segunda-feira, 13 de setembro de 2010

De bem com a vida

Ontem eu fui correr, resolvi parar a 3 Km de casa e pegar o ônibus. Eu já tinha rodado 12Km e estava meio cansado não estava afim de rodar mais 3... e eu não vou pagar mais pelo ônibus mesmo, dado que temos um passe mensal.

Vejo dois ônibus passarem juntos e lembro que os ônibus ali são meio zoados, não obedecem muito o horário pois, eu acho, tem muita gente em alguns pontos e às vezes um pouco de trânsito. Lembrei que dois ônibus juntos é comum por ali, já até ouvi essa reclamação no rádio. O da frente lotado e o de trás vazio. Passaram os dois, eu corri mais um pouco e parei no pointo para esperar os próximos dois ônibus. Esperei, esperei, esperei, passaram dois ônibus do outro lado, depois mais dois e do meu lado nada. Eu já estava arrependido de ter parado o treino, tivesse continuado já estaria chegando em casa. Resolvi andar um pouco, até o próximo ponto e eis que o ônibus veio. Deixei o primeiro passar pois o de trás sempre tá vazia mas... não tinha o segundo ônibus. $%#&$¨#%$.
Continuei esperando e daí uns 5 minutos chegou o outro. Subi nele e lá fui eu ouvindo o meu rádio. Quando desci no meu ponto notei que tinha um ônibus atrás, vazio. Santa incompetencia. Eu fui no mercado, comprei um pão, ia voltando para casa, matutando como seria o email que eu escreveria para o TTC (a empresa de transporte coletivo). Ia atravessando a rua e ali do outro lado o sujeito sentado na caixa de garrafa, pedindo esmola. Ele coloca um monte daqueles jornal "Metro", que também tem em São Paulo e é de graça, em cima da caixa para não ficar com a bunda marcada. Ele está sempre ali, na esquina, pedindo um trocado, mas cuidado, ele não só pede um trocado. Se você passar perto dele ele vai puxar conversa, falar algo às vezes engraçado, uns vão parar e conversar com o sujeito. Ele fala bastante. Uma vez ele me perguntou quanto tempo eu tinha feito. Eu olhei, respondi "what?". Ele disse que também havia subido na torre, queria saber o meu tempo e eu me toquei que eu tava com a camiseta que ganhei na subida da torre. Disse 16 minutos, já indo embora e ele dizendo que o tempo era mutio bom e tal. Ele sempre ficava ali, o dia todo, sentado na caixa e tomando um café. E enquando eu atravessava a rua, ainda bem cedo, ele falava algo para uma garota que ia em direção à banca de jornais, os dois riam.

Eu estava ali, reclamando do ônibus num país de primeiro mundo, e o sujeito pedindo esmola sempre de bem com a vida...

Um comentário:

Paulo disse...

É Marcão! Não são as posses, mas a cabeça que faz a diferença. Abração e venha ao Brasil cara!
Ano que vem tem VAI! Precisamos formar uma NT de novo e eu vou tentar ganhar uma vaga para nós no Praias e Trilhas! abração

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