E eu comecei ler devagar aquele livro que encontrei na lavanderia, do Oliver Sacks. A Mayumi comentou o post sobre o fato do título ter que ser curioso para o livro vender, e, embora ela esteja certa, o título também é verdadeiro assim como tudo o que está no livro. O livro tem muits estórias curtas que não são fictícias, são reais. Aliás eu já vi o Oliver Sacks ser criticado por contar essas estórias reais, assim, tipo, talvez pensemos que os pacientes devessem ter mais privacidade e seu problema nunca sair do consultório médico. Eu não sei, gostaria de saber mais detalhes sobre as condições dessas publicações, mas minha opinião tende para o lado de que faz-se um bem enorme para pessoas que tem esses problemas ligados ao cérebro, quando se publica textos como estes. Nós, na maior parte, não temos o mínimo entendimento desses problemas e daí acredito que vemmuitos preconceitos. Acho que certamente tratamos uma pessoa diferente e melhor se conhecemos minimamente o seu problema.
Bom, eu queria dizer que confundir a própria mulher com um chapéu, segundo o livro, realmente é algo que pode acontecer dependendo do tipo de lesão que se tem no cerebro e do local. Nesse caso interessantemente a pessoa tinha visão totalmente normal, mas não a percepção. A pessoa vê o objeto, mas não associa ele ao que ele realmente é. No caso em questão a pessoa conseguia levar uma vida normal cantando. Conforme cantava ele conseguia engrenar os movimentos e manuseio de objetos, como por exemplo ao almoçar. Ele não reconhecia uma pessoa parada, mas se ela andasse ele associava o movimento a uma música e reconhecia a pessoa, mas o reconhecimento não era pela face, era pelos movimentos! Enfim, é bastante desafiador para gente sequer entender.
O livro é cheio de estórias similares, contada de forma clinica, de forma que o livro não é engraçado, é informativo e respeita os pacientes.
Uma pessoa sem memória de curto prazo que sempre que acorda de manhã pensa que tem 20 anos e acabou de voltar da segunda guerra mundial. Tem um enorme susto ao se olhar no espeço e ver que tem aparência de 50 anos. Sempre achei desafiante imaginar alguém sem memória, tipo, qual seria o sentido da vida para essa pessoa, o que é viver para ela, é como se só existisse presente, então que tipo de consciencia da vida temos se não temos memória?
Outra pessoa que perdeu o equilibrio do corpo. Ela não sabe onde estão seus braços, suas pernas e portanto não consegue caminhar ou pegar um objeto. A menos que olhe para os seus membros. Só olhando para a sua mão ela consegue segurar um objeto e quando fechas os olhos perde o controle sobre a mão e o objeto cai.
E muitas outras estórias igualmente interessantes....
Assinar:
Postar comentários (Atom)
De Março até agora
Da última vez que dei notícias foi na Meia de Washington, que corri relativamente bem, mas não foui com grandes expectativas por ter ficado...
-
Estes dias apareceu esta notícia interessante onde um policial daqueles que andam de bicicleta foi vítima de um motorista que abriu a porta...
-
Depois de um tempão parado hoje eu rodei 7 km. Tudo começou com a onda de calor que tivemos, em um mês que eu já tava devagar. Mas o calor e...
-
E apareceu esta notícia na internet. Basicamente o título diz que os números finais do seu RG tem alguma associação com a sua decisão de co...
Um comentário:
Pois é, Marcos:
Livros com títulos curiosos são sempre chamativos! mas o que acaba interessando é o conteúdo. Se ele não for legal, acabamos desistindo de lê-lo. Mas se nem o título chama a atenção, infelizmente, o livro acaba sendo esquecido, mesmo tendo um bom conteúdo! O título é o primeiro passo para que as pessoas o peguem!
Que historia interessante sobre a memória das pessoas! Vivendo e aprendendo! Muito obrigada por compartilhar conosco a informação! Bjs.
Postar um comentário