domingo, 31 de dezembro de 2023

Corrida de Ano Novo

 Ontem teve a corrida de Ano Novo!

Foi uma corrida bem diferente em vários sentidos. Abaixo segue o mapa do percurso, que começou no Kew Gardens, desceu até a baira do lago, foi e voltou em cima de uma pista de madeira que é construída meio elevada, para se a água chegar ali você não molhar o pé. Como se pode ver a minha performance foi bem ruim se considerarmos a velocidade, e o ritmo abaixo de 5min/km que eu certamente teria que fazer numa prova de 5km.  Seguem os detalhes mais abaixo.

Bem, tudo começou com o longão. Sim, hoje era dia de longão, e eu achei que o longão seria mais importante do que a corrida. Como a corrida foi no sábado a tarde, fazer o longão no domingo era uma opção mas não muito boa pois eu poderia estar cansado da corrida. Poderia também ter adiantado pra sexta, que era dia de descanso, mas achei que precisava do descanso, no qual acabei correndo uns 5km a 6:30 mias ou menos.

O longão era de 1h15m, mais 20m se estiver se sentido bem, com 5m no começo e final de aquecimento e desaquecimento. Total: 1h45m. Saí às 5h30m AM, por volta dos 0 graus, para o longão e no começo pensei em rodar apenas o mínimo de 1:15 por causa da corrida à tarde. Só que o treino começou bem, e eu segurei o rítmo desejado (tablea aí ao lado), que era abaiso dos 6min/km, e quando chegou perto das 1h15m eu pensei que o longo era mais importante do que a corrida, e era crucial para a meia maratona de Lisboa, e que eu deveria rodar os adicionais 20 minutos. Então quando o relógio apitou 1h15m, com pouco mais de 13km, eu disse pra ele continuar marcando. Os próximos 20 minutos foram mais difíceis, eu já me sentia cansado, mas deu pra terminar normalmente. O longão inteiro foi composto de repetidas voltas no mesmo quarteirão, de uns 850 metros cada volta. Eu tenho evitado ir longe por causa da dificuldade em atravessar ruas, da necessidade de correr nas calçadas em lugares que eu não conheço, minha visão já não é mais a mesma. 

Quando deu 3:30 da tarde eu saí para a corrida, a temperatura ainda nos zero graus, sem sol, sem vento. Eu resolvi ir de bicicleta os mais ou menos 12km até o local da largada. Estava meio preocupado com uma dor nos músculos da coxa direita, que estava atrapalhando andar e não era uma dor que eu tinha sentido antes, com medo que não desse para correr ate. Fora a dor, me sentia bem apesar de ter feito o longão poucas horas antes. 

Deixei a bike na esquina da Woodbine com a Queen, meio longe da largada, eu estava com medo que não ia ter lugar para estacionar a bike nas estações mais próximas. Com isso andei um bom tanto até a Running Room do lado do Kew Gardner, onde eu tinha que pegar o kit. Mas foi bom para dar confiança que a dor na perna não ia me impedir de correr. O kit foi basicamente uma sacola com o logo da loja de coisas de corrida, mas que era bem legal. Só que ela era grande e eu não sabia onde colocar. 

A largada seria logo alí e eu dei uma andada pelo parque para passar o tempo. Quando terminei minha caminhada já sentia um pouco de frio, e o dia estava ficando escuro. Às 5 da tarde foi dada a largada para as crianças, e depois que eles correram o km deles, foi a nossa vez. Eu tinha decidido correr carregando a bolsa, algo desconfortável, mas não tinha outro jeito.Ali na largada, pouco depois das 5h da tarde, já estava noite e eu dava umas esticadas e pulinhos para esquentar um pouco. A corrida foi muito simples, com pouca gente, todos ali na entrada do parque, esperando para a largada ser dada numa trilha estreita de cimento.  Os 10 caras que queriam fazer tempo bom alinharam na frente e o resto de nós desencanou com o tempo e largou mais para trás, com o grupo de pessoas fazendo um tipo de um funil em direção à trilha de cimento. 
A largada foi dada e não tinha nada especial. Não tinha chip, pórtico, só tinha um cronômetro eletrônico.  Eu basicamente antei por uns 50 metros ou mais no meio de tanta gente ali na largada. Então chegamos numa poça de água que praticamente ocupava todo o caminha e ninguem se aventurou a pisar na água. O resultado foi que basicamente passamos do lado da poça em fila dupla, o que significa que passamos andando. Mas vamos que vamos, e eu vou carregando aquela bolsa do kit.

Com uns 600 metros chegamos na beira do lago e para a minha surpresa a corrida não era na trilha de asfalto, mas na de madeira. Era um tablado de madeira que se estendia por toda a margem do lago alí, longo o suficiente para que toda a corrida fosse nele, exceto a parte do parque. Como o tablhado fica elevado do chão um palmo e meio, tipo um degrau meio alto, eu tive que dar um pulinho para subir nele. Mas a madeira úmida estava lisa e eu escorreguei e levei um tombo. Putz. Sorte que caindo em cima do tablado fez a queda mais tranquila pois ele não é duro igual concreto. Muita gente parando para me ajudar mas eu estava bem. 

O tablado de madeira é bem largo e logo depois do tempo e acelerei um pouco e fui passando bastante gente, mas não estava rápido. Parei num ritmo que achei confortável, seguindo uma mulher que carregava uma lanterna. Pensei em passá-la por várias vezes, mas na frente dela não havia ninguém, e os que haviam ela acabava passando, então eu resolvi seguir ela, com medo de me perder. O ritmo estava legal, e aumentou um pouco no final coo podemos ver aí na tabela ao lado. E basicamente foi mais ou menos isso, sem muito incidente e sem muita dificuldade, eu segui ela até o final e logo que terminei peguei a medalha e atravessei a rua para pegar o streetcar, dado que estava sentindo um pouco de frio e não queria voltar de bike, também porque tinha um pouco de subida para voltar. 

Enfim, ontem acabei correndo bastante, hoje é descanso. Eu provavelmente vou tentar ir devagar nos treinos para ver se a dor na perna não piora, apesar de não ter sentido dor durante o longão ou a corrida, ou mesmo agora. 

E Feliz Ano Novo!!!

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Treino de Cadencia

 Hoje foi dia de treino de cadência, isto é, o objetivo é dar passos muito rapidamente. O treino é colocado como 10 tiros de 20 segundos, com descanso de 1 minuto. Na planilha a gente pode ver os 10 tiros (tirei os descansos), começando da lap 4. O ritmo fica prósimo dos 3:30 por km, apesar que eu tento focar em dar passos bem rápidos ao invês do ritmo bem rápido. No caso, fiquei por volta dos 195 passos por minutos, o que tava dentro dos parametros do treino pedido na planilha do Garmin. Em Inglês, esses treinos são chamados Strides Repeat, e desde que eu comecei a fazê-los, eu tenho pensado mais no papel do número de passos na velocidade. O que é melhor, tentar manter um numero maior de passos mais curtos, ou um numero menor de passos mais longos? Quando você tá no ritmo de uma corrida, você consegue fazer testes com isso, tipo, manter o ritmo enquanto aumenta ou diminui o número de passos por minuto.

Então, obviamente que dar muito passos longos por minuto seria o ideal, e acho que é isso que os atletas de elite fazem. Mas para nós, mortais, é complicado. Dar passos longos parece exigir muito mais força, e passos curtos e mais rápidos parece mais fácil, mais econômico. Quando estamos numa subida, por exemplo, parece que é possível manter o ritmo dando mais passos curtos, mas não possível manter o mesmo numero de passos longos que estava no plano. Enfim, qualquer dia devo dar uma pesquisada se existe algo científico e confiável sobre isso.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

Video do percurso da meia de lisboa

Eu andei vendo vários vídeos da meia de Lisboa no Youtube. Tem vídeos de corredores mostrando suas experiências, vídeos da transmissão na TV, outros vídeos mais gerais, parecendo tipo promocional.  Mas interessante que o vídeo que mais gostei foi esse que mostra o percurso da corrida, que talvez para muitos seja o mais sem graça. Mas sei lá, dado que vou correr foi muito legal, agradecimentos ao criador deste vídeo que tam vários outros vídeos similares no Youtube.






segunda-feira, 25 de dezembro de 2023

Feliz Natal

 E eis que estamos no Natal denovo! Feliz Natal para você que passar por aqui. Lol, eu costumava falar isso lá no começo do blog, mas agora ninguém passa por aqui mais, depois de tanto tempo sem postar nada. Mas mesmo assim feliz Natal pra todo mundo!

Eu voltei nos posts antigo para ver como tinha sido o Natal nos primieros anos aqui. Foi ineressante ver que em 2008 teve muita neve, e eu saí para correr depois que o sol tinha saído, coisa que hoje em dia eu não faço mais. Em 2009 foi um treino mais long, onde eu estava feliz por não estar tão frio. De 2010 pra frente não houve mais posts do dia de Natal, e eu provavelmente não corri pois acho que já em 2010 eu tinha diminuído bastante as corridas. 

Em 2023, isto é, hoje, a temperatura estava ainda melhor que em 2009, com 3 ou 4, e eu fui correr de shorts. Hoje foi treino leve, só que a planilha pede um ritmo menos leve que o de ontem, de no mínimo 5:59 min/km. Eu tenho tentado maneirar nos treinos leves, para ver se fico menos cansado e consigo aumentar os km semanais. Hoje fiquei nos 5:39 por km de média, e consegui fazer os 45 minutos (podia ter parado nos 30 minutos), com quase 8km. O percurso não foi nada especial, eu fiquei rodando no quarteirão de sempre. Enfim, o treino de Natal foi bom, não me cansei muito, espero estar bom para o treino de ritmo de prova amanhã, que era um treino que eu gostava no ano passado, mas agora tá parecendo meio pesado, pois parece que não estou tão preparado, e o ritmo de prova é um pouco maior. Mas eu vou ver se desencano um pouco de ficar seguindo a planilha a risca.

Chagando em casa me deparei com uma senhora já de idade, que saia do prédio. Ela usa um andador e tem dificuldade pois na saída do predito tem duas escadas de 2 degraus cada. Hoje em dia os prédios mais novos sempre tem rampas, mas o nosso prédio não tem, ele é bem antigo, eu acho que até é preciso autorização para modificar qualquer coisa nele, pois parece que ele é patrimonio histórico. Enfim, eu tentei ajudar ela a descer a escada, mas me atrapalhei um pouco pois não percebi a posição correta do andador dela e o que ela queria fazer. Acho que foi tudo uma quetao de eu não enxergar direito, não ter certeza onde pegar e onde a roda do andador estava... mas deu certo. Ontem ela estava na outra escada na entrada do prédio e eu segurei a porta para ela saír, dado que as portas aqui fecham sozinha, nenhuma porta para aberta. Eu estava super carregado vindo do mercado e não tinha mão livre para ajudar ela, mas parece que segurar a porta foi o suficiente. Ela parece sair sempre bem cedo, é uma pessoa pobre, eu frequentemente encontrava ela procurando latinha nas latas de lixo. Então é de cortar o coração ver ela saindo nesses dias frios. Enfim, espero que ela tenha um bom Natal.

Feliz Natal a todos!

Fibrilação atrial e corrida de long distância

 Outro dia eu ouvi num podcast que corredores de longa distância tem 5 vezes mais chance de desenvolver fibrilação atrial do que a população em geral que não corre. 

A fibrilação atrial é um tipo de aritmia cardíaca, onde o átrio, que é a parte superior do coração fica fora de sincronia e bate rapidamente, o que é sentido como palpitações. Eu digo porque uns 10 anos atrás fui diagnosticado com essa condição, e era mais ou menos isso que sentia, com certa dificuldade de respirar. Naquele tempo eu liguei a condição imediatamente à corrida, ainda que sempre tinha ouvido falar que correr era bom para o coração e tal. Acho que a questão é que nós, corredores, sabemos que quando estamos numa corrida, tentando melhorar o nosso tempo e tal, o esforço que fazemos é grande, não parece saudável. Nesse sentido eu sempre digo para os pessoas que eles tem que fazer exercícios e tal, mas provavelmente não é necessário ser um corredor que se esforça para melhorar o tempo. O pior é que nos últimos 2 anos eu voltei a fazer isso... Só que eu não sinto mais palpitações nem nada.

Eu então dei uma olhada rápida na literatura, mas tem bastante artigos e precisa um bom tempo para olhar tudo, então foi só uma olhada rápida mesmo. 

Este forest plot ao lado é do artigo [1] e parece bem convincente, mas não gostei muito dele pois parece que tem muita diference entre os estudos. Mesmo assim tem vários artigos falando sobre essa association de exercício de alta resistência com fibrilação atrial, que eu concluí que a evidência é boa, ainda que eu não tenha ido a fundo em cada artigo. 
Outros artigos como [2] descrevem a condição, e aqui acho que há um ponto importante: o de que a fibrilação atrial em atletas não é igual a mesma que comumente se vê geralmente em pessoas mais de idade, e isso tem implicação em termos de consequências, riscos, como tratar, o que também foi algo que pensei 10 anos atrás, quando tive o diagnóstico: as coisas que via na interneta e ouvia dos médicos em relação aos possíveis tratamentos não era necessariamente uma boa idéia para mim e para atletas em geral. 

Acho que eu estava correto. A fibrilação atrial em atletas descrita em artigos como o [2] é algo diferente, bem diferente do que os médicos estão acostumados, e felizmente essa diferença parece que é para melhor, uma das evidências sendo que no meu caso a palpitação sumiu sem ser tratada. Mas há outras, como o fato de que acontece em pessoas mais novas, não é persistente (os simtomas aparecem e desaparecem minotos ou horas depois, não persiste), não é associada a fatores de risco comuns como obesidade, pessão alta. E tende a melhorar com a parada da prática de atividade física. Dado essas coisas é difícil pegar o que se sabe para a fibrilação atrial e aplicar aos atletas, como tratamentos e riscos (tipo, que a condição aumenta o risco de AVC). 

Enfim, acho que por enquanto a evidência parece robusta e praticar exercícios de alta duração e intensidade provavelmente deve ser evitado, principalmente para homens (existe menos evidência para mulheres), se o objetivo é saúde.  Acho que como tudo, vale o bom senso. Tipo, uma maratona já não é saudável. 10km, se você fica tentando quebrar o seu próprio record, também não é saudável. Agora, correr 10km devagar, ou andar, é mais razoável. O difícil é colocar em prática, tipo, quando uma meia maratona começa você já quer afundar o pé. E é interessante, que uma característica comum de atletas que são diagnosticados é que eles não querem diminuir a carga de exercícios....

[1] Abdulla, Jawdat, and Jens Rokkedal Nielsen. "Is the risk of atrial fibrillation higher in athletes than in the general population? A systematic review and meta-analysis." Europace 11, no. 9 (2009): 1156-1159.

[2] Sanchis-Gomar, Fabian, Carme Perez-Quilis, Giuseppe Lippi, Gianfranco Cervellin, Roman Leischik, Herbert Löllgen, Enrique Serrano-Ostáriz, and Alejandro Lucia. "Atrial fibrillation in highly trained endurance athletes—description of a syndrome." International journal of cardiology 226 (2017): 11-20.

domingo, 24 de dezembro de 2023

Outro bairro - Casa Loma

A Casa Loma é um castelo que temos perto do centro de Toronto, é uma atração turística e teoricamente você pode entrar nele mediante o pagamento de uma entrada. Aí você anda pelo castelo, é um tipo de um museu. Então o bairro que contem o castelo é chamado de bairro Casa Loma também. 

Hoje, Domingão, 3 graus, eu rodei pelo contorno desse bairro, num treino bem level que eu tenho feito nos dias de descanso do treino principal. A temperatura me permitiu correr de shorts, o que é sempre muito bem vindo, e torna a corrida mais gostosa. 

O treino deu pouco mais de 6km e foi bem tranquilo, apensar do longão difícil de ontem. Mas eu não senti dificuldade ou cansaço pelo ritmo bem leve. Dessa vez eu tentei ficar mais perto do ritmo equivalente a 65% do ritmo que consigo correr por uns 5 minutos, o que é o meu alvo, tipo, 6:30 por km mais ou menos.

Enfim, vamos ver, esses treinos aumentam bem a Km semanal e espero que não sobrecarrege muito o treino principal, acho que vou continuar fazendo eles. 

sábado, 23 de dezembro de 2023

Longão

 E hoje foi dia de longão. De agora pra frente a gente sempre fica com muito expectativa para os longões, pois você nunca sabe como o tempo vai estar. Dependendo das condições, ele tem que ser adiado, tipo muito frio ou neve. Mas hoje estava tranquilo, com temperatura de 1 grau, e uma chuva leve, tão leve que nem era chuva, mas que depois de 1h40m acabou molhando.


O treino teve quase 18 km e eu corri bem distraído pois estava tentando seguir o contorno de um bairro aqui do lado. Mas não foi tão fácil. Desde o começo eu me senti lento e meio cansado, talvez um pouco por causa do progression run de ontem, que terminei bem, mas a parte de rodar forte foi difícil. Quando terminei a primeira parte do treino, de 1h, já estava bem cansado, mas mantendo o ritmo, então decidi continuar, 1km de cada vez. E acabou que chegui de volta em casa, dei umas voltas nos quarteirões ali e logo tinha terminado.

No total foram quase 18km, 3 a menos do que uma meia maratona, o que quer dizer que com um pouco de esforço eu já consigo correr uma meia, pelo menos rodando por volta dos 5:30 por km. Mas o objetivo é ir mais rápido. Este foi o terceiro long da planilh de treinos e espero que fique melhor nos próximos ongos.

Meia de Lisboa - aí vamos nós

 E eis que acabei de me inscrever para a meia de Lisboa, no dia 17 de Março!

A idéia de correr esta meia maratone surgiu primeiro de aproveitar a viagem para visitar meu irmão que mora lá. Mas a decisão pela inscrição foi incentivada também pelo atual foco em meia maratonas, por ser um ótimo incentivo para eu colocar os treinos na linha, e por parecer uma meia muito legal. A foto aí já mostra que ela começa em cima de uma ponte enorme, sobre o "gargalo" do rio Tejo. Depois da ponte, o percurso parece ser inteiramente nas margens do tal gargalo. Então dever ser vem legal. Eles dizem que a meia tem 30 mil participantes, o que é um pouco maior do que a de Toronto, que junto com a Maratona e 5k tinha 25 mil.  Junto com as meias de Prague, Berlin, Copenhagen, Cardiff and Valencia, a meia de Lisboa faz parte da série Superhalfs de meia maratonas, que se você correr todas em 60 meses, você ganha uma super medalha. Mas aí acho que tô fora, isso aí dá mais certo para quem mora na Europa.

Enfim, o esquema agora é treinar. Depois de dois longos, o primeiro na verdade de apenas 9km, eu decidi que dava para correr. O receio se deu porque como descrevi no post anterior, o mês de Dezembro começou bem travado e do jeito que tava não dava para pensar em meia maratonas. 

Agora vamos treinar, com o desafio especial que a maioria do treino vai ser no inverno, e na verdade na parte mais fria do ano, em Janeiro e Fevereiro. E a meia, no dia 17, ainda vai ser no inverno. Bom incentivo para não pendurar o tênis por causa do frio!

A ciência da corrida

Esses dias eu estava ouvindo um podcast the corrida, e o sujeito treinador que tava sendo entrevistado falour do treino 80/20, onde 80% dos treinos são leves e apenas 20% mais forte. Ele disse que um erro frequente é fazer o treino leve mais forte do que se deve, e por isso muitos corredores se sentem cansados. Isso me chamou a atenção, pois tem sido o meu caso, eu saio para correr e as pernas tão travadas. Depois em outro podcast eles tavam conversando com uma mulher recordista na faixa dos 65 anos de idade, e ela disse que só 10% dos treions dela são forte, rápidos, e que os treinos leves são bem leves e que ela roda uns 100km por semana. 

Enfim, eu me interessei. No primeiro podcast o treinador disse que há várias formas de calcular a velocidade do treino leve. Uma delas é fazer um time-trial de 6 ou 7 minutos, o mais rápido possível, e consider or treino level como 65% da velocidade que você conseguiu atingir no time-trial. Pra min, un time-trial de 5 minutos eu devo conseguir fazer nos 4:10. Fazendo os cálculos, 65% disso dá uns 6:30 min/km. Parece bem lento. No momento, a planilha coloca os treinos levels de 5:20 a 5:59 min por km, e eu tendo a rodar perto do limite inferior disso, eu seja, um min/km mais rápido do que a recomendação. Talvez seja por isso que o terino tem sido difícil. Mas o fato é que uns 5:30 por km parece leve e 6:30 parece muito devagar. Será que talvez eu devesse maneirar nos treinos leves?

Então na quinta, dois dias atrás, que era dia de descanso, eu saí para ver como um 6:30 por km seria. Para dar um incentivo, eu acompanhei os limites do bairo onde moro. Acabou que rodei mais devagar do que os 6:30, mas não muito.Apesar de rodar 43 minutos, me senti muito bem no final, inteiro, diferente de quando faço os treinos levels à 5:30. Será que essa é a chave, rodar nesse ritmo lento? Será que a planilha do Garmin está colocando ritmo muito elevado?

Na verdade, nos treinos anteriores, onde meu objetivo era 1:45 na meia, o treino leve do Garmin ia de 5:32 a 6:10 mais ou menos, o que não está muito longe se o meu ritmo ficasse perto do limite superior. Enfim, não dá para mudar o Garmin, mas eu poderia ignorar ele e correr num ritmo mais baixo, e ele vai ficar lá apitando para me informar que estou no ritmo errado. Sei lá, eu decidi que vou tentar ficar mais perto do limite superior, perto dos 6 min/km, e hoje no longo já tentei fazer isso.


Enfim, estou pensando bastante nisso, talvez no próximo treino vou abandonar o treino do Garmin tal que eu possa definir o ritmo.

Pegando no tranco

Desde a volta do Brasil, no final de Novembro, até agora quase no final de Dezembro, eu tenho me arrastado nos treinos. Na verdade, me parece que melhorou nos últimos dias, o que vamos deixar para o próximo post.  

Então, no Brasil foram quase 1 mês sem treino, perído no qual eu ganhei uns 4 kg. Antes da viagem, no final de Outubro, depois de ter corrido a meia de Toronto, eu já não me achava em grande forma. Isso é mais baseado na minha percepção de menos prazer e mais dificuldade ao correr. 

Agora em Dezembro eu comecei a comer menos, cortei pão, cereias, batata, açúcar e por um tempo até frutas, para perder um pouco de peso. Também só como duas vezes por dia, café da manhã e janta. E tento comer bastante carne, quase que uma diate keto, exceto que eu não sou muito regrado e agora já voltei a comer frutas, por exemplo. Então agora, véspera das festividades, eu já perdi uns 5kg, mas não é o suficiente. Então eu fico pensando quanto que a dieta afeta a corrida. 

Desde o começo de Dezembro também cemecei uma planilha de treino para meia maratona, cujo albo é a Meida de Lisboa. Quando comecei não sabia se ia ou não, mas depois de 2 longos (e o terceiro hoje), eu me senti confiante e me inscrevi. Na verdade também me inscrevi para a meia de Toronto, também na Primavera. Na verdade a meia de Lisboa, no dia 17 de Março, ainda vai ser no inverno. Enfim, o treino não tem sido bom, eu mal consigo acompanhar a planilha do Garmin, e na verdade até acabei perdendo um treino de tiro a semanha passado, coisa que acho que nunca aconteceu. 

O que acontece é que me sinto cansado, pesado, lerdo. Fora que muitos dias tem sido frio. Esse dia que perdi o treino tinha nevado a noite, e de manhã o vento gelado assobiava na janela que dava frio só de escutar, acabei não saindo de baixo do cobertor. Enfim, tem sido devagar. 

Só que ultimamente deu uma melhorado e eu animei. Na quarta feira foi um treino leve, que tinha opção de parar depois de 30 minutos, ou continuar por mais 15, e eu continuei. Na quinta feira, que era dia de descanço, eu fui para um treino bem leve que contarei no próximo post. Na sexta teve progression run,  onde depois de 20 minutos de treino leve tinha que correr 10 minutos abaixo de 4:20 por km, o que falhei, minha média ficou por volta dos 4:33, mas não foi ruim em geral. Hoje, sábado, foi longo de 18 km, que terminei cansado, mas okay, dentro do ritmo. Enfim, estes últimos 3 dias foram mais animadores. 

Os tempos aí do lado são do progression run, e os trechos 6 a 8 são para correr entre 4:07 e 4:20 por km. Isso porque eu coloquei como objetivo para a meia de 1h40m, o que seria acima das meias que corri esse ano, então o objetivo é ambicioso, só que nos treinos para meia de Toronto eu tava alcançando esse ritmo no progression run, então não é impossível. Enfim, não deu dessa vez, mas me senti bem e o Garbim falou "Good job!"  Então vou acreditar que foi bom. É isso, confiante de que daqui pra frente só vai melhorar!


domingo, 10 de dezembro de 2023

Estamos de volta

 Depois de voltar no Brasil no final de Novembro eu fiquei colocando as coisas em ordem e não escrevi aqui mais. Bem, as coisas ainda não estão em ordem, sabe como é...

Foi muito calor, com a temperatura chegando nos 40 graus frequentemente, e algumas chuvas. Mas no final das contas valeu bastante a pena, tanto que eu penso em formas de talvez ficar mais tempo lá, trabalhando de lá. Não é fácil... um dos problemas sendo pagar aluguel aqui sem morar aqui.

Mas enfim, estamos de volta, inclusive com os treinos, e eu vou começar outro post para falar disso..



Longo e volta ao bairro Avondale

 Outra Quinta-feira e outro bairro. Ontem o treino de 1h20m na planilha fez com que eu rumasse para um bairro não mutio grande e não muito l...