quarta-feira, 15 de maio de 2013

Ah, a conferência do SAS

Era um encontro sobre data mining, coisa rápida de meio dia. Eu resolvi ir. Agora, trabalhando com pesquisa médica, eu tenho conseguido fácil ir nesse tipo de evento. Trabalhando em Marketing não havia incentivo algum. Data mining não tem nada a ver com o que faço, é mais para a galera dos bancos, do Big Data. Mas fui conferir.

Tinha muita gente, tanto que eles estão pensando em dividir em dois grupos para o próximo evento. Acho que a minha maior impressão foi causada pelo ar de negócio. Muita gente da indústria financeira, bem vestido, com roupa social. Isso me lembra apresentações de marketing em bancos, quando eu ia de terno, lembra o ambiente formal, de negócio, competitivo. Mas sem saudades, quase com descaso, no meio da galera eu me sinto livre, indo de shorts e bicicleta para o trabalho, totalmente causal, talvez casual demais. Difícil não pensar que eles se preocupam tanto com coisas tão sem importância.

SAS é um grande software que reina soberano no ramo financeiro e recita a ladainha do lucro para ganhar clientes. As apresentações foram totalmente voltadas à indústria financeira e como o SAS pode ajudar nos lucros. Uma das apresentações foi sobre optimização de preços tal que para cada cliente um preço ótimo seria calculado que maximiza o lucro. Para mim isso já é tão sem sentido, chega a ser imoral. Tipo, vamos tirar o máximo dos clientes, que se dane as consequências que isso vai ter para os clientes. Maximizar utilização de cartão de crédito. Quando mais o sujeito entra no débido mais a gente dá risada. Alguns se matam, a falta de dinheiro, segundo pesquisas, levou o número de suicídios a superar o numero de mortes no transito nos US. Se um banco faz uma campanha de marketing que leva pessoas a gastarem o que não tem sem se importar com as consequências, então é mais ou menos como uma empresa farmaceutica inventar um remédio e colocar no mercado sem testar e tudo bem se os efeitos forem negativos, afinal compra quem quer.

Mas tudo isso é esperado. Eu não consigo não notar, mas ao mesmo tempo é difícil culpar o banco ou o SAS, o mundo é assim, essa cultura foi imposta dessa forma e tipo, é complicado mudar agora. No final das contas, do ponto de vista da estatística, a conferência foi legal, eu achei interessante algumas partes. Encontrei uma estatística que não via a tempos. Conheci um sujeito do TI de um grande banco aqui, que estava lá porque, segundo ele, ele precisa saber dessas novas tecnologias do SAS pois ele é quem compra, instala, faz funcionar e tal. E comi um pouco, tinha bastante comida...







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