Depois de bastante esforço eu terminei de ler o livro Blink. Minha opinião é que é um livro medíocre e muitas vezes enganoso. Vc precisa tomar cuidado quando lê, eu recomendo que você decisivamente tem que ler os artigos que o autor cita no final do livro antes de tirar conclusões ou seguir as conclusões do autor. Se você lê os artigos, e tenta achar outros artigos relacionados para ter uma visão mais completa do assunto, então você pode tirar algo do livro - o livro te trouxe conhecimento pois fez vc ler alguns artigos e tal. Mas please, leia os artigos antes de aceitar as conclusões do autor.
A minha conclusão é que o livro todo fala sobre experimentos/acontecimentos interessantes, e captura o leitor com seu sensacionalismo, mas o autor não tem ponto, ele é meio perdido. Na verdade você acaba ficando meio em dúvida sobre o que é intuição, pois na sua confusão o autor fala sobre diferentes coisas. Na verdade não sei se é confusão, a estratégia tem dado certo para conseguir leitores (Até eu lí!).
Sobre intuição o único capítulo interessante é o último, na verdade nem sei se é um capítulo. Chamado "Afterwords" foi algo escrito depois do livro, acho que a primeira edição nem tem esse capítulo. Aqui ele realmente fala sobre intuição e aponta para uns artigos relacionados diretamente ao assunto pela primeira vez. Mas de novo, pegue o nome do autor dos artigos e vá ler os artigos, o livro não te fala muita coisa, e o que fala pode ser enganoso. Este artigo é um dos mais atuais que encontrei, e contem uma meta-análise, que é uma revisão dos estudos relacionados ao assunto.
Eu não fui fundo nisso, mas o artigo acima tem um experimento interessante onde carros fictícios são apresentados a estudantes, cada carro com suas características, de forma que é sabido qual carro é melhor do que qual pela simples soma das características positivas e subtração das negativas. Um grupo de indivíduos recebe a informção sobre os 4 carros e então tem que avaliar cada um logo depois que recebem a informação. Eles não tem tempo para pensar muito, tem que dar a nota baseado numa impressão geral. Outro grupo tem um tempo para pensar, de 4 minutos. Um terceiro grupo é distraído com uma atividade logo depois do experimento, e depois da atividade tem que avaliar os carros. É interessante que o grupo que teve 4 minutos para pensar não foi assim melhor que o grupo que respondeu imediatamente. Mas ambos foram melhor que o terceiro. A Meta-Analise no final do artigo compara muitos experimentos similares e a conclusão é que olhando geral, não há ainda evidências de que a primeira impressão seja melhor do que parar e pensar.
O meu ponto aqui seria que estes experiemntos são meio específicos, é difícil generalisar para o dia a dia e dizer em que situações reais seria melhor a gente não perder tempo pensando em que decisão vamos tomar. Até lá eu prefiro pensar. Mas isso não quer dizer que o assunto não seja interessante, afinal é meio misterioso que pode ser que somos melhores em certas decisões quando não pensamos.
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