domingo, 8 de julho de 2012

O que recebemos da mída

Ontem  teve a luta na UFC entre Anderson SIlva e Chael Sonnen. Como a luta foi transmitida no Canal Combate e depois com 30 minutos de atraso na Globo, eu acabei assistindo ambos, e dá para fazer uma comparação interessante.

O Canal Combate é pago e atinge um seleto grupo de pessoas que não só tem mais grana mas também entende mais de MMA, está mais envolvido neste meio. Por estar envolvido este telespectadores são mais críticos, tem mais opinião, sabem as regras, conhecem os lutadores. O Canal Combate é especializado em MMA e colocou como comentadores o Luciano Andrade e o "Joinha", ambos com mais de 15 anos acompanhando esporte de luta. Assim quando vc assiste o Combate você tem algo informativo, com jornalistas que conhecem o ramo e estão confortáveis falando sobre isso.

A Rede Globo é canal aberto, todo mundo assiste, o público alvo é a população Brasileira em geral. Eles colocaram o Galvão Bueno e o José Aldo para comentar a luta. O Galvão Bueno não entende nada de luta, o que é facilmente notado por quem acompanha o esporte. Sua narração é sensacionalista e tem como objetivo transmitir emoção de forma a engajar o telespectador com a emissora, com a sua pessoa, fazer da luta uma festa onde o telespectador que não acompanha o esporte se sinta envolvido de forma a querer assistir denovo o evento pela Globo. O alvo é audiência, que se traduz em dinheiro, não informação. O José Aldo, quase tão ídolo como o Anderson Silva, é parte da transmissão, mas assim como o Anderson Silva ele não fala muito. Lutadores estão envolvidos com muitas coisas no esporte, estão ainda construindo sua reputação, não podem revelar muito do que fazem e sabem, eles geralmente não gostam de falar muito e precisam tomar cuidado com o que falam na mídia, eles sabem muito mas não se sentem confortáveis falando muito. Trazer lutadores para comentar a luta é estratégia para ganhar audiência, não para informar.

Não que o Combate tenha o objetivo de informar que falta na Globo, porque eles também precisam ganhar audiência, mas eles tem um público que demanda informação e assim eles entregam informação mais do que emoção e sensacionalismo. A Globo que atinge toda a população brasileira tem outro objetivo muito claro, o de endoutrinar a população, de formar uma cultura, de controlar o pensamento - ao inves de dar informação para que a população tenha liberdade e capacidade de escolha, vamos fisgar pela controle emocional.

Esse é só um simples exemplo de como a mída tem poder de formar a opinião, a cultura, o pensamento das pessoas. Mas não faz isso da forma como deve ser feito mas da forma que lhe interessa e beneficia. O Combate não é o exemplo do que é correto, mas nesse caso oferece uma boa base para comparação.


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