Esse é o nome de um livro que terminei de ler hoje. O livro conta a estória real de uma expedição científica ao polo norte em 1913. O objetivo era descobrir um suposto novo continente que deveria existir ao norte do Alasca e também fazer uma sére de estudos científicos da região inóspita e então desconhecida.
O Navio Karluk (significa peixe na linguagem dos nativos canadenses) partiu de British Columbia, no Canadá, com vários cientistas e marinheiros, em junho de 1913. Em Setembro ele ficou encalhado no gelo ártico, a deriva, indo afundar perto da Ilha Wrangel, na costa da Sibéria, em Janeiro de 1914. Os que estavam a bordo viveram por um mês sobre o gelo, ao lado de onde o navio afundou, numa época do ano em que o sol não nascia. A maioria deles, despreparados e sem experiência para viver em temperaturas que chegavam a 50 graus negativos.
Com o retorno do sol eles se mudaram para a Ilha Wrangel, a mais de 1oo milhas de distância numa viagem épica sobre o gelo. O confinamento fazia com que inimizades surgissem, inclusive com um grupo de quatro cientistas partindo e tentando a própria sorte na busca da civilização. Nunca mais eles foram vistos. Outro grupo com outras 4 pessoas chegou a Ilha Herald e lá morreram misteriosamente (foram encontrados seus esqueletos com muita comida e munição por perto). Um terceiro grupo havia deixado o navio logo apos ele ter encalhado, e se salvou, mas não mandou resgate (na verdade como o navio estava a deriva ninguem sabia onde ele estaria, alem da maior parte do artico ser inacessível até lá para Junho).
O grupo que chegou a ilha Wrangel sobreviveu, foram resgatado, exceto por 3 integrantes que não resistiram as dificuldades de sobrevivencia em uma ilha tão inóspita. O capitão do navio juntamente com um inuit (nativo canadense) iniciou uma jornada no começo de Março até a Sibéria, e de lá para o Alasca em busca de socorro, que só veio em Setembro de 1914. Nesse período muito sofreram os que ficaram na Ilha. Inicialmente enfrentaram a doença causada pela dieta com muita proteina, que ceifou a vida de duas pessoas. O tempo todo sobreram com a cegueira causada pelo sol refletindo na neve. Maio e Junho foram os melhores meses pois conseguiram mudar a alimentação devido a presença na ilha de pássaros que migram do sul . Alem dos passaros eles conseguiam caçar lontras e leoes marinhos, conseguiram até lobos e ursos polares. Em Julho a caça começa a ficar difícil e em Agosto quase impossível. Agoto foi um mes de muita fome, quando o frio começa a voltar com toda força e eles se encontraram desesperados tentando consumir pouco para guardar para o inverno, já perdendo a esperança no resgate. No começo de Setembro foram resgatado, já sem esperanças e passando muita fome e frio, vivendo de comer gordura e pele de lontras.
O livro é interessante, nos mostra um pouco de como é o oceano ártico e o clima por lá. A estória é real e baseada principalmente nos diários dos que estavam lá e nas memórias que escreveram quando voltaram. É um assunto que nos faz pensar um pouco em como é viver longe do mundo civilizado que conhecemos, mas mais que isso, nos mostra um pocuo com era difícil, perigosa e penosa a exploração dessas regiões naquela época.
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