Como o nome indica, esse capítulo fala sobre a vida social e cultural da colônia francesa na primeira metade do século XVIII. Eu vou tentar resumir.
No começo do século XVIII a população das colônias francesas era composta em grande parte por imigrantes que vieram por diversas razões. Alguns por crimes cometidos na Europa, outros como parte do exército, outros com a igreja, outros de familia nobre vieram para fugir de alguma situação embaraçosa na Europa. Apenas 1 em cada 20 homens e 1 em cada 5 mulheres eram casados ou viuvos, o resto solteiro. Cerca de 20% da popuçaão vivia nas cidades, que refletiam a cultura das cidades francesas. Nelas viviam os oficiais de alto posto do estado e da igreja e os artesãos. Por volta de 1850 Quebec era a maior e Montreal a segunda maior cidade do Canadá, Montreal com cerca de 4000 habitantes. Louisburg era a terceira cidade também com população em torno de 4000 habitantes.
Não havia governo municipal, ao invés disso a corte passava as leis. Haivam poucas leis, algumas delas regulavam o despejo de lixo, a mendincancia, prostituição e problemas com crianças de ruas e outros. Mas no geral a lei não era difícil de se fazer impor em parte por causa da grande quantidade de soldados na colônia.
Os religiosos tinham bom nível de estudo e deram a colônia um alto padrão de educação sendoque havia uma ativa vida intelectural, mas apesar disso pouca literatura se tem dessa época e os colonos geralmente focavam suas conversas em acontecimentos na França - não havia jornais na colônia e também não eram trazidos da Europa.
Embora o trigo era o carro chefe da agricultura, os canadenses cultivavem também vários outros tipos de culturas como maçã, pera, ameixa, abobora, amendoim, etc. No inverno os habitantes da zona rural (cerca de 80% da população vivia na zona rural) buscavam outros trabalhos como projetos de construção do governo ou o comércio de couro. Os fazendeiros tinham terrenos não muito grandes, embora muito maiores do que na França. Grande parte das terras era coberta de vegetação nativa uma vez que a derrubada da mata era um trabalho muito árduo.
Mulheres no Conadá tinham muito mais filhos do que as da França, geralmente as famílias eram grandes. Por causa da influência da igreja as mulheres também casavam cedo, em média aos 22 anos. Geralmente pessoas doentes eram tratadas em casa mesmo, e pessoas que não tinham família procuravam a igreja. Os casamentos aconteciam com bastante festa, mas mais para o interior a união sem o casamento era muito comum, por causa da influencia dos nativos e distância da igreja. Todo mundo na familia trabalhava para ajudar na renda.
O casamento era geralmente dirigido pelo poder, status, dinheiro, do que por sentimentos. Era um negócio onde a familia da mulher dava algum valor em troca para viver com o marido. Entre as familias rurais podia ser parte da colheita, móveis e animais. Se o marido morria a viuva tinha direito a metade de seus bens, mas tinha que pagar os devidos impstos sobre a propriedade e mantê-la para os herdeiros do marido. O casamento, sendo um negócio, era também importante para o sustento da família. Com isso os filhos homens não podiam casar sem o consentimento dos pais a não ser apos os 30 anos (25 anos para filhas mulheres).
A igreja tinha uma enorme influência na vida e comportamento das pessoas dado que virtuamente todo mundo pertencia e Igreja Católica Romana. Os que não pertencia a Igreja Católica eram obrigados por lei a aceitarem e seguir suas práticas. Assim os valores Cristãos caracterizavam a sociedade na Nova França.
O status social funcionava na colônia assim como na França. A grande distinção de classes foi o que levou a revoloção na França em 1879. A posição social não era ditada pela riqueza das famílias mas pelo nascimento ou influências. E a posição requeria uma forma de vida que exigia uma riqueza que algumas vezes as pessoas não tinham. Quem tinha status social precisava mostrá-lo e quem não tinha precisava viver de forma mais simples, senão eram alvos de desaprovação. Certos oficiais militares e altos postos na igreja estavam no topo da nobreza. As principais familias de fazendeiros tentavam colocar seus filhos em altos postos militares para conseguir mudar de posição social e pertencerem a nobreza. Mas era algo um tanto difícil. A igreja também nunca selecionava pessoas de baixa classe social para as mais altas posições - eles conseguiam frequentar seminários e graduar-se, mas não chegavam a postos altos.
Qualquer um podia entrar em atividades comerciais e mercantis, mesmo estrangeiros. A comunidade mercantil era bem organizada e contava até com um sindicato. Mulheres ajudavam muito nas atividades comerciais mas muito raramente eram lideres.
Tantos nativos como africanos eram mantidos como escravos na colonia, mas a maioria eram nativos. Os escravos eram comprados e vendidos como uma mercadoria qualquer, mas seus proprietários eram obrigados a alimentá-lo, vestí-los e cuidar dos enfermos. Os escravos nativos valiam menos do que os africanos, pela facilidade que eles tinham para fugir, pela menor expectativa de vida e pela sua maior abundância.
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Um comentário:
Olha só, eu não sabia que no Canadá tambám havia escravos!
Eu achei engraçada a parte que diz: "Os que não pertencia a Igreja Católica eram obrigados por lei a aceitarem e seguir suas práticas.". Rsrsrs. Ou seja, todo mundo tinha que ser católico! Lembrou-me uma piada que dizia assim:
"Dentro de um quartel, havia soldados que queriam jogar futebol e os que não queriam. Daí, o general diz: "Os que querem jogar, fiquem à minha direita. E os que não querem, à minha esquerda!" E assim dividiu-se os soldados em dois grupos. Após esta divisão, o general anuncia: "Agora vamos jogar. É o time dos que querem jogar contra dos que não querem jogar!" Rsrsrsrs.
Obrigada pelas informações sobre a história do Canadá!
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