sábado, 7 de outubro de 2023

Ataques em Israel

 Quando voltei do treino hoje, coloquei na CNN Brasil, no youtube. Imediatamente notei que havia acontecido algo, que o humor não era bom. Um comentador preenchia o tempo tentando criar conteúdo para o telespectador que está ávido por mais informações e não consegue desligar. Mas havia pouca informação, e nas entrelinhas notei que houve um ataque do Hamas à Israel, desta vez um ataque grande onde muitos havian perdido a vida. E que Israel prometeu que os Palestinos se arrependerão. Não muda nada, não muda a falta de esperança que o uso de força vai melhorar a situação, de que o conflito vai terminar, de que vai haver menos sofrimento.  

Mas quando mencionaram o Iran, eu notei que uma coisa tinha mudado: o conflito que sempre pareceu tão longe agora parecia mais perto. Antes eu tinha ouvido uma entrevista com o Presidente de Ruanda, e tentei lembrar em 1994 como eu ví o genocídio pela TV, lembrar como ele foi mostrado no Brasil, lembrar o que eu tinha aprendido sobre o fato enquanto ele ocorria. Mas não lembrava nada, nada alem do nome do país talvez. Foi terrível, mas foi longe do Brasil, bem longe, passava no noticiário das 8, que ficava como papel de fundo, a gente conversando sobre futebol. E tinha sido assim com Israel tambem, era um conflito que não parecia ter nada a ver com a gente. Mudando para o Canadá, as coisas ficaram diferentes, parece que o papel do país no mundo é maior, assim a TV cobre mais e os cidadãos prestam mais atenção. Nem todos, mas parece que Israel tem mais importância, relevância para o Canadá do que para o Brasil, e vice-versa. Mas não só Israel, todo o mundo do lado de lá das fronteiras do país. Só que ainda era distante. 

Nesta manhã teve algo direferente, menos distante. Imediatamente eu imaginei que com o involvimento do Iran, o conflito poderia crescer, e atá se tornar Global. Eu acho isso inaceitável; é inaceitável que o ser humano não tenha desenvolvido um protocolo que evita que o mundo inteiro seja colocado em risco por causa de um conflito local. Se os seus valores morais não aceitam o conflito local, deveria tolerar muito menos que ele represente um risco Global. 

A globalização se dá por que hoje em dia tudo é Global, menos o nosso sentido de pertencer a uma tribo, que não mudou. E a força, que Israel tanto usa, tem que ser o último dos meios para se resolver conflitos, porque o ser humano é como era há milenios, ele só desiste quando não tem mais chance, e hoje em dia tá precisando muita destruição para não ter mais chance, e extrema destruição é fácil. 

Eu ouvi que 40 Israelenses tinha sido mortos. E mais de 700 feridos. Ainda as informações são incompletas. E minha previsão é que o que acontece com Israel você pode multiplicar por 10, 20, para chegar ao que vai acontecer com os Paleestinos. Falta de esperança por também prever que apesar da catástrofe causada pelo uso da força, e os riscos Globais, as chances de o conflito ser resolvido praticamente não existe, e todos sabem. Então porque continuam?

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