto. Segundo a matéria a proliferação dos gatos são um problema para os que amam eles e também para os que o odeia. Mas cá entre nós, um problema criado somente pelos que tem gatos.

domingo, 11 de outubro de 2009

Super Size Me

Esse e um documentário que acho que somente eu não tinha visto. É uma oposiçaõ as grandes cadeias de fast food, principalmente o McDonalds. O diretor do filme resolve fazer uma dieta onde durante um mês ele não come nada a não ser coisas que o McDonald vende. Ao mesmo tempo ele tem acompanhamento de vários médicos. O resultado é que ele engorda e fica com o fígado e rins bastante prejudicados a ponto de os médicos pedirem para ele parar a dieta no vigésimo dia. Ele também mostra o marketing perverso desses companhias tentando fazer a cabeça das crianças.

Eu acho que é interessante, mas não funciona realmente. Ninguém de nós vai parar de comer fast food por ver o filme, ou muito poucos param. Eu muito raramente frequento esses lugares, mas no Brasil eu ia de vez enquando no Rabibs, não sei se é melhor...

Taxi to the Dark Side

Este é um documentário vencedor do Oscar de melhor documentário em 2008. Ele começa falando de um jovem afegão motorista de taxi que foi capiturado pelo exército americano em 2002, na guerra contra o terror, preso, torturado até a morte. O filme discorre sobre a tortura sofrida por muitos inocentes, a desobediência dos USA à convensão de Genebra e o desrespeito aos direitos humanos. É um pouco revoltante o fato de que ninguem foi realmente punido a despeito da maioria dos torturados não terem sido convictos. A gente passa a questionar o que uma nação poderosa como os USA podem fazer, com todo mundo vendo, e não acontecem nada com eles...

Sobre o Ironman

Eu acabei assistindo o ironman do Hawaii praticamente inteiro, apenas dei uma cochilada na parte da bike. Achei muito legal, as três modalidades passam por lugares bem legais, a ilha parece bem legal. Mas eu não tava lá para ver como é a ilha, ou pelo menos não só para isso.

Uma coisa que não teve como não notar foi o fato de a galera estar toda de roupa curta, temperatura muito alta. E este frio aqui.

A competição foi interessante pelas inversões. A galera diz que a natação não é muito importante, é um aquecimento e geralmente não tem muito peso na decisão do Ironman. Foi o que aconteceu, os dois sujeitos que terminaram na frente (e bem na frente) na natação não se deram bem depois. O primeiro da natação foi o 58 na bike e o 66 no geral. O segundo na natação foi 21 na bike e 9 no geral. O terceiro na natação foi 16 na bike e 8 no geral. Enfim, a natação parece que não ajudou muito.

O vencedor do Ironman, Craig Alexander (Australia) foi 12 na natação e 10 na bike mas deu um show na corrida.

O segundo lugar no Ironman, Chris Lieto (USA) foi 26 na natação e primeiro na bike. Aliás ele começou a corrida com 11 minutos de vantagem pro segundo colocado depois da bike (que foi 12 no geral). Lieto é grande e eu tive a impressão desde o começo de sua corrida que ele não tava tão bem, principalmente depois de ver Alexander correndo. Lieto fez a bike espetacular, mas a sua maratona foi feita em 3:02, o que é bastante fraco, tipo, você precisa ter uma boa vantagem (e ponha boa nisso) na bike se quiser vencer um ironman com uma maratona acima de 3h. Alexander fez a maratona em 2:48, colocando 14 minutos em Lieto e terminando o ironman 3 minutos na frente. Quando Alexander começou a maratona 11 minutos atrás de Lieto não parecia possível que ele (ou qualquer outro) fosse vencer, fosse tirar a diferença de Lieto. Mas a maratona é longa e é penosa num Ironman, Lieto sofreu bastante.

A disputa feminina não teve muita graça, Chrissie Wellington (Grã Bretanha) terminou a bike com 12 min. de vantagem para a segunda mulher na bike. E correu a maratona bem, terminando em 3:03. Liderou o tempo todo, sem ser ameaçada e terminou o Ironman 9 minutos na frente da segunda colocada (Mirinda Carfrae - Australia - que fez uma sensacional maratona em 2:57 e pulou de 9 colocação depois da bike para segunda no geral). Aliás segundo os locutores é a terceira vitória consecutiva dela. Também foi interessante notar que a primeira colocada na natação - Lucia Zelenkova da Rep Tchecoslovaquia - terminou em 14 na bike e 23 no geral. A segunda na natação foi 8 na bike e 21 no geral.

Ou seja, sei lá mas os atletas de ponta mesmo parecem que pegam leve na natação e sentam a bota depois. Eu teria que acompanhar vários ironman para poder afirmar isso, claro, mas...

O melhor brasileiro foi Reinaldo Colluci. Ele terminou a natação na posição 20, mas subiu para 6 na bike (acho que chegou a estar em quarto), então eu estava torcendo para que ele fizesse uma boa maratona. Mas o contrário aconteceu, ele fez uma maratona bem ruim e caiu para 21 no geral. O que, cá entre nós, não é rum, considerando que tinha 160 profissionais (mais 1700 amadores que largaram um opuco depois).

Fernanda Keller também fez um bom Ironman, mas longe da ponta. Ela terminou a natação na posição 39, caiu para 48 depois da bike e recuperou bastante sendo 37 no geral. Fez a maratona em 3:35:31. Não sei se teve alguma outra mulher brasileira na frente dela ( a classificação não mostra o país das atletas na lista geral), mas pelos nomes acho que não.

Chrissie Wellington, a primeira mulher, esteve sempre perto dos primeiros homens (mulheres e homens competem juntos). No geral (contando homens e mulheres) ela ficou na posição 23, passando vários homens na corrida que terminaram a bike antes dela. Impressionante..

Treino frio

Ontem eu fiquei assistindo o Ironman do Hawaii e acabei não indo correr ainda que estivesse afim. Hoje de manhã eu sai para o treino mais longo, e a temperatura bateu recorde depois do verão, 4 graus. E lá fui eu tirar o gorro e as luvas da gaveta. Mas ainda me recusei a colocar calça, fui de shorts.

O treino, que começou as 7:30, foi tranquilo, eu rodei entre 11 e 12 Km em cerca de 58 minutos. Acho que na corrida do Zoo no final de semana que vem eu vou conseguir fazer um sub 50 minutos para os 10Km. Hoje o treino foi agradável, sol nascendo, folhas do outono começando a cair, e eu revisitando a antiga trilha que corria todo dia, tudo bonito. Mas eu senti a falta de preparo para rodar 10Km. No final eu estava meio detonado embora ainda assim aumentei o ritmo. Foi bom, foi recompensante. Senti pouca dores nas costas, mas apesar de não estar atrapalhando as corridas (pelo menos esses treinos curtos), ela está lá no dia a dia. Eu estou epnsando em seguir a recomendação de um amigo e fazer rotineiramente alguns exercícios do Pilates, que fortalece os músculos da região da barriga. Parece que faz sentido pensar que o problema pode ser apenas músculos fracos, eu nunca exercito essa região mesmo...

Bom, terminei o treino e caminhei por cerca de uns 800m atéuma Starbucks, onde comprei um café de quase um litro para esquentar o frio...

Fridge Pick Up

Hoje eu peguei a conta de luz na caixinha do correio lá embaixo. Ela deve ter chegado no meio da semana mas como eu geralmente só passo na caixinha do correio depois dos treinos, acabei recebendo a conta somente hoje. A boa notícia é que dessa vez eu não vou ter que pagar nada pois eles me fizeram pagar $130 na primeira conta que estão devolvendo agora, como incentivo por eu ter colocado a conta no débito automático.

E a notícia engraçada é que junto com a conta vem uns folhetos com promoções e tal. Um deles é o "Fridge Pick up". Eles incentivam você a se livrar da sua geladeira velha e ficar só com a nova, ou comprar uma nova. Eles dizem que as geladeiras mais antigas gastam muito mais energia do que as modernas, por isso compensa se livrar da geladeira velha. E se você resolver aceitar a sugestão, eles vem pegar a geladeira velha sem cobrar nada e garantem que vão dar um jeito nela sem poluir o meio ambiente. Achei engraçado a primeira vista, mas não é apenas engraçado, se vc pensar faz sentido dependendo do quando se economiza em eletricidade trocando a geladeira, visto que estamos numa época onde o consumo crescente de energia é uma preocupação. Bom, quem sabe eu deveria desligar a geladeira e viver como no Brasil...

Outros programa de conservação de energia é o "peak saver" onde vc ganha $75 se deixar eles instalarem um aparelhinho na sua casa que controla o seu ar condicionado. Mas eu não tenho ar condicionado... Tem outro programa onde, se não me engano (pois eu li muito rapidamente) eles te fornecem informação detalhada (tipo de hora em hora) do seu consumo. Com isso você pode tomar algumas medidas para economizar energia, pode detectar as fontes de maior gastos.

Então vamos colaborar para não ter racionamento (embora eu tenha adorado o racionamento que teve no Brasil e eu nem pagava mais conta de luz por causa dos bunus que recebia).

sábado, 10 de outubro de 2009

História co Canadá - Capítulo 10 - Os Nativos e o Comércio de Couro no Oeste

Embora nos dias de hoje os povos nativos se julguem explorados, não era assim a dois séculos atrás. Os nativos no final do século XVIII participavam com entusiasmo do comércio de couro. A competição entre Hudson Bay Company e os cmerciantes de Montreal assegurava que eles continuariam tendo seu lugar no comércio de couro.

Com a Revolução Americana os comerciantes de couro de Montreal se viram numa situação muito difícil, visto que grande parte de sua fonte de couro vinha de onde se tornou os EUA. Para fazer frente aos comerciantes de Hudson Bay Company (HBC) eles se uniram com outros comerciantes e formaram a North West Company (NWC). Com a compatição, em 30 anos o número de postos de comércio de courto subiu de 17 para 430 de forma que onde quer que o nativo estivesse ele teria um posto onde poderia levar o couro por perto. Um posto de troca conveniente localizado e bons bens europeus era tudo o que os nativos queriam, de forma que os nativos adiquiriram muito da cultura européia.

Mas com a competição HBC-NWC os nativos mais ao norte também sofreram violência. Para manter os seus fornecedores nativos era frequente o uso de violência pelos europeus, em especial a tribo Dene. Quando isso acontecia os nativos muitas vezes se retiravam do comércio de couro, outras vezes eles retaliavam os europeus assassinando comerciantes. No Sul a violência acontecia menos mas nem sempre o comércio era bom para os nativos. A tribo Ojibwa por exemplo sofreu quando a caça ficou escassa em sua região, passando necessidade e houve até rumores de praticarem canibalismo. O comércio de pele mudou o seu ambiante e tornou a sua sobrevivência difícil.

Doenças contagiosas foram outro problema trazido pelos comerciantes. Por volta de 1780 uma epidemia de sarampo devastou tribos no Oeste do Canadá, vitimando pelo menos metade dos indivíduos.

Ainda na época do domínio Francês, o contato dos nativos com os povos de orígem européia era tão grande que estimou-se que 40% dos canadenses tinham pelo menos um sucessor entre os nativos por causa dos casamentos entre europeus e nativos. Esses descendentes que tinham sangue europeu e nativo geralmente não se identificavam com os brancos nem com os nativos, eles costumavam se identificarem mais com seus semelhantes. Com isso várias comunidades surgiram no Canadá dos chamados Metis (mixed blood). Os Metis não eram valorizados como os brancos e tinham sempre empregos de baixo salários. COm isso as comunidades Metis passaram a depender para sua sobrevivência sobretudo do comércio de couro. Diz-se então que o comércio de couro não só mudou a vida e cultura dos nativos mas também criou um povo totalmente dependente dela. A cultura dos Metis também era misturada entre a nativa e européia. A linguagem era frequentemente uma mistura do nativo e frances ou ingles. O mesmo aconteceu com outros aspectos da cultura, como a dança por exemplo. Com isso uma nova cultura surgiu da prática do comércio de couro.

Em 1812 HBC decidiu começar a colônia do Rio Vermelho (Red River Settlement) perto de onde é hoje Winnipeg. A colônia tinha por objetivo suprir os comerciantes de couro da região. Mas os comerciantes de NWC viram a colônia como uma ameaça e incentivaram as comunidades Metis a atacarem a colônia da HBC. A briga que se sucedeu envolveu o assassinato de pessoas da HBC e ações judiciais contra ambos NWC e HBC.Os fatos juntos levou ambas a uma posição financeira precária e finalmente houve a fusão das duas em 1821.A nova companhia levou o nome da Hudson Bay Company.

A história dos ingleses na costa oeste canadense começou em 1778 com a expedição de exploração do Capitão James Cook. antes disso a região era explorada por russos e espanhóis. Em 1774 os espanhóis mandaram expedições do México para o norte da costa do Pacífico, com a finalidade de tomar a região para eles. Em 1975 eles clamaram a costa Oeste do Canadá e dos EUA para o rei da Espanha. Em 1789 os Espanhóis começaram a construir um forte na costa Pacífica do Canada onde Cook tinha ido 11 anos antes. Em 1790 guerra entre ingleses e espanhóis foi evitada pela Convenção Nootka Sound que estabeleceu ocupação conjunta da costa ao norte de San Francisco. voltando um pouco, em 1778, James Cook trocou bens europeus por pele de lontra marinha, capturadas por nativos Nuu'chah'nulth da região costeira do Canadá. Cook fez muito sucesso com a venda na China dessas peles o que abriu um enorme comércio de pele de lontra marinha na região, explorado pro Ingleses, Americanos, Espanhóis e Franceses. Os nativos eram duros comerciantes, sempre impondo suas condições de forma que os bens europeus não devastou a cultura desses povos do oeste. Em 1793 os ingleses começaram a ir mais para o interior da costa oeste e estabelecer postos de comércio de pele de castor. Dessa forma por volta de 1821, embora o oeste ainda era uma área menos explorada, os ingleses já tinham presença ativa com o comércio de pele de Castor e Lontra.

Com isso terminamos a parte 3 do livro (América do Norte Britânica). A parte 4, que vai de 1815 a 1867, fala sobre o desenvolvimento das sociedades colôniais no Canada (Maturing Colonial Societies).

Ironman Hawaii

Hoje tem o Ironman do Havai. E eu estou aqui ligado na transmissão pela internet aqui. É um grande evento que deve ser bastante interessante de assistir, eu na verdade nunca assisti um Ironman.

Agora eles estão mostrando os atletas antes do início, checando suas bikes e tal, é impressionante o mar de bikes que tem lá.

Não é meu objetivo escrever muito aqui sobre esse ironman já que não acompanho o esporte, mas vou tentar assitir este, vamos ver...

Dia de Ação de Graças

O dia de Ação de Graças (que eles dizem thanksgiving) é uma das datas festivas mais importantes do Canadá. É quando eles comemoram as colheitas que vem no final do verão. É feriado no Canadá e será comemorado nesta segunda feira (emfora as festas mesmo se espalham pelos 3 dias do feriadão).

Dado o clima daqui, é bem fácil de entender porque eles festejam tanto e a gente nem conhece essa data. No passado a agricultura era muito importante para os canadenses (dizem que a tradição começou com os povos nativos). Se a colheita não fosse boa eles provavelmente passariam fome no longo inverno. Por isso a importancia de uma boa colheita e o porque de eles festejarem tanto. No Brasil o inverno não e bem definido, principalmente no Norte, assim não há muito a preocupação de se preparar no verão para o inverno.

Imagino que ainda hoje o verão seja muito importante para quem tem fazendas aqui. Os que criam gado devem se preparar no verão para colher forragens para guardar para o inverno tal que o gado não passe fome. E mesmo outras culturas, como milho, a única chance que tem de colher é no verão.

Quem mora em cidades não vê muita diferença, e se não pensar um pouco nem entendem porque Thanksgiving é tão importante. Mas todo mundo comemora muito, eu diria que quase como se fosse um Natal. Famílias se juntam e é a maior festa. E comem muito peru.

Um colega me disse que aqui existem perus selvagens e não são fáceis de pegar. No passado ter peru na mesa era um previlégio, era considerado uma caça nobre. Talvez essa seja a explicação de eles comerem muito peru agora. Mas tem outras aí pela internet.

Ontem no trabalho fomos dispensados as 14h. Acabou que algumas pessoas nem foram no escritório. Eu acabei caindo fora as 3:30. A galera sempre diz "happy thanksgiving" ao sair e praticamente todos tem alguma programação especial. Os Canadenses sempre tem almoço com a família e os que não nasceram aqui parecem que usam o feriado mais como outros feriados, descansam, viajam. Eu não tenho nenhuma programação especial, será um feriado como os outros...

Oktoberfest em Kitchener e Waterloo

Estes dias está tendo a Oktoberfest em Kitchener e Waterloo. Eu pensei que seria uma boa oportunidade para conhecer as duas cidades, indo até lá de bike. Fui na internet e tracei o percurso de Toronto a Kitchener - são pelo menos 110 Km.

O Google map tem uma função bem interessante, ele desenha a rota para você, e se você não gostar você pode ir mudando ela por partes e ele redesenha e recalcula a distância. É bem interessante isso não, as coisas ficam muito fáceis. Tracei uma rota que me satisfez pois era fora da cidade. 150Km.

Ok, entrei no site do evento. Não achei muita coisa que me interessasse. Imagine, indo de bike até lá, numa época que provavelmente a cidade estaria cheia, tornando mais difícil andar de bike. E achar hotel. Só valeria a pena mesmo se fosse algo que eu fosse realmente me divertir. Ok, desisti de ir até porque tem um terceiro fator, o frio. A temperatura tem ficado ao redor dos 10 graus, o que é friozinho para ficar andando de bike por aí....

Enfim, no Oktoberfest...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Qualidade de Vida

Segundo o Índice Anual de Desenvolvimento Humano, da ONU, o Canadá é o quarto país do mundo em qualidade de vida. Esse índice é composto de 3 partes - Saúde, Instrução e padrão de vida e eles tem os indicadores que medem cada uma destas partes.

Pensando nestas 3 áreas, é bem visível a diferença do Canadá que ficou em quarto lugar para o Brasil que ficou em Septuagésimo Quinto lugar. É bem visível a diferença na qualidade de vida entre os dois países, ainda que a primeira coisa que eu me perguntei é como eles calculam esse indice. Na corrida de manhã com o Trevor eu disse a ele que para o Canadá ficar em quarto lugar eles provavelmente não incluem a temperatura....rs.

Uma coisa interessante e muito boa é que eles disponibilizam os dados todos, de todos os países, alguns inclusive em séries históricas. Dessa forma o internauta que estiver interessado pode brincar muito com os dados. Eu não olhei a fundo como o índice é calculado, mas me perguntei se, dado que tem tantas coisas nesse índice, não haveria alguma área em que o Brasil se sai bem.

Só dei uma olhada rápida mas parece que sim, tem coisas que somos muito bons (e outras que somos muito ruins, o que resulta num índice geral médio). No resumo sobre o Brasil, o país está em décimo terceiro no percentual de mulheres alfabetizadas medido como percentual dos homens (No Brasil as mulheres levam vantagem nesse quesito, elas são mais alfabetizadas do que os homens de uma forma geral). Mas eu não encontrei a tabela completa para ver a posição do Canadá neste indicador. Parece que em geral o Brasil tem melhores índices na disparidade entre sexos.

Mas de qualquer forma 75 é meio vergonhoso. Que o nosso governo abra o olho e pense mais na população em vez de seus bolsos...

Treinos

Hoje eu corri de manhã com o Trevor, a uma temperatura por volta dos 8 graus. Foram uns 5Km apenas. A tarde eu fui correr com o Nathaniel. Ele está inscrito na corrida do zoologico, assim como eu, só que ele nunca participou de uma corrida antes. Parece que o que motivou ele a participar é o fato de ele não se conformar que eu tenho muito mais resistência do que ele (obviamente, pois ele nunca correu antes), de ele ver que o estado dele é precário. Bom, mas ele se inscreveu para a corrida mas não treinou. Estamos a duas semanas da corrida e acho que a água bateu na bunda e ele resolveu começar. Tarde demais, ele não vai conseguir fazer muito nestas duas semanas (e na verdade vai ter que tomar cuidado para que os treinos, ainda que curtos, não o façam chegar no dia da corrida cansado).

De minha parte foi tudo bem. De manhã eu estava me sentindo ótimo, quase sem dores nas costas. A tarde o começo do treino foi um pouco doloroso, mas logo eu estava ok. Do meu trabalho até a casa dele dá entre 2 e 3 Km, que eu tive que correr ida e volta a mais que ele. Então antes de chegar na casa dele eu estava bem, aquecido (pois estava 12 graus ) e sem dor. Quando terminei a corrida percebi que as costas estavam doloridas. Mas vamos ver, quem sabe vai passar e de qualquer forma eu tô procurando um médico bom...

domingo, 4 de outubro de 2009

História do Canadá - Capítulo 9 - Redefinindo a America do Norte Britânica

Ok, agora com internet em casa vamos voltar aos relatos sobre a história do Canada...

Com a vitória e independência americana, os moradores da ex-colonia britanica que eram leais a inglaterra tiveram que deixar o país. Cerca de uns 15000 deles foram para Quebec e outros 35000 para Nova Scotia, colonia britânica no Canada. A inglaterra deu a eles terra e as vezes até dinheiro para começar a nova vida de forma que a situação deles não foi tão dramática. a maioria dos leais (em ingles Loyalists) no entanto foram para a Inglaterra ou para a Índia. Grand eparte dos que foram para Nova Scotia acabaram vendendo as terras ganhadas e saindo de lá. Os que foram para Quebec, por outro lado eram mais fazendeiros e acabaram ficando.

Cerca de 3000 negros leais também foram para Nova Scotia mas receberam terras mais afastadas e de menos valor, fora os conflitos que acabaram sobrendo com a ssociedade local Metade deles acabaram foltando para a Africa quando tiveram oportunidade. Os negros escravos dos americanos receberam a promessa de liberdade e terras se lutassem contra os americanos, em favor dos ingleses. Eles formavam a maioria dos negros leais que deixaram os US e foram para Nova Scotia. Nessa época havia cerca de 2000 negros escravos em Nova Scotia.

Muitos nativos que viviam ao sul dos grandes lagos, terras que passaram a pertencerem aos Americanos, se moveram para o Norte pois eram aliados dos Britânicos. Algumas tribos trocaram suas terras por armas, roupas e produtos europeus e acabaram ficando sem terra.

Em 1791 o governo britânico baixou o ato constitucional que dividiu Quebec em Upper Canada e Lower Canada. Upper Canada tinha maioria que falava inglês, os leais que fugiram dos US. Lá o sistema legal Ingles prevaleceu enquanto no Lower Canada a maioria da população falava frances e o antigo sistema frances continuou em operação. Isso foi uma tentativa do governo britanico de acabar com o pessimismo da populaçao quanto a dmeocracia. Como não é difícil de prever, o Lower Canada compreendeu a região onde hoje é o sul de Ontário e Upper Canada seria em maior parte onde hoje é a província de Quebec.

Upper Canada(UC) - A população do UC cresceu 9 vezes com a vinda dos Leais dos US depois da Revolução Americana. A capital do UC ficou sendo Yoek, depois nomeada Toronto em 1834. UC era bem servido por estradas, construidas pelo governo britânico para fins militares (entre essas estradas estava Yonge Street, uma das principais ruas de Toronto). UC era dividido em distritos e cidades. As cidades tinham seus representantes administrativos eleitos pelos que tinham terra, mas quem tinha mais podera eram os juizes que faziam as leis, apontados pelo governo. A população no UC tinha cada vez mais visão democrática e era descontente com o pouco poder que seus representantes tinham.

Lower Canada (LC) - Apesar da imensa maioria da população falar francês, o poder no LC era mantido por uma minoria de pessoas que falavam inglês, que eram apontados e tinham suporte financeiro do governo britânico. Muitos deles fizeram fortunas com comércio de pele e madeira, com o comércio em geral ou com destilarias (brewery). Com o domínio por Napoleão das fontes de madeira na europa no começo do século XIX, o s britânicos incentivam muito a extração de madeira na colônia e em 1810 74% das exportações do LC era madeira. A pele que era responsável por 76% das exportações em 1770 caiu para 10% em 1810.O comércio de madeira também incentivou o cmeço da indústria de navios em Quebec. A população que falava frances era cada vez mais frustrada por não ter acesso ao poder no LC. Com isso o sentimento nacionalista cresceu muito entre eles, pois eles se viam como quem deveria dominar o LC. Eles viam a democracia como a única forma de preservar a cultura e lingua no LC. Em 1806 os nacionalistas tinham um jornal próprio "Le Canadien" que foi retaliado em 1810 por críticas ao governo.

No LC as terras eram emplamente dominadas pelos que tinham mais poder sendo que os pequenos proprietários cairam em uma grande crise no começo do século XIX, pela sistemática divisão de suas terras entre filhos, pela política do governo que dificultava eles produzirem para exportação, pelas técnicas precárias usadas na lavoura e empobrecimento em anos que a produção era baixa. Com isso muitos proprietários de terras procuraram empregos na extração de madeira, serrarias, pesca, comércio, fabrica de navios, comércio de pele,etc. Isso foi também fator que incentivou o pensamento de reformas políticas entre a população que falava frances no LC.

Em 1812 a Inglaterra entra em guerra com Estados Unidos principalmente por causa da política para com os povos nativos que viviam na fronteira e política sobre neutralidade em alto mar. A guerra porem foi lutada principalmente por tropas britânicas e povos nativos e a resolução do conflito também não envolveu a colônia. Isso reforçou a ideologia anti-democrática das elites no UC e o nacionalismo do povo que falava frances no LC. Na guerra os Americanos focaram na invasão do UC, já que a maioria de sua população havia ido para lá dos US. Eles pensaram que os canadenses iam se entregar visto o descontentamento com a elite britânica e o pouco poder dos eleitos. Uma minoria dos canadenses o fez e o resto da população era mal treinada para a guerra e descontentes com o governo inglês. Os ingleeses no entanto tinha bastante nativo a seu lado e tomaram Detroit, vencendo uma batalha e auentando a moral do povo no UC. Nas batalhas seguintes, que duraram até 1814 os Americanos tomaram de volta Detroit, queimaram Niagara on The Lake, invadiram Toronto e Kingston sem no entanto conseguir tomá-las. Os ingleses por outro lado atacaram Buffalo e Washington DC e expulsaram os Americanos de Montreal.

Alem de UC e LC, a outra parte das colônias britânicas na América do Norte era Maritime (a parte do Canadá que fica na costa do Atlantico). Por ficar perto do mar era mais fácil para os ingleses defender Maritimes e os Americanos sabendo disso não invadiram Maritimes. O comércio the madeira, serralherias, pele em Maritimes cresceu muito com o bloqueio que Napoleão impos contra a Inglaterra. A guerra contra os americanos e franceses fez com que ambos saissem das águas do atlantico norte fazendo com que a pesca fosse dominada por Newfoundland.

Embora a guerra de 1812 é pouco citada em livros de história americanos, ela é um motivo de orgulho para os Canadenses. A expulsão dos Americanos e a união de falantes de inglês e francês para defender a colônia fez crescer o sentimento de união entre as duas colônias. No entanto a guerra também refreou um pouco o sentimento democrático uma vez que ficou claro que sem os britânicos eles seriam anexados aos US. US e Inglaterra assinaram um tratado de paz em Dezembro de 1814 pelo qual ambos os lados se retiraram de territórios invadidos durante a guerra. US e Inglaterra nunca mais iriam declarar guerra um ao outro em sua história. Ainda assim por muito tempo ambos os lados consideravam o outro como potencial ameaça. Por conta disso (então sendo considerados frutos da guerra) foi construido o Canal Rideau que liga Otawa a Kingston e fortes em ambos os lados da fronteira.

Conclusão - Entre os anos de 1783 e 1815 os laços entre as colônias e a Inglaterra se fortaliceram por causa das guerras (com França e US). Os Leais vindo dos US contribuiram muito para tornar a colônia, essencialmente francesa, mais britânica. O sistema mercantil ficou mais forte por conta da guerra contra a França (Napoleão).

Nuit Blanche






Todo ano a cidade de Toronto abre os seus museus ao público durante uma noite inteira. Não só museus, mas também artistas independentes apresentam seus trabalhos. O resultado é que nesta noite mais de 100 diferentes lugares ficam abertos ao público, totalmente de graça, apresentando alguma forma de arte contemporânea. Os grandes museus de Toronto que estão na área central da cidade também abrem (como o Royal Ontario Museum, a Art Gallery of Ontario e o Bata Shoe Museum).

Eu lembro que alguem me falou disso no ano passado mas eu não dei muita atenção. Esse ano porem o Trevor me disse na sexta, saindo do trabalho e eu resolvi checar o site. A idéia é que você fique a noite inteira acordado, visitando lugares com exibições. E tem muito lugar, se vc pensa que vai conseguir visitar metade deles, pode tirar o cavalo da chuva.

O negócio me interessou. Tentei fazer uma lista na internet dos lugares onde eu queria visitar e depois tentei otimizar o itinerário. Resolvi ir de bike pois alguns lugares são longe. Mas eu tinha muito lugar para visitar na minha lista, sei lá, uns 40.

A noite estava meio fria, uns 10 graus, mas eu fui bem agasalhado. Saí de casa cedo, por volta das 7h e fui devolver uns DVDs, depois comecei o meu percurso.


As exposições estavam legais, o que me incentivou a continuar, e eu fui tentando tirar fotos de bastante coisa para ter registrado os diferentes lugares que passava. No começo não tinha muita gente e a bike tava funcionando bem - eu chegava no endereço, amarrava a bike num post e entrava lá para conferir.

Logo porem eu perdi uns dos locais que estavam na minha lista. Não sei o que houve, mas não achei uma das ruas lá. Nesse momento também eu percebi que as ruas estavam ficando cheias, muita gente caminhava em todo lugar. Eu continuei meu roteiro, não fiz questão de procurar o lugar que perdi.

Eu tinha planejado entrar no Royal Ontario Museum e na Galeria de Arte de Ontário, mas a fila estava enorme. Sinceramente, eu acho que vale mais a pena pagar para entrar nestes lugares e ficar lá com calma, o lugar mais sossegado, sem tanta gente.

Eu passei no cento onde um painel de 4 letras estava em frente da prefeitura, e as palavras mudavam de vez em quando. Ali haviam também várias outras exposições em prédios vizinhos, então estava tudo muito congestionado de gente. Quem estava de carro teve que ter muita paciência e mesmo quem tava a pé tava difícil de andar em certos lugares. Acho que o evento atrai mais pessoas do que a comemoração de Ano Novo. Me pareceu porem que a bike era o jeito melhor de se locomover. Havia muitas pessoas de bicicleta.

Eu fui logo embora do centro, rumo Oeste pela Queen Street, que tinha muitas pontos de atrações. Por isso também tinha muita gente nas calçadas, em todo lugar, mesmo quando não era tão perto do centro. Terminei a Queen por volta das 2 da manhã e fui para a Libert Street, ainda a Oeste do centro, onde havia vários outros pontos.

Chegando lá as exibições são quase todas ao ar livre, o que facilitou muito as coisas e tornou tudo mais rápido. É simpre chato ficar amarrando a bike num poste, tirando as luzes, carregando o capacete, depois voltar, colocar luzes, desamarrar a bike... Ali na Libert Street porem eu conseguia chegar perto das exibições, algumas bem estranhas (como na primeira foto) e difícil de entender. As vezes tinha um painel explicando mais ou menos a idéia. Enfim, era arte moderna.

Por volta de 3:30 eu terminei minha jornada pela Libert Street e voltei para o centro da cidade, era uma boa pedalada, principalmente se vc tá meio cansado e sem dormir na madrugada fria. Por volta das 4h eu cheguei na prefeitura novamente e fiquei um pouco ali, até resolver voltar para casa. Mas as coisas só fechariam as 8 da manhã, quer dizer, eu ainda tinha tempo para visitar várias outras exposições se eu quisesse. Mas eu estava cansado. E as 4h da manhã as ruas no centro já não estavam mais tão lotadas, a maioria das pessoas já tinham caido fora.

Indo para casa eu passei na frente da Biblioteca Central onde tinha curso de dança (e também algumas apresentações eu acho). Resolvi parar e entrar para ver. Naquela hora estava tendo um tipo de curso onde os instrutores ficavam no palco e muitos casais ficavam em baixo tentando segui-los. Bom, eu estava sozinho, não tinha muito o que fazer por alí, mas ainda assim fiquei um tempo dando uma olhada.

Era perto das 5h quando eu peguei a minha bike de volta para casa. Estava bem cansado, sentindo um pouco as costas, mas também com as pernas cansadas do treino na manhã do sábado que acabou sendo mais longo do que o planejado e toda a peregrinação de bike pela noite de Toronto.

Acabou sendo bastante legal, uma experiência diferente. Esse é o tipo de coisa que acho que nunca vamos ver numa cidade como São Paulo, entre outras ciosas pelo seu tamanho e por ser apertada. Foi algo bem diferente e interessante... Aqui estão todas as fotos que tirei, elas são em geral das exibições. Muitas não ficaram boas porque a minha câmera não é boa para tirar fotos a noite (ou eu não aprendi a mexer nela...).

sábado, 3 de outubro de 2009

Outros Documentários

When we were Kings é um documentário sobre a luta histórica entre Muhammad Ali e George Foreman, dois dos maiores pugilistas peso pesados de todos os tempos. Na verdade acho que Ali é amplamente considerado o número 1 da história do box. É interessante, especialmente interessante conhecer a personalidade de Muhammed Ali. Engraçado, falador, desafiador, mas também parecendo ter uma grande consideração pelos povos da África que considera como seus irmãos. A luta foi no Zaire, onde ele pareceu muito querido. Enfim, mais do que a luta em si (vencida por Ali), eu achei o proprio lutador a parte mais interessante do filme.

Up the Yangtze é um documentário sobre a represa de Three Gorges, no rio Yangtze, na China. A represa formada por causa da usina hidrelétrica que é a maior do mundo em capacidade instalada, inundou vilas e fez muita gente se mudar. O documentário é focado em uma família muito pobre que vive as margens do rio e sobrevive cultivando terras alí que não pertencem a ninguém (bom, pertencem ao estado). Eles nãotem para onde ir e estão muito preocupados com a subida da água. Por fim o filme mostra a casa deles sendo inundada, e eles mudaram para um cômodo um uma vila próxima. O filme mostra talbém a preocupação de outros que perderam suas casas, a revolta com a baixa indenização dada pelo governo, a luta do povo simples que é obrigado a deixar o lugar onde nasceram e cresceram. Do outro lado o grande navio de turistas sobe o rio fazendo dinheiro com a maior usina hidreletrica do mundo...

Só como curiosidade, a nossa Itaipu é a segunda em capacidade instalada, embora o seu lago seja mais de duas vezes maior do que Three Gorges. Depois temos Tucurui, que se não me engano é a quinta maior do mundo. Three Gorges ainda não está terminada mas já gera energia. O Brasil é um dos pouquíssimos países que usa energia hidrelétrica para fornecer a maior parte de sua energia (mais de 80% da nossa energia é hidrelétrica) e o Canadá é outro país nesta lista (Noruega, Suiça e Venezuela são os outros unicos que usam hidreletricas para fornecimento de mais de 50% da energia consumida). Apenas 5% da energia consumida pelos US vem de hidrelétrica, como comparação. A energia produzida pelas hidreléticas não deixa resíduos, mas as hidrelétricas causam impacto negativo no ambiente com a inundação de terras. Hidrelétricas também são motivos de grande preocupação pelo potencial desastre que pode acontecer se a barragem se rompe, e também agora por serem bons alvos para ataques terroristas...

Man on Wire é um documentário muito legal sobre o frances Philippe Petit, que andou sobre um fio que ligava as duas torres do World Trade Center, em no dia 7 de Agosto de 1974. O filme, que mostra não só o climax com Phillipe andando no fio entre as torres mas também toda o plano para conseguir fazer isso, acaba sendo como um filme onde ficamos ansiosos com o desfecho (embora muitos já o conheçam - a travessia de uma torre a outra). A questão é que ele nunca iria conseguir permissão para fazer isso, ele o fez burlando a lei. Na calada da noite ele arranjou um jeito de levar todo o seu equipamento até o topo das torres e instalá-lo, para na manhã do dia seguinte caminhar sobre o fio (que pesava 200Kg). No Wikipedia é chamado "O crime artístico do século". Ele ficou lá sobre o fio, depois de uma noite sem dormir, por 45 minutos, com os policiais esperando ele na ponta do fio, para prendê-lo - A parte engraçada, pois os policiais não podiam buscá-lo no meio das duas torres. É interessante a paixão do sujeito por andar sobre o fio (embora acho que isso venha principalmente da paixão por ser visto e admirado), e pela arte que isso significa para ele. É um espetáculo também, pois tudo é feito a uma altura inimaginável, sem proteção alguma.

Road to Guantanamo é um documentário que reconstitui a viagem de alguns jovens para o Afeganistão no tempo em que os US invadiram o país procurando Bin Laden. Embora os jovens não são culpados de nada (eles eram ingleses também) segundo o documentário, eles são capiturados e submetidos a interrogatórios sob condições desumanas e tortura no Afeganistão e depois na prisão em Guantanamo, em Cuba. No final eles são reconhecidos inocentes, assim como, segundo o filme, a imensa maioria dos que acabaram indo para Guantanamo. É um documentário interessante.

Olimpíadas no Brasil!

E no treino da quinta de manhã eu estava conversando com o Trevor sobre a candidatura do Brasil para as Olimpíadas de 2016. Disse a ele que eu não era muito a favor pois se gasta muito dinheiro com as obras, aí não só tem o problema da corrupção (pois tudo quanto é obra no Brasil tende a ser superfaturada e quando a obra saí, tambem tem um monte de político que sai com o bolso cheio).

Ele me disse que pode ser bom, apesar disso. Me disse que depois das olimíadas de inverno em Calgary o Canadá se tornou uma potencia nos jogos de inverno, pois a olímpiada foi um incentivo muito grande para a galera praticar os esportes de inverno, investimentos e tal.

Ontem no trabalho, a tarde, veio uma colega me dar os parabéns, quando eu perguntei porque ela me disse que tinhamos sido selecionados para as olimíadas de 2012. Eu tava concentrado no trabalho, nem tinha lembrado disso. Ok, então vamos sediar as olimpíadas! Talvez eu vote para o Brasil para assitir. Mas será que eu estarei no Canadá em 2016? Tá longe, melhor nem pensar...Bom, eu espero que o esporte outros alem do futebol cresçam no Brasil como consequencia das olimpíadas. Que o governo invista mais, que a população pratique mais. Somos grandes e poderíamos ser uma potência nos jogos olimpicos.

Aqui ambas as Olimpiadas de Inverno e de verão são importante. Eles chamam de jogos de inverno e jogos de verão. Tanto que um outro sujeito que vei conversar comigo disse "vai estar calor hein, pois vai ser verão e o Brasil é quente...". Mas vamos estar no Inverno apesar que o Rio costuma ser sempre quente... Eu disse a ele que sim, vai estar calor, mas vai ser inverno...

Treino

Esta semana foi boa de treinos, visto que eu só não corri na segunda e sexta. Apesar disso os treinos foram lentos e curtos, para dizer a verdade o loop acho que não dava nem 5Km. Mas voltando das dores nas costas e tal eu achei que era melhor mesmo rodar pouco e devagar. Mas a dor não piorou, talvez tenha melhorado. Então ontem eu resolvi não correr para hoje ir mais longe.

Não tinha planejado nada, mas decidi que iria correr na Bloor, seguindo a linha do metrô sentido Oeste, e pegaria o metrô de volta. A idéia era pelo menos 10Km. Por volta das 6:30 lá foi eu e tive que dar um tempo na porta do predio porque estava chovendo forte. Temperatura de 9 graus, então eu não tava muito afim de me molhar. Mas a chuva logo passou e lá fui eu, pelas calçadas molhadas.

O treino foi gostoso, a temperatura deve ter aumentando um pouco, estava agradável apesar de eu estar correndo com blusa. Corri devagar, acelerando per vezes quando eu me sentia bem. Chegando na estação Old Mill eu fiz as contas, com certeza tinha chegado nos 10Km planejados (não foi muito fácil fazer as contas pois eu não corro com relógio mais e nem planejei a rota, então eu tive que me basear nas avenidas e na distância aproximada entre elas que eu sabia mais ou menos. Essa é uma vantagem de morar numa cidade bem planejada, vc consegue até calcular a distância contando quantas avenidas vc já passou).

Quase parei na Old Mill, mas tinha uma boa subida depois dela e eu decidi ir até a próxima estação que era a Royal York. Lá parei e caminhei uma duas quadras para frente, voltei para a Royal York e peguei o metrô. O percurso até a Royal York está aqui. Deu quase 13 Km.

Na televisão que tem no metrô estava dizendo que não tinha trem entre as estações Jane e Keele. Santo azar. Eu iria ter que pegar um ônibus na Jane que me levaria até a Keele, e lá retornaria ao metrô. O problema é que quando isso acontece os ônibus são lotados e eu estava suado, e provavelmente com um cheiro agradável, ideal para ficar expremido num busão. Na Jane aquele monte de pessoa aguardava o ônibus e eu acabei desistindo, saí da estação e fui correndo até a Keele, 3 estações depois. Mais 2 Km de corrida, totalizando 15 Km.

O treino foi bem legal, estou ganhando confiança para voltar aos treinos mais sérios e talvez tentar mais velocidade. Quem sabe logo estou incluindo os longos novamente nos sábados...

Preparativos finais

 E hoje foi o ultimo treino no Canadá, o próximo será em Lisboa. Treino leve, que até pensei em adiar por causa de uma leve dor na panturril...