sábado, 13 de setembro de 2025

Volta ao bairro Playter Estates - Danforth

 Hoje acordei não me sentindo interiamente bem para correr, estava com um pouco de dores nas costas e também não me sentindo descansado. Mas tinha planejado dar a volta no bairro Playter Estates - Danforth e resolvi ver o que acontecia. A fronteira Oeste do bairro é o Rio Don (Don River) e passa também por alguns lugares sem estrada onde não dá para correr. Então o caminho que escolhi passar ali ficou bem fora, mas considerando os limites oficiais do bairro, eu já tinha passado muitas vezes nele quando passava na trilha que acompanha o Don River. E outras vezes quando passava pela Broadview, e as poucas vezes que usei a estação Broadview, Coxell ou Pape do metrô. O limite Sul pela Danforth também é bem conhecido e passo sempre por ali. Tinha uma padaria ali, que talvez ainda exista, onde fui várias vezes por abrir bem cedo. Também tem um restaurante Grego ali que fomos algumas vezes. Então o bairro fica num lugar onde inevitavelmente muita gente passa, mas não tenho qualquer outra ligação mais próxima com o bairro. 

Como eu disse em um dos textos anteriores, esta semana não tem sido das melhores, ao que culpo a corrida do Sábado passado, que foi muito boa, mas a recuperação difícil. Hoje eu ainda sentia dores no quadril e escolhi o bairro por ser próximo, talvez o mais próximo que ainda não contornei. Ainda assim todo o percurso de ida e volta deu mais de 12 km. 

Dado que parte do contorno era por trilhas, eu tive que planejar para chegar na trilha com pelo menos um pouco de luz do dia, ou seja, não podia sair muito cedo. Dado que o sol nasce perto das 7am, resolvi que começaria pelas 5:30m e estaria na trilha com o dia clareando. Mas quando acordei estava meio lerdo, o canal do tempo indicando dia nublado, até possivel chuva enquanto eu corria, então não me preocupei muito em sair cedo e evitar o sol, dado que ele não apareceria. Pra mim é a melhor situação possível. A temperatura também estava boa por volta dos 17 graus e prometendo só esquentar. Acabou então que qaudno saí lá fora já tinha passado das 5:50am, e então comecei com minha caminhada de 1km, depois da qual teria que decidir se correria, ou deixava para tentar amanhã. 

A caminhada não começou tão animada, eu sentia cansado mas sobretudo com dores nas costas. Descendo a Yonge, percebi que não estava nos meus melhores dias, mas as dores melhoravam e eu ficava cada vez mais confiante que eu tentaria pelo menos começar a correr. Depois da ponte da LCBO eu parei a cronometragem da caminhada e comecei o da corrida, já tinha dado 1km de caminhada. 

Trotando para o Sul na Yonge não me senti tão mal. Tinha o mapa do contorno do bairro na cabeça e  pensei que poderia seguir, que havia estações de metrô pelo caminho até o km 5 mais ou menos, e eu poderia decidir se completaria a volta com o tempo, com os passos, com os kms. Mas as costas não doia e devagar entrei na Crescent, a rua onde tem a estação Rosedale do metrô, passei direto, não pegaria o metrô por ali. As ruas agora são residenciais e eu vou para o Leste completando o km 1 logo a frente para 5:50. O ritmo estava lento, eu estava sendo cuidadoso e também não sentia que tinha muita perna, tanto que era interessante pensar que uma semana antes tinha rodado 10km para sub 5 min/km e tinha sobrado perna. Da Crescent entro na South que passa pela entrada da trilha onde terminaria a minha volta, a li eu começava a contornar o bairro e logo depois entro na Elm para fechar o km 2 para 5:33, não um ritmo forte mas um ritmo que indicava que eu estava okay, não era um ritmo lento também. 

O contorno do bairro começava ali na entrada da trilha chamada Milkman Lane, que saia lá embaiso no rio e na outra trilha, a Park Dt Reservation, que é bem conhecida minha. A Milkman Lane era uma das entradas, uma que conhecia pouco mas sabia que era uma subida respeitável para enfrentar no final do contorno. O contorno oficial do bairro não era ali, mas como tende a acontecer com esses bairros que pegam o rio, é geralmente impossível correr pelo seu contorno que não é composto de rua. O contorno oficial na verdade estava longe dali, lá embaixo no Don River, e por umas quebradas lá, e correndo por trilhas onde dava para correr eu estava fazendo o contorno maior do que ele realmente era. Com isso outros bairros devem ter ficado menores, mas era inevitável. Quando passei pela entrada da trilha estava escuro ainda e eu me imaginei terminando ali, como se eu encontrasse comigo mesmo no futuro. Uma sensação interessante que parece transcender a realidade, um bonus das voltas aos bairros.

Da Elm pego umas ruas ali e chego na Castle Frank e rumo para o Sul em direção à estação de metrô de mesmo nome. Nela passo pela faixa de pedestre sem parar e estou agora indo para o Leste novamente, me aproximando e então atravessando a ponte sobre o Don River e no começo dela fecho o km 3 para 5:46. Aqui é mais ou menos onde começa o contorno oficial do bairro, na Bloor com o Don River, e se eu fosse seguir o contorno exatamente teria que achar uma forma de correr dentro do rio e depois subir na ponte para pegar a Bloor. 

Acabei de atravessar a ponte e chego na Broadview, o streetcar parado no semáforo que nao consigo ter certeza que está aberto para mim e por isso não arrisco a passar na frente do streetcar. Ao invés disso entro na Broadview, indo para o Norte, saindo do percurso planejado mas planejando voltar. Estava cedo e escuro, certamente logo teria pouco carro e eu conseguiria atravessar a Broadview fora da faixa de pedestre e voltar para a Bloor que agora se chamaria Danforth, logo depois da estação de metrô também chamada Broadview. 

Na Bloor romo ao Leste e corro sem muito esforço, sem pensar muito e completo o km 4 para 5:41, um pouco antes de chegar na próxima estação de metrô, a Chester, que na verdade nem sei direito onde fica (ela fica numa rua pequena e como resultado é meio escondida, eu não sei direito onde ela fica se estou andando na rua).
Mais para frente vejo uma igreja católica e depois dela entro na Pape à esquerda, indo para o Norte, agora no limite Leste do bairro. Ali sei que preciso contar 3 ruas e entrar na terceira, a Fulton.  Mas antes da primeira, subindo pela Pape, logo depois da estação Pape do metrô fecho o km 5 para 5:41 denovo, agora sabendo que se continuar não tem mais estação de metrô, mas não penso muito e continuo, pensando mais nas ruas para não errar. 

Quando chego na Fulton quero ter certeza que estou certo e atravesso ela para tentar ler o nome da rua na placa do outro lado, e consigo confirmar que devo virar ali. Entro na Fulton às esquerda, voltando para o Oeste. A rua é bem calma e mais a frente completo o km 6 para 5:39, com ritmo muito estável mas sentindo um pouco de perna cansada. Da Fulton entro à direita na Broadview, e logo a frente à esquerda na Pottery. Agora saio da cidade e entro no vale do Rio Don, e estou saindo bem fora do controno oficial do bairro que é bem ao Sul, no entando passando por lugares onde não se pode correr. O dia está clareando e eu entendo que peguei o horário correto, chegarei nas trilhas com boa luz natural, mas sem sol principalmente por estar nublado. 

A Pottery é uma enorme descida, já com uma trilha do lado, e lá embaixo passa por baixo da Don Valley Parkway e logo deopis por cima do Don River, antes do qual completo o km 7 para 5:30, um pouco mias rápido provavelmente por causa da descida da Pottery. Depois do rio a trilha não para e segue a Bayview indo para o Sul. Ali eu lembro das muitas vezes que passei correndo ou de bike, numa trilha rústica meio que no meio do mato, ou do outro lado no acostamento da Bayview. Mas agora tem uma trilha asfaltada protejida para andar, correr e pedalar. Passo por baixo da estrada de ferro e logo estou no farol que dá acesso ao Evergreen Brikworks . Acho que a trilha não continua muito ao sul dali, a idéia é atravessar a Beyview no farol e pegar a trilha do outro lado que não mais segue o Don River, mas acompanha ourtos riachos. 

Atravessando a Bayview, correndo por trilhas asfaltadas e boas para correr, fecho o km 8 para 5:31. Dali entro na Beltline trail, velha conhecida minha, que mais para frente termina na trilha Park Dr Reservation, a qual não pego. Ao invés disso entro na perna esquerda da bifurcação que tem no final da Beltline, e pego a Milkman Lane, e logo a subida começa. 

A subida é íngreme e de longe a parte mais difícil do contorno pois eu seguro trotando, sem andar. Completo o km 9 lá em cima, no final da trilha, saindo na rua, para 5:59. Até que consegui segurar sub 6 min/km!

Enfim, logo depois do km 9 eu me encontro comigo mesmo no passado, e fecho a volta ao bairro, paro o cronômetro pouco depois e começo a caminhar com a idéia de caminhar até em casa, 2,5km mais ou menos, o que não foi tão difícil. O treininho acabou sendo bom e eu me senti bem o resto do dia. 

A foto ao lado é do Google StreetView, é uma casa muito antiga, construida pela família Playter. Eles fugiram dos Estados Unidos na época da independência pois apoiava os Ingleses, fugiram para o Canada que era então colônia da Inglaterra. O tal do Playter lutou na guerra, sendo parte da milícia que lutou em favor da Inglaterra. Deram um pedaço de terra para eles em Toronto, onde eles desenvolveram uma fazenda, que hoje é o bairro que recebeu o nome dele. A casa está na rua que também tem o nome da família.









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