Esses dias eu ouvi um programa de rádio muito bom, tipo um documentário, falando sobre a galera que velejou sozinho ao redor do mundo. Muito menos pessoas fizeram isso do que escalaram o Everest, ou seja, é uma das aventuras mais dífíceis que tem.
O que me chamou a atenção sobre velejar, no entando, foi o fato de eles irem sozinhos. Tipo, você fica lá isolado do mundo por meses e meses. Um falou que é muito bom para você se conhecer. Eu nunca havia pensado muito sobre isso, mas é interessante a idéia de que não nos conhecemos completamente, que não sabemos como vamos nos comportar, o que vamos pensar em certas situações. Ou simplesmente no sentido de que nunca passamos um bom tempo sozinho. Por exemplo, sempre que vou correr estou sozinho mas o meu pensamento está sempre voltado para coisas do meu mundo atual, geralmente coisas bem recentes. Não existe momentos onde você se desliga do mundo atual, das obrigações e dos problemas. Outro jeito de fazer isso, eu acho, seria meditação.
Depois tem o aspecto da aventura que é dar a volta ao mundo velejando. Primeiro, você precisa conhecer um pouco de tudo, precisa saber onde ir, como usar mapas e aparelhos, o que fazer em certas situações, como salvar sua vida, etc e tal. E cada dia vai ser um novo dia, um novo desafio, com coisas novas ainda que tudo ao seu redor seja somente água e nada mais.
Finalmente tem o aspecto do trabalho e do mundo moderno que vivemos. Não dá para não perguntar como que essa galera faz isso, tipo, de onde eles tiram dinheiro e como se sustentam por tanto tempo sem um emprego... O programa não entra nesses detalhes mas é claro que esse tipo de aventura é para mais privilegiados. Só para conseguir tem um barco eu imagino que você tenha que ser parte dos 0,1% mais ricos. Depois tem que ter uma família que entende, ou não ter família, sei lá. Colocando o dinheiro de lado e pensando na aventura, uma lição que sempre fica para mim é como estamos ligados tão fortemente às coisas sem valor nesse mundo, como ganhar dinheiro, ir e voltar para o trabalho todo dia, comprar coisas, ver televisão. É como se o mundo de tecnologia e coisas artificiciais acabou por definindo as pessoas, o que elas fazem, o que elas são. Realmente a gente não nos conhecemos, não sabemos como seríamos, se tiramos de nós essa camada de artificialismos do mundo moderno.
Quem sabe eu vou viver num barco...
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