E hoje fui para a minha última corrida do ano, a Resolution Run. Ela acontece geralmente bem perto do ano novo, e em muitos lugares ao mesmo tempo. Não tem o tamanho e fama da São Silvestre (bom, se ajuntamos todas a Resolution Run que acontecem no Canada talvez...).
Minha quarta e última corrida do ano. Ontem eu fui pegar o kit, veio uma jaqueta de correr no inverno, essa aí da foto, o número, umas propagandas e revistas. A corrida não tem chip. Como muitas outras, esta é também uma corrida beneficiente, e eles não gastam recursos para fazer uma grande organização. Contam geralmente com alguns patrocínios e fazem o que dá. Então não tem chip, não tem medalha, não tem muita coisa, e nessa ainda tivemos sorte de ter essa jaqueta que é bem legal.
A temperatura estava em 12 graus, o que é como se fosse verão dado que a temperatura das últimas semanas ficou abaixo de zero praticamente o tempo todo. Muita neve derreteu e tal. Ontem, com 9 graus eu fui de shorts correndo buscar o kit. Hoje, porem, a situação tava um pouco diferente, estava ventando muito de manhã. E com uma chuvinha leve. O governo alertando a população para tomar cuidado com o vento. Resolvi colocar roupa de treino de zero grau e ir correndo até o local da largada O vento atrapalhou em certos pontos, onde era forte, e a chuva fina em outros, mas foi tudo ok. Durante a prova saiu sol, inclusive o sol saiu com tudo, sobre o lago, eu correndo contra ele que estava baixo, a luz refletia no chão, estava difícil ver algo em uma parte do percurso. Mas o sol foi legal, depois ele se foi.
Terminei com 20m50s os 5Km, média de 4m10s/Km o que é bom, acima do esperado. Eu corri o primeiro Km tranquilo, e então acelerei, passei varias pessoas. Senti a boa sensação de estar na frente, entre os primeiros (acho que devo ter ficado entre os 30, de uns 500). Mas quebrei no final, terminei cansado. Um pouco porque um sujeito me passou e deixou cair o gorro. Ele não viu, eu voltei para pegar o gorro, e corri para alcançá-lo para devolver, pois não ia encontrá-lo na chegada no meio de tanta gente, nem tinha prestado atenção no sujeito... Me matei para alcançar o cara...Antes disso tinha pego um boné de uma garota. O vento estava forte, as vezes contra, galera deixando as coisas voarem...
No final teve café, chocolate quente e muito biscoito. Teve água também. Comi umas coisas, tomei um chocolate quente, enchi o copo de biscoitos e voltei para o metrô. Felizmente eu tinha me preparado para temperaturas baixas, pois com o vento acabou ficando bem frio. O dia começou com 12 graus, ventou, caiu para 3 graus depois da corrida, com sensaçao térmica de 5 negativos com o vento. Eu voltei para casa, deve ter dado uns 12 Km no final das contas...
domingo, 28 de dezembro de 2008
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
Natal
Chegamos em mais um Natal. Este ano foi um pouco diferente, no sentido que as festas foram mais agitadas para mim. Primeiro a minha colega de trabalho me convidou para uma ceia de Natal, onde haveriam muitos brasileiros. Eu depois estava conversando com o chefe e percebique aqui eles não fazem a ceia de Natal, eles tem apenas um almoço ou jantar de Natal. Foi bastante gente, a maioria brasileiros, e foi muito bom estar no meio de uma galera que fala portugues. Mas eu não sou assim tao adepto de festas e o quanto conversei foi inversamente proporcional ao quanto comi. Mas foi interessante e conheci novas pessoas. Estava em casa de volta lá pelas 2 da manhã.
No dia de Natal, ontem, eu acordei não muito cedo pois tinha ido dormir tarde, mas eu resolvi ir correr para tirar a sequencia de fotos, afinal já tinha passado da hora. No dia 24 a temperatura subiu e a neve derreteu, havia agua pra todo lado. Mas depois a temperatura caiu para baixo de zero novamente e a água congelou. Por causa disso foi difícil correr no dia de Natal, difícil como jamais havia sido. A maior parte do meu percurso estava muito liso, em algums pontos tão liso que eu tinha que caminhar, e devagar. Tomei 3 tombos mesmo tentando tomar o máximo de cuidado. O gelo é liso, muito liso, pior que qualquer corrida de montanha com chão molhado que eu já havia corrido no Brasil, muito pior. As trilhas estavam cheias de neve e havia um caminho estreito de neve batida, onde todo mundo passava. Como agora era gelo, ficou como barro endurecido, muito endurecido, totalmente irregular, ruim de correr. E se eu saia da trilha o pé afundava na neve 10, 20 centímetros e acabava molhando porque a neve derretia sobre o tenis, na meia, na calça. Enfim, tava difícil, mas eu corri e tirei essas fotos aí e outras que estão aqui.
Na primeira foto eu estou perto de casa, na calçada que outrora era bem larga. Na segunda foto eu estou na trilha em uma foto tirada em Agosto. Esta foto contrasta com a terceira, tirada no mesmo lugar, agora no Natal. Agora havia tanta neve que eu tive que colocar a camera em cima do encosto do banco. Aqui está uma foto que eu coloquei a camera no banco, como eu fiz em agosto. Nela eu estou tentando tapar o sol pois a câmera está exatamente contra o sol e a foto nao fica boa, veja a terceira foto acima. E nesta última foto eu peguei um esquilo na neve. Aliás ví vários deles. Por causa da neve e das árvores sem folhas fica muito mais fácil ver eles agora, eles não tem muito onde se esconder...
Bom, depois do treininho que eu andei mais do que corri, eu fui para um jantar de Natal, com o chefe, na casa do irmão dele. Foi uma coisa bem tranquila pois havia muito pouca gente, foi bem legal. Havia bastante comida, havia pato, bolo de mandioca, umas bebidas tradicionais da Guiana, e comidas tambem. Enfim, foi muito bom pois é o tipo de ambiente que eu gosto mais, com poucas pessoas, sem barulho e tal.
Na volta cai na cama para acordar tarde hoje, um dia depois do Natal. Hoje é Boxing Day, o dia de fazer comprar. Dizem que as lojas tem liquidações e tal, e que todo mundo vai as compras. Eu prefiro esperar por um dia mais tranquilo...
domingo, 21 de dezembro de 2008
Outro treino na neve
Hoje de manhã eu fiquei surpreso quando acordei e vi pela janela que estava nevando muito. Pelo que eu me lembrava a previsão havia dito que só haveria neve a tarde. A temperatura estava em 5 negativos e portanto eu decidi que ia lá fora correr, ou pelo menos ver como estavam as coisas.
Estava difícil correr. A neve de hoje já fazia uma camada de uns 5 centímetros, e juntava com a de sexta-feira deixando tudo muito branco. Era difícil de correr porque a neve segurava, eu ficava cansado mesmo indo devagar. Lembrava as dunas da Joaquina em Floripa.
Mas eu corri, corri devagar, afundando o pé na neve, mas corri. Resolvi fazer o loop pequeno, de 5 Km, seria suficiente. Foi mais do que suficiente na verdade. Eu terminei bem cansado, com a panturrilha doendo. Mas foi gostoso.
A cidade está outra coisa, está diferente, tudo branco. Eu levei a câmera hoje e tirei essas 3 fotos aí. Esta é a Eglinton, uma grande avenida, movimentanda, mas hoje a galera ficou em casa. Não havia carros, nem gente nas rua, mas ainda encontrei dois corredores. Estava difícil ver onde pisava, onde era a calçada, onde era a sarjeta mas também estava difícil ser rápido, então tudo bem, tá valando, pisasse onde pisasse...
Vem aí o Natal, parece que vai ter muita neve, como a galera aqui gosta. Mas só no Natal...
sábado, 20 de dezembro de 2008
Muita neve e pouca corrida
Ontem caiu a primeira tempestade de neve (eu estou traduzindo de snow storm que é o que a galera diz, mas é tranquilo, não é uma tempestade...), e tivemos entre 15 e 20 centímetros de neve. Então vamos falar de ontem.
Eu acordei cedo sem muita vontade de correr, pois estava meio frio e a neve ainda não tinha começado. Mas todo mundo já sabia dela, é o que mais se falava na televisão, e no trabalho estávmos comentando sobre a neve com 3 dias de antecedencia devido a previsão do tempo. Eu esperava que a previsão estivesse um pouquinho errada e a neve começasse as 5 da manhã para eu ir correr. Mas estavam certo, quando eu acordei e olhei pela janela, nada de neve. Também resolvi não ir correr. Caminhei para o trabalho.
Logo cedo ficamos sabendo que o escritorio tava fechado, ninguem precisava ir trabalhar por causa da neve (só agora que me avisam?). Mas o dia ontem coincidentemente foi complicado. Cheguei cedo e o chefe me esperava na entrada do prédio, tinha esquecido o crachá.
-E aí chefe!
-E aí Marcos, você veio andando?
-Sim, andando e tomando meu café... tranquilo, tá meio frio e ventando mas eu tenho caminhado pro work todo dia... Mas... o que você tá fazendo aqui? - O chefe tava meio que de férias, eu não esperava ele no trampo...
-Ah, eu tava rodando aquela análise em casa e deu problema, precisamos conversar, estou meio preocupado...
-Como assim problema? Vai cair muita neve, vai ser complicado para voce voltar, podia ter ficado em casa...
-É que acho que os dados estão com problemas e vamos precisar mudar o questinário. voltar a campo...
Eu percebi que o problema era sério, digo, voltar a campo só em último caso. Felizmente comversamso e resolvemos o problema, mas por causa disso a sexta feira que prometia ser calmo foi pra lá de estressante. Eu não vi a neve começar a cair pois estava no computador. Na hora do almoço saímos, nevava com vento, muito frio, mas era legal, eu tava contente.
Por volta das 18h voltei para casa, resolvi caminhar, muita neve em todo lugar, muita calçada sem limpar, o pé afundava na neve. Logo percebi que andar até em casa ia consumir bastante caloria. O pé afundava e escorregava, a velocidade era menor do que de costume e eu logo estava cansando de andar, suando, abri a blusa para o vento frio entrar.
Mas a paisagem era irreal, de outro mundo, neve nas ruas, calçadas, montes de neve para passar, carros patinando, não havia mais divisão entre rua e calçada, tudo o mesmo branco. Ruas menores era um branco só, a prefeitura estava dando prioridade para limpar as ruas maiores, e era muita neve.
Cheguei em casa cansado, com fome, mas feliz, o dia tinha sido bom pois além do problema do trampo resolvido eu estava contente com tanta neve! Planejei correr hoje de manhã. Mas acordei com 15 graus negativos, sensação térmica de 25 negativos, não vou nem.... ao inves de correr tomei um banho, coloquei roupa de frio, resolvi ir para a biblioteca. As fotos aí são no caminho e aqui estão as demais.
Parece que tem mais neve para amanhã, e não é pouca, e depois mais para a noite de Natal, ah, o Natal aqui é bem diferente, digo, frio, neve...
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Shorts
Pois é, inacreditavelmente a temperatura hoje de manhã estava em 8 graus e eu aproveitei para correr como a muito tempo eu não corria, de shorts! FOi bem legal, apesar que descendo para o Sul, contra o vento, o frio pegou um pouco. Mas, deixando de lado o cansaço das pernas que eu ainda sentia do treino longo de sábado, o resto estava bem gostoso. Estava também uma chuva fina que deixava a calçada molhada e derretia o resto de neve que ainda insistia em permanecer nos montes...
Mas o que é bom dura pouco. Na volta do trabalho eu já passei apertado com o frio. A temperatura que de manhã chegou a 8 positivos caiu brusscamente a tarde para chegar a 6 negativos na saída do trabalho, com vento e sensação térmica pra baixo dos 10 negativos. Amanhã cedo tá prometando 7 negativos, ou seja, parece que vou ficar com os cobertores...
Mas o que é bom dura pouco. Na volta do trabalho eu já passei apertado com o frio. A temperatura que de manhã chegou a 8 positivos caiu brusscamente a tarde para chegar a 6 negativos na saída do trabalho, com vento e sensação térmica pra baixo dos 10 negativos. Amanhã cedo tá prometando 7 negativos, ou seja, parece que vou ficar com os cobertores...
domingo, 14 de dezembro de 2008
Numb3rs
Terminei de assistir a temporada 3 deste seriado que mostra a aplicação de matemática (na verdade mais estatística do que o resto) na solução de crimes.
Tenho achado o seriado bem legal embora 99% dos casos são bem forçados, tipo, na vida real a matemática do sujeito seria inútil. Acredito que todas as técnicas que usam realmente existam (algumas delas são mais estatísticas e eu conheço um pouco) mas o problema para mim é 1) encontrar dados com qualidade e quantidade suficiente e 2) fazer a técnica matemática dar informação que realmente ajuda a solução dos casos. Na vida real, muitas vezes a informação está em papel e levaria dias para digitar tudo. Ou então a informação tá lá digitada mas precisa ser trabalhada antes da análise o que levaria mais dias. Ou então eles tem os dados mas a aplicação da técnica naqueles dados exigiria programação específica, o que levaria mais dias. Finalmente acredito que as técnicas existentes, a não ser que tenhamos muitos dados e de muito boa qualidade (e aí talvez não precisássemos de análise matemática), elas não darão resultados tão precisos como mostram, poderiam ajudar e tal, mas não vão dizer onde o sujeito tá com precisão de meio metro.
Mesmo assim acho interessante o fato de eles simplesmente criar a situação para o uso de uma ferramenta matemática, uma situação é que se pode usar a técnica X. Fora que acaba sendo um filme de ação, com FBI e muito crime, os mais malucos possíveis inclusive, filmes que mesmo quem não gosta de matemática pode gostar, se gostar de ação. Então não acho que seja somente para quem gosta de matemática. E existem os acontecimentos paralelos, os romances, as brigas de irmãos, as intrigas. Os filmes do seriado acabam sendo quase independentes um do outro porque a parte principal, os casos, eles são sempre diferentes e você não precisa assistir o filme anterior para entender o atual. Mas existem uns aspectos da vida pessoal da galera que continua de um filme para o outro e você não vai entender se pegar um filme aleatoriamente lá do meio.
O último filme da temporada 3 é bem legal, bem maluco e inesperado. Embora devo admitir que a exemplo do que aconteceu no seriado Dexter no final da temporada passada, o final da temporada 3 tirou de cena (eu acho... vamos ver a 4...) um dos principais membros da equipe do FBI dando a impressão que a temporada 4 vai ser chata pois não vai ter o sujeito. By the way, na TV já está passando a temporada 5....
Tenho achado o seriado bem legal embora 99% dos casos são bem forçados, tipo, na vida real a matemática do sujeito seria inútil. Acredito que todas as técnicas que usam realmente existam (algumas delas são mais estatísticas e eu conheço um pouco) mas o problema para mim é 1) encontrar dados com qualidade e quantidade suficiente e 2) fazer a técnica matemática dar informação que realmente ajuda a solução dos casos. Na vida real, muitas vezes a informação está em papel e levaria dias para digitar tudo. Ou então a informação tá lá digitada mas precisa ser trabalhada antes da análise o que levaria mais dias. Ou então eles tem os dados mas a aplicação da técnica naqueles dados exigiria programação específica, o que levaria mais dias. Finalmente acredito que as técnicas existentes, a não ser que tenhamos muitos dados e de muito boa qualidade (e aí talvez não precisássemos de análise matemática), elas não darão resultados tão precisos como mostram, poderiam ajudar e tal, mas não vão dizer onde o sujeito tá com precisão de meio metro.
Mesmo assim acho interessante o fato de eles simplesmente criar a situação para o uso de uma ferramenta matemática, uma situação é que se pode usar a técnica X. Fora que acaba sendo um filme de ação, com FBI e muito crime, os mais malucos possíveis inclusive, filmes que mesmo quem não gosta de matemática pode gostar, se gostar de ação. Então não acho que seja somente para quem gosta de matemática. E existem os acontecimentos paralelos, os romances, as brigas de irmãos, as intrigas. Os filmes do seriado acabam sendo quase independentes um do outro porque a parte principal, os casos, eles são sempre diferentes e você não precisa assistir o filme anterior para entender o atual. Mas existem uns aspectos da vida pessoal da galera que continua de um filme para o outro e você não vai entender se pegar um filme aleatoriamente lá do meio.
O último filme da temporada 3 é bem legal, bem maluco e inesperado. Embora devo admitir que a exemplo do que aconteceu no seriado Dexter no final da temporada passada, o final da temporada 3 tirou de cena (eu acho... vamos ver a 4...) um dos principais membros da equipe do FBI dando a impressão que a temporada 4 vai ser chata pois não vai ter o sujeito. By the way, na TV já está passando a temporada 5....
sábado, 13 de dezembro de 2008
Altos e baixos
Pois é, mas talvez os altos sejam por causa dos baixos.
Nesta quinta e sexta feira eu não corri, não sei porque, talvez o frio, sabe como é né. Quando o frio chega é bom, a gente vai aproveitando a nova emoção de correr no frio e na neve, mas as coisas não são sempre assim e logo você tá levantando, vendo na TV que lá fora tá 5 graus negativos, e voltando para a cama. Foi a primeira vez que fico dois dias seguidos sem correr desde, sei lá, acho que setembro quando ainda tava quente.
O desempenho no frio caiu visivelmente, não sei se tem algo a ver com o próprio frio e a respiração ser mais difícil. Eu acho que sim, sei lá, tenho tido mais dificuldade, me cansado mais, fico cansado embora as pernas ainda estejam bem. Geralmente foi o contrário, ficava com as pernas bambas e a respiração tava ok.
A verdade é que depois de dois dias sem correr eu me vinguei. Hoje eu sai, tarde mas saí, quase meio dia, eu resolvi ir para o norte. Comecei lento e no decorrer do percurso a velocidade variou um pouco, as vezes eu sentava a bota. Quando cheguei no final da Avenue Road decidi que dava para continuar, iria pelo menos até a Finch, onde pegaria o metrô de volta e beleza. Mas chegando na Finch pensei porque não ir mais. O plano de passar ao norte da Steeles e então sair da cidade de Toronto, entrar em Vaughan vinha rondando minha cabeça desde lá trás e eu cruzei a Finch, cruzei a Steeles e continuei pro norte. Um probleminha é que eu não tinha planejado portanto não sabia quando voltar. Na verdade eu ia pela Bathrurst e o metrô ficava na Yonge, uma paralela a 2Km de distância. Então o plano era ir ao norte da Steels, entrar a direita numa perpendicular, seguir até a Yonge e voltar pela Yonge até a Finch onde ficava a ultima estação do metrô no Norte de Toronto.
Então depois que cruzei a Finch fiquei com aquele sensação ruim de que eu tava me distanciando cada vez mais do metrô. Não tava tão bem assim e queria somente sair de Toronto, bater meu recorde de treino mais ao norte possível, mas não ir tão longe. Entrei então na Clark, mais ou menos 1Km ao norte da Steeles. Fui até a Yonge e voltei ao sul. Então o vento bateu contra e o frio pegou, estava bem frio. Quando saí de casa estava 4 negativos, mas indo para o norte eu tava a favor do vento e foi bem tranquilo, sem frio. Mas contra o vento a coisa muda. Eu diria que 4 negativos a favor do vento é igual a zero graus e 4 negativos contra o vento é tipo, 8 negativos. Ou qualquer coisa assim, só sei que para ir foi muito tranquilo, mas quando comecei a voltar o negócio congelou.
Mas eu segui, pensava que não podia parar de correr, afinal agora não estava tão longe, Se parasse para caminhar ia congelar, melhor seria entrar em algum lugar. Mas eu continuei correndo, o vento não era forte acho que logo o corpo acostumou com a nova temperatura emvora o ritmo estava lento pois de qualquer forma faltavam pernas.
No final cheguei na Finch, estava com sede e suado apesar do frio, tinha corrido em torno de 20Km. Comprei um Powerade, um negocio tipo gatorade, pois precisava tomar algo, estava com sede e dessa vez não comprei café.
Foi legal pois fazia tempo que não rodava tanto. O percurso segue aqui.
Nesta quinta e sexta feira eu não corri, não sei porque, talvez o frio, sabe como é né. Quando o frio chega é bom, a gente vai aproveitando a nova emoção de correr no frio e na neve, mas as coisas não são sempre assim e logo você tá levantando, vendo na TV que lá fora tá 5 graus negativos, e voltando para a cama. Foi a primeira vez que fico dois dias seguidos sem correr desde, sei lá, acho que setembro quando ainda tava quente.
O desempenho no frio caiu visivelmente, não sei se tem algo a ver com o próprio frio e a respiração ser mais difícil. Eu acho que sim, sei lá, tenho tido mais dificuldade, me cansado mais, fico cansado embora as pernas ainda estejam bem. Geralmente foi o contrário, ficava com as pernas bambas e a respiração tava ok.
A verdade é que depois de dois dias sem correr eu me vinguei. Hoje eu sai, tarde mas saí, quase meio dia, eu resolvi ir para o norte. Comecei lento e no decorrer do percurso a velocidade variou um pouco, as vezes eu sentava a bota. Quando cheguei no final da Avenue Road decidi que dava para continuar, iria pelo menos até a Finch, onde pegaria o metrô de volta e beleza. Mas chegando na Finch pensei porque não ir mais. O plano de passar ao norte da Steeles e então sair da cidade de Toronto, entrar em Vaughan vinha rondando minha cabeça desde lá trás e eu cruzei a Finch, cruzei a Steeles e continuei pro norte. Um probleminha é que eu não tinha planejado portanto não sabia quando voltar. Na verdade eu ia pela Bathrurst e o metrô ficava na Yonge, uma paralela a 2Km de distância. Então o plano era ir ao norte da Steels, entrar a direita numa perpendicular, seguir até a Yonge e voltar pela Yonge até a Finch onde ficava a ultima estação do metrô no Norte de Toronto.
Então depois que cruzei a Finch fiquei com aquele sensação ruim de que eu tava me distanciando cada vez mais do metrô. Não tava tão bem assim e queria somente sair de Toronto, bater meu recorde de treino mais ao norte possível, mas não ir tão longe. Entrei então na Clark, mais ou menos 1Km ao norte da Steeles. Fui até a Yonge e voltei ao sul. Então o vento bateu contra e o frio pegou, estava bem frio. Quando saí de casa estava 4 negativos, mas indo para o norte eu tava a favor do vento e foi bem tranquilo, sem frio. Mas contra o vento a coisa muda. Eu diria que 4 negativos a favor do vento é igual a zero graus e 4 negativos contra o vento é tipo, 8 negativos. Ou qualquer coisa assim, só sei que para ir foi muito tranquilo, mas quando comecei a voltar o negócio congelou.
Mas eu segui, pensava que não podia parar de correr, afinal agora não estava tão longe, Se parasse para caminhar ia congelar, melhor seria entrar em algum lugar. Mas eu continuei correndo, o vento não era forte acho que logo o corpo acostumou com a nova temperatura emvora o ritmo estava lento pois de qualquer forma faltavam pernas.
No final cheguei na Finch, estava com sede e suado apesar do frio, tinha corrido em torno de 20Km. Comprei um Powerade, um negocio tipo gatorade, pois precisava tomar algo, estava com sede e dessa vez não comprei café.
Foi legal pois fazia tempo que não rodava tanto. O percurso segue aqui.
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Deixa a camiseta prá lá...
Então, eu perdi a corrida, na verdade esqueci da minha quarta corrida em 2008, que na verdade tinha me inscrito somente por causa da camiseta de manga comprida. E foi tão por causa da camiseta que ela é opcional, foi 15 doletas a mais para ter direiro a camiseta numa mera corrida de 5Km. Pelo menos naquele sábado eu treinei 11Km... Mas enfim, ontem fui na loja para ver se eu tinha como pegar a camiseta já que havia pago por ela.
O sujeito disse que eles organizam a prova mas não ficam com nada, que uma fulana lá ficava com tudo. Pedi o contato, ele escreveu o email dela num papelzinho, coloquei no bolso, ia mandar um email pedindo sobre a camiseta. Cheguei em casa, saquei o papelzinho. O email fulana@salvationarmy.com ou qualquer coisa assim. Entrei no site da corrida, era como todas as outras, uma corrida beneficiente. Resolvi não ir atrás da camiseta, ela deve estar em melhores mãos que as minhas... digo, se fosse no Brasil com aquelas organizações que visam apenas seus próprios bolsos, mas aqui...
E que venha a próxima, Resolution Run, dia 28 ou 29, preciso ver, corrida de ano novo, nada a ver com a São Silvestre...
Nota - Mayumi - vou ver se descubro como desativar a verificação de palavras, muito kitigai o seu post, dei muita risada!!!
O sujeito disse que eles organizam a prova mas não ficam com nada, que uma fulana lá ficava com tudo. Pedi o contato, ele escreveu o email dela num papelzinho, coloquei no bolso, ia mandar um email pedindo sobre a camiseta. Cheguei em casa, saquei o papelzinho. O email fulana@salvationarmy.com ou qualquer coisa assim. Entrei no site da corrida, era como todas as outras, uma corrida beneficiente. Resolvi não ir atrás da camiseta, ela deve estar em melhores mãos que as minhas... digo, se fosse no Brasil com aquelas organizações que visam apenas seus próprios bolsos, mas aqui...
E que venha a próxima, Resolution Run, dia 28 ou 29, preciso ver, corrida de ano novo, nada a ver com a São Silvestre...
Nota - Mayumi - vou ver se descubro como desativar a verificação de palavras, muito kitigai o seu post, dei muita risada!!!
terça-feira, 9 de dezembro de 2008
Uhuuuu! Neve!!!
Hoje acordei, olhei pela janela, tudo branco la fora! LIguei a TV, a temperatura estava ao redor de 1 grau negativo. Muito bom para correr! Tinha combinado com o Trevor as 6h, entao resolvi comecar antes para dar uma volta a mais no percurso.
Havia caido 2 ou 3 centimetros de neve durante a noite e aquela hora, antes das 5:30 da madrugada, a neve ainda estava nas calcadas, estava tudo literalmente branco. Eu segui pela Yonge rumo ao norte e algumas partes a neve estava intocada, as minhas pegadas eram as primeiras a marcarem o chao.
Segui ao norte sentindo o cansaço de correr na neve. A temperatura não estava tao baixa, mas a neve estava por todo o lado. Era bonito e ao mesmo tempo difícil. Eu continuei naquele esforço para terminar a minha primeira volta exausto, mas ainda antes das 6h, horário que me encontraria com o Trevor.
Ele veio e continuamos, fomos para outra volta, que abortamos no meio para entrar na trilha. Muita neve em todo lugar, tudo branco. Mas seguimos conversando. Eu contei para ele que tinha ouvido a estória de que a galera dizia que os hobitantes de Toronto eram bobos, não sabiam se virar com a neve e ele deu bastante risada, me disse que há alguns anos caiu bastante neve e Toronto chamou os militares para ajudar e tal, depois todo mundo passou a dizer que basta uma nevinha e a galera já fica desesperada e chama o exército... Ele me disse que é mais ou menos como os brasileiros tiram sarro dos portugueses... Eu já havia dito a ele que no Brasil a gente tem as piadas de portugueses (entre outras) e ele achou interessante. Mas só piada, acredito que a gente goste muito dos portugueses e tal...
E corremos pela trilha até a Mount Pleasant, muita neve em todo lugar, contei que havia visto na TV uma bike para a neve... Seguimos até voltar para casa, o treino acabou sendo cansativo, mas muito legal por conta de neve recem caída, macia, diferente, eu estava adorando. Depois ainda fui para o trampo caminhando, mas aí am alguns lugares já haviam jogado sal, a neve havia derretido e ficado meio que uma lama, sem graça, suja, marrom....
segunda-feira, 8 de dezembro de 2008
Correr ou patinar, eis a questão
A minha nova colega Mayumi parece já conhecer neve. Mas eu quando baixei aqui nunca tinha visto. Neve é algo legal embora os canadenses quase te matam quando vc diz isso. O chefe nem se fala, ele tem que limpar a calçada sempre que cai neve. E hoje na apresentação que fiz, na sala de reunião, eu não podia deixar de olhar para o slide com um olho e para a janela com o outro. La fora a neve caia torencialmente, se podemos dizer isso. E eu esfreguei as mãos, disse para o chefe que ia correr quando chegasse em casa e esperava que estivesse nevando. Ele deu risada, ele não consegue imaginar essas coisas.
Mas correr na neve é gostoso, e mais ainda se lembramos do Brasil e se lembramos que estmos tão longe. Porque aí olhamos a neve com admiração e não sentimos o frio. Correr na neve é gostoso porque é experiência nova, que não trazemos no currículo de 10 anos de corridas no Brasil.
Geralmente se neva e não é tempestade de neve, então a temperatura não é tão baixa e você corre tranquilo. A neve logo depois que cai é macia, gostosa. Se o tempo esfria e ela fica no chão, então depois de um tempo você tem camada de gelo em algumas partes, precisa tomar cuidado. Se a camada de neve é muito fina, se não jogam sal suficiente e está muito frio como ontem, então vc pode encontrar mais gelo no chão. A neve é lisa, mas nem tanto, o gelo é liso e muito liso. O gelo no chao é muito perigoso porque nem sempre vemos ele pois é transparente. E você escorrega e cai de verdade, cai no chão duro, e pode quebrar algo. A neve se está macia e com alguns centímetros segura bastante e você sofre para correr. Ser rápido nem pensar, é meio como areia, tem que ir devagar. Mas o esquma é pensar em outras coisas ou pensar na neve, no prazer de estar ali, na oportunidade que poucos brasileiros tem.
A Mayumi correu em Nova York, aqui do lado, mas sem neve. Uma maratona que fica quente só da emoção que sem tem ao corrê-la. Para correr na neve precisamos de roupa contra o frio, mas calçado especial, ah, eu não acho que tenha. Eu sempre uso um tenis para cross, que comprei no Brasil para as corridas de montanha, mas para ser sincero não sei o quanto ele resolve. Se há gelo, ele não resolve nada, não há tenis que segure no gelo. Assim o meu tenis de inverno não é diferente do de verão, é apenas um tenis de cross quando tem neve. Os pés não sentem frio, pelo menos não os meus. Mesmo quando ficam molhados porque me descuido e piso na água gelada formada pela neve derretida pelo sal, mesmo assim não sinto frio nos pés. Acho que eles se exercitam tanto na corrida que ficam quentes!
O tempo passou, um dia no verão eu pensava em como seria correr no inverno. E agora estou aqui no inverno denovo, lutando para que não seja igual no ano passado quando corria somente no final de semana, e olha lá. E vamos que vamos!!!
Mas correr na neve é gostoso, e mais ainda se lembramos do Brasil e se lembramos que estmos tão longe. Porque aí olhamos a neve com admiração e não sentimos o frio. Correr na neve é gostoso porque é experiência nova, que não trazemos no currículo de 10 anos de corridas no Brasil.
Geralmente se neva e não é tempestade de neve, então a temperatura não é tão baixa e você corre tranquilo. A neve logo depois que cai é macia, gostosa. Se o tempo esfria e ela fica no chão, então depois de um tempo você tem camada de gelo em algumas partes, precisa tomar cuidado. Se a camada de neve é muito fina, se não jogam sal suficiente e está muito frio como ontem, então vc pode encontrar mais gelo no chão. A neve é lisa, mas nem tanto, o gelo é liso e muito liso. O gelo no chao é muito perigoso porque nem sempre vemos ele pois é transparente. E você escorrega e cai de verdade, cai no chão duro, e pode quebrar algo. A neve se está macia e com alguns centímetros segura bastante e você sofre para correr. Ser rápido nem pensar, é meio como areia, tem que ir devagar. Mas o esquma é pensar em outras coisas ou pensar na neve, no prazer de estar ali, na oportunidade que poucos brasileiros tem.
A Mayumi correu em Nova York, aqui do lado, mas sem neve. Uma maratona que fica quente só da emoção que sem tem ao corrê-la. Para correr na neve precisamos de roupa contra o frio, mas calçado especial, ah, eu não acho que tenha. Eu sempre uso um tenis para cross, que comprei no Brasil para as corridas de montanha, mas para ser sincero não sei o quanto ele resolve. Se há gelo, ele não resolve nada, não há tenis que segure no gelo. Assim o meu tenis de inverno não é diferente do de verão, é apenas um tenis de cross quando tem neve. Os pés não sentem frio, pelo menos não os meus. Mesmo quando ficam molhados porque me descuido e piso na água gelada formada pela neve derretida pelo sal, mesmo assim não sinto frio nos pés. Acho que eles se exercitam tanto na corrida que ficam quentes!
O tempo passou, um dia no verão eu pensava em como seria correr no inverno. E agora estou aqui no inverno denovo, lutando para que não seja igual no ano passado quando corria somente no final de semana, e olha lá. E vamos que vamos!!!
domingo, 7 de dezembro de 2008
E aqui estou eu com outro gráfico do histórico dos treinos. Eu comecei um treino frequente em Abril e fui bem até Junho, quando voltei ao Brasil e o treino despencou. Junho foi bem ruim, assim como começo de Julho. O treino perdeu totalmente a sequencia. Não foi só a viagem ao Brasil, mas também uma horrível dor nas costas que me impediu de correr final de Junho e começo de Julho.
Começo de Agosto eu estava correndo novamente, mas não com muita frequencia. Foi também quando comprei a minha bicicleta, e várias vezes deixei de correr para pedalar. Agosto foi todo meio sem sequencia e com treinos infrequentes por causa das longas pedaladas que me deixava cansado tambem, e foi assim inclusive começo de Setembro.
Na segunda metade de Setembro e em Outubro o tempo ficou ruim para pedalar mas bom para correr. A temperatura caiu um pouco, era complicado ir longe de bike. Mas para correr estava tranquilo. E foi nessa época que atingi a máxima Km semanal e em Outuvro também atingi a máxima Km mensal.
Final de Outubro, começo do frio. O gráfico apresenta um vale, causado na minha opinião pelo frio já beirando os zeros graus, temperatura bem abaixo da ideal, e também principalmente porque eu senti o pico de treino semanal atingido no meio de Outubro. A partir de Novembro a temperatura já começou a atrapalhar visivelmente. Dias chuvosos era complicado correr. Com temperatura baixa também é complicado fazer treinos longos. Além disso eu não me sinto confortável usando calça de frio para correr, acho que isso tem um peso.
Final de Novembro, começo de Dezembro, eu tenho mantido os treinos, tenho tentado. Mas é visivel no gráfico que a Km mensal tem caido constantemente. Agora está abaixo de 24o, caoisa que não acontecia desde começo de Outubro. Está difícil de fazer a Km mensal chegar a 70. Nos dias de frio eu acabo optando por correr menos de 10Km. Com neve no chão também fica complicado. E a previsão não é de melhora.
Mas estou contente, eu esperava que a distancia percorrida caisse, afinal não se compara o verão com o inverno, não se compara o mes de Setembro com o que estamos vivendo agora em Dezembro. Mas mesmo assim eu tenho mantido os 50Km, 60Km por semana. Eu procuro não pensar nisso, procuro correr conforme sinto que o corpo tá afim. Tento não forçar para manter uma Km alta, mas nem sempre é fácil. As vezes dá pena de estar perto dos 70Km na semana e não ir correr fazendo a Km cair. Mas eu tento na medida do possível obedecer o que o corpo quer, sem forçar muito. Para não forçar velocidade eu tenho ido treinar sempre sem relógio também, nada de marcar tempo, e tem sido assim acho que por mais de um mês.
Os proximos dias serão duros, serão frios, mas faz parte. O desafio é ver como estarei nos meses mais frios, Janeiro e Fevereiro...
Treino no frio
Ontem a tarde, quase noite, fui com um colega meu na casa de uma colega de trabalho, onde acontecia um evento de caridade, para arrecadar alimentos não perecíveis para os que precisam. Estava nevando e foi então que me toquei que eu tinha ficado o dia todo dentro de casa, mas lá fora tava tudo mutio bonito. Ok, meu colega não compartilhava dessa opinião... E não estava tão frio também. Mal pude esperar para que chegasse hoje de manhã para ir correr na neve.
De volta em casa, liguei a TV e a previsão era que a neve pararia em breve e o tempo limparia, e esfriaria. Esfriaria bastante, estaria bem frio pela manhã. Acertaram, hoje quando saí para o treino a temperatura era de -10 graus com sensação térmica de -20. O sol brilhava em contraste com tudo isso. Mas eu precisava correr, nem que fosse uns 5 Km, sei lá.
Logo no começo do treino eu percebi que estava realmente frio, pensei em voltar para casa e pronto. O nariz, rosto, boca, tudo congelava. As pernas embora protegidas estavam sentindo o frio. Quando o vento batia de frente o frio trincava. Com 10 minutos de treino eu já não sentia mais o nariz. Mas o resto estava ok, eu estava com o corpo suficientemente agasalhado. Decidi não voltar para casa, decidi fazer o loop pequeno, de 5 a 6 Km até a Eglinton e de volta pela Yonge.
O frio intenso era mais indo para o norte e eu sabia disso. Chegando lá e voltando para o sul eu estaria a favor do vento, não sentiria tanto frio. Mas o que mais me incentivou a fazer o loop apesar do frio e do vento foi saber que tinha uma estação do metrô na Eglinton, era só eu entrar lá se estivesse congelando.
Mas não estava, e voltando para o sul o treino foi agradável. Lento porque o chão estava coberto de neve e em alguns lugares gelo lisíssimo. Lento também porque eu voltava contra o sol que batia na neve branca no chão, e eu mal via qualquer coisa. Mas pelo menos não sentia frio no rosto. O vento agora pelas costas por vezes chegava a me empurrar e fazia com que eu acelerasse. Mas pelo menos não batia no rosto, o que era realmente congelante. Vento polar, vindo do norte.
Ontem eu perdi uma corrida, a corrida de Natal. Eu lembrei dela durante o treino de ontem, que foi bam mais tranquilo que o de hoje, apenas com traços de neve no chão. Eu lembrei da corrida somente no momento que ela estava acontecendo. Mas quando lembrei dela não sabia que ela estava acontecendo naquele exato momento. Apenas lembrei e pensei em olhar a data correta na internet, assim que chegasse em casa, e estava certo que a data seria hoje. Mas cheguei em casa do treino e somente a noite que lembrei de olhar a data da corrida, e só a noite que descobri que a corrida tinha sido naquela manhã, eu havia perdido a corrida. Sim, perdi a corridaa porque esqueci dela, isso jamais aconteceria a 2 anos atrás. Há 5 anos havendo uma corrida eu pensaria nela a semana toda, eu faria os preparativos, eu teria na cabeça a data de todas as minhas corridas e de muitas corridas que eu sequer participaria. E hoje eu esqueço da corrida. Treino mais do que nunca, corro na neve, mas esqueço da corrida. Estou terminando um ano totalmente atípico na minha vida de corredor onde participei de pouquíssimas corridas mas treinei muitíssimo. Talvez essa seja a corrida perfeita, correr por correr, afinal, para que vamos em corridas? Se, ainda que eliminem todas as corridas, se ainda assim vc ainda continua correndo, então talvez vc possa dizer que é um corredor que corre porque gosta de correr. Talvez esse seja o objetivo.
Mas voltando, descendo a Yonge no treino congelante de hoje de manhã, eu estava pensando em descer até o centro, na loja que promove a corrida de Natal, para tentar pegar pelo menos a minha camiseta. Ontem eu descobri também que eu paguei pela corrida e mais $15,00 pela camiseta de manga longa. Então sei lá, acho que tenho o direito de ganhar a camiseta, no Brasil eu sei que ganharia. Mas aqui não tenho certeza.
Acontece que indo para o centro temos algumas descidas, e a calçada com neve e gelo, o sol no rosto, eu preferi não ir. Desci a Yonge até um pouco depois da Saint Clair para chegar até a Starbucks e comprar um café. Não sei porque, mas é interessante, vc está correndo congelando e é legal tomar aquele café quente. Comprei logo um extra grande e voltei logo para casa. O treino deu por volta de 6 Km, e foi interessante, bonito, não diria gostoso porque estava realmente frio, ventando e perigoso por causa do chão liso. A neve atrapalhando correr porque ela te segura, te segura como a areia da Joaquina. Amanhã eu devo estar com a panturrilha doendo por correr na neve e fazer esse esforço maior para correr mais lentamente.
Previsão de neve para amanhã e depois, o tempo nos próximos dois ou 3 dias parece que não estará amigável para o corredor. Mas corredor não liga muito para isso, hoje eu contei, encontrei no meu curto treino mais de 20 corredores, mais mulheres do que homens, lá, nos 20 negativos...
PS - Abraços especiais ao casal Issao e Dani que parece estarem em algum canto desse enorme Brasil, mas isso não quer dizer que estão perdoados por terem sumido. Isso só quando fizerem a prometida visita. Abraços também a colega maratonista Mayumi e agradecimentos pela visita. Embora não a conheci pessoalmente é alguem que admiro.
De volta em casa, liguei a TV e a previsão era que a neve pararia em breve e o tempo limparia, e esfriaria. Esfriaria bastante, estaria bem frio pela manhã. Acertaram, hoje quando saí para o treino a temperatura era de -10 graus com sensação térmica de -20. O sol brilhava em contraste com tudo isso. Mas eu precisava correr, nem que fosse uns 5 Km, sei lá.
Logo no começo do treino eu percebi que estava realmente frio, pensei em voltar para casa e pronto. O nariz, rosto, boca, tudo congelava. As pernas embora protegidas estavam sentindo o frio. Quando o vento batia de frente o frio trincava. Com 10 minutos de treino eu já não sentia mais o nariz. Mas o resto estava ok, eu estava com o corpo suficientemente agasalhado. Decidi não voltar para casa, decidi fazer o loop pequeno, de 5 a 6 Km até a Eglinton e de volta pela Yonge.
O frio intenso era mais indo para o norte e eu sabia disso. Chegando lá e voltando para o sul eu estaria a favor do vento, não sentiria tanto frio. Mas o que mais me incentivou a fazer o loop apesar do frio e do vento foi saber que tinha uma estação do metrô na Eglinton, era só eu entrar lá se estivesse congelando.
Mas não estava, e voltando para o sul o treino foi agradável. Lento porque o chão estava coberto de neve e em alguns lugares gelo lisíssimo. Lento também porque eu voltava contra o sol que batia na neve branca no chão, e eu mal via qualquer coisa. Mas pelo menos não sentia frio no rosto. O vento agora pelas costas por vezes chegava a me empurrar e fazia com que eu acelerasse. Mas pelo menos não batia no rosto, o que era realmente congelante. Vento polar, vindo do norte.
Ontem eu perdi uma corrida, a corrida de Natal. Eu lembrei dela durante o treino de ontem, que foi bam mais tranquilo que o de hoje, apenas com traços de neve no chão. Eu lembrei da corrida somente no momento que ela estava acontecendo. Mas quando lembrei dela não sabia que ela estava acontecendo naquele exato momento. Apenas lembrei e pensei em olhar a data correta na internet, assim que chegasse em casa, e estava certo que a data seria hoje. Mas cheguei em casa do treino e somente a noite que lembrei de olhar a data da corrida, e só a noite que descobri que a corrida tinha sido naquela manhã, eu havia perdido a corrida. Sim, perdi a corridaa porque esqueci dela, isso jamais aconteceria a 2 anos atrás. Há 5 anos havendo uma corrida eu pensaria nela a semana toda, eu faria os preparativos, eu teria na cabeça a data de todas as minhas corridas e de muitas corridas que eu sequer participaria. E hoje eu esqueço da corrida. Treino mais do que nunca, corro na neve, mas esqueço da corrida. Estou terminando um ano totalmente atípico na minha vida de corredor onde participei de pouquíssimas corridas mas treinei muitíssimo. Talvez essa seja a corrida perfeita, correr por correr, afinal, para que vamos em corridas? Se, ainda que eliminem todas as corridas, se ainda assim vc ainda continua correndo, então talvez vc possa dizer que é um corredor que corre porque gosta de correr. Talvez esse seja o objetivo.
Mas voltando, descendo a Yonge no treino congelante de hoje de manhã, eu estava pensando em descer até o centro, na loja que promove a corrida de Natal, para tentar pegar pelo menos a minha camiseta. Ontem eu descobri também que eu paguei pela corrida e mais $15,00 pela camiseta de manga longa. Então sei lá, acho que tenho o direito de ganhar a camiseta, no Brasil eu sei que ganharia. Mas aqui não tenho certeza.
Acontece que indo para o centro temos algumas descidas, e a calçada com neve e gelo, o sol no rosto, eu preferi não ir. Desci a Yonge até um pouco depois da Saint Clair para chegar até a Starbucks e comprar um café. Não sei porque, mas é interessante, vc está correndo congelando e é legal tomar aquele café quente. Comprei logo um extra grande e voltei logo para casa. O treino deu por volta de 6 Km, e foi interessante, bonito, não diria gostoso porque estava realmente frio, ventando e perigoso por causa do chão liso. A neve atrapalhando correr porque ela te segura, te segura como a areia da Joaquina. Amanhã eu devo estar com a panturrilha doendo por correr na neve e fazer esse esforço maior para correr mais lentamente.
Previsão de neve para amanhã e depois, o tempo nos próximos dois ou 3 dias parece que não estará amigável para o corredor. Mas corredor não liga muito para isso, hoje eu contei, encontrei no meu curto treino mais de 20 corredores, mais mulheres do que homens, lá, nos 20 negativos...
PS - Abraços especiais ao casal Issao e Dani que parece estarem em algum canto desse enorme Brasil, mas isso não quer dizer que estão perdoados por terem sumido. Isso só quando fizerem a prometida visita. Abraços também a colega maratonista Mayumi e agradecimentos pela visita. Embora não a conheci pessoalmente é alguem que admiro.
sábado, 6 de dezembro de 2008
Mais uma semana
Já estamos em dezembro e o frio chegou de vez. Não tenho mais pedalado para o trabalho e é até engraçado pensar que na época que comprei a bike era calor e eu pedalava todo dia. Agora eu tento caminha, se não está chovendo, e sempre chego no trabalho com o nariz congelando. Mas tem sido ok.
Hoje está caido neve pela segunda vez neste final de ano. Lá fora está tudo branco e eu fiquei até com vontade de correr. Mas eu já tinha corrido de manhã. O tempo deve limpar a noite e esfriar bem. Bou tentar correr amanhã para aproveitar a neve recem caída, mas muito provavelmente vai estar bem frio, treinos mais longos ficam mais complicados.
Estamos no final de ano, cidade enfeitada, todo mundo pensando em natal, ano novo, festas, comida. Mais um ano, eu eu lembro de quando peguei o avião para cá, como se fosse ontem, com medo do que iria encontrar. Mas o tempo passou e apesar de tantas diferenças hoje eu acordo de manhã sem ter surpresas, já estou adaptado, já sei o que vou ver lá fora. É como se eu estivesse escapado de São Paulo para uma cidade muito mais calma, e o meu dia a dia tem sido mais próximo do que o que eu considero ideal.
Hoje está caido neve pela segunda vez neste final de ano. Lá fora está tudo branco e eu fiquei até com vontade de correr. Mas eu já tinha corrido de manhã. O tempo deve limpar a noite e esfriar bem. Bou tentar correr amanhã para aproveitar a neve recem caída, mas muito provavelmente vai estar bem frio, treinos mais longos ficam mais complicados.
Estamos no final de ano, cidade enfeitada, todo mundo pensando em natal, ano novo, festas, comida. Mais um ano, eu eu lembro de quando peguei o avião para cá, como se fosse ontem, com medo do que iria encontrar. Mas o tempo passou e apesar de tantas diferenças hoje eu acordo de manhã sem ter surpresas, já estou adaptado, já sei o que vou ver lá fora. É como se eu estivesse escapado de São Paulo para uma cidade muito mais calma, e o meu dia a dia tem sido mais próximo do que o que eu considero ideal.
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