Mais um longão hoje. Resolvi visitar e contornar um bairro perto do limite Oeste de Toronto, o bairro Islington. A estação Islington do metrô é o ponto mais conhecido do bairro pra gente, que estamos bem longe, relativamente falando. Mesmo assim se formos olhar direito, acho que a estação nem é no bairro, ela fica ali bem no limite do bico do bairro. Esse bico é o formato do bairro mesmo, não foi que eu corri errado e na verdade estava até planejando eliminar ele na corrida para fazer o contorno mais fácil para a próxima vez, mas em cima da hora eu decidi ir em frente e fazer o contorno correto. A estação Islington do metrô é a penúltima a Oeste, antes da Kipling, e ali a gente pega ônibus urbano para Mississauga, que um dia pegamos nos jogos pan-americanos de 2015. Eu tabmém já peguei metrô ali várias vezes depois de corridas, dado que daqui até lá dá uns 12km, uma boa distância.
Em termos de longo, eu estava preparado para ele desde ontem, digo, já tinha definido o percurso. Dois outros bairros tinham sido definido como plano B, pois eu sabia que este seria longo. Mas logo que comecei o treino, apesar de sentir as pernas um pouco cansadas, o ritmo táva bom, por volta dos 5:10/km e eu já imaginava que não precisaria do plano B.Saí pouco depois das 4 da manhã, planejando para que terminasse por volta das 6, quando o sol teria acabado de sair. Mesmo assim, as incertezas do percurso longo e desconhecido me fizeram levar os dois óculos escuros (o escuro e o super escuro, com duas lentes escuras). A temperatura de 19 graus estava ideal e eu pude me vestir confortavelmente.
Não hourve nada de muito especial no começo, eu rodava num ritmo bem legal, por volta dos 5:10/km. No km 10 e denovo 11 peguei as primeiras subidas que eram íngremes mas mesmo assim o ritmo não foi muito afetado. Cheguei na avenida Islington com pouco mais de 11km e ali comecei o contorno do bairro que eu sabia que teria mais de 12 km. Logo no ínício do contorno saí da avenida Dundas, virei à direita e estava em território jamais antes explorado, era uma subida leve, ainda bem cedo, corredo no meio da rua, nenhum carro. Mas para chegar ali tinha corrido bastante pelas calçadas, uma das razões que não gosto muito de vir para esses lados.
Quando a gente corre em avenidas grandes a gente geralmente tem que ficar na calçada, sempre tem um carro ou outro mesmo às 4 da manhã. Às vezes eu me aventuro correr na rua, mas em geral tendo a evitar pois dá um certo medo de voltar para a calçada quando bem um carro, tem que olhar bem os obstáculos, principalmente os anéis de amarrar bicicleta que é o que mais me aterroriza. Só fico imaginando eu batendo a perna nele e ficando no chão esperando ajuda. Imagino que precisa sorte para sair não muito machucado. Enfim, praticamente todo o percurso até o começo do contorno do bairro era avenidas grandes e o contorno do bairro também, mas ali no começo era uma rua não movimentada, pequena.
A rua desaguou numa rua maior logo, bem maior. E eu percebi à minha direita a calçada. Mas ela estava atrás de um gurad-rail, uma barreira de ferro da altura da cintura entre a calçada e a rua. E eu na rua. E a rua ficou enorme, bem larga e um carro podia vir a qualquer momento. Eu fiquei meio assustado, geralmente não me coloco nessas posições vulneráveis. Geralmente eu pulo para a calçada quando o carro ainda está longe, mas ali não dava. Imediatamente eu acelerei bastante, meio que no ritmo de tiro de 1000m para chegar em algum lugar que dava para ir para a calçada antes que viesse um carro. Um tiro na subida, depois de 12 km. Cheguei numa abertura do guard-rail e subi na calçada, estava bem cansado pois o tiro não foi muito curto, diminui bem o ritmo, ainda subida. O tiro causou um pico no gráfico de ritmo e o Garmin marcou abaixo dos 4/km. Vendo o gráfico parece que isso pouco afetou o ritmo posterior, mas eu fiquei bem cansado. Fechei o km 12 com 5:02 por causa do tiro, pois esse km foi boa parte subida, não tão forte, mas eu esperaria um ritmo mais baixo que a média, enquanto que foi quase que o melhor km de todo o treino.Completei o km 13 subindo a Kippling, literalmente, era uma subidinha que não terminava.O gráfico de elevação mostra que praticamente todo o trajeto do km 10 ao 15 foi mais ou menos subida. E eu senti isso bem ali na Kipling, por volta do km 13, já também sentindo um pouco de cansaço, mas conseguindo manter o ritmo bem ainda que com algumas subidas. Mas nenhuma subida era muito íngreme. Virei à esqueda na Rathburn e reconheci os lugares que tinha memorizado do Streetview. Ali na Rathburn, indo para Oeste, senti estar em território novo mais que em qualquer outro lugar, não sei porque. Não tinha muito carro e eu fui para a rua por um momento não muito longo. Passei pela linha de transmissão sem perceber e logo depois veio a ponte sobre o córrego Mimico, que é paralelo ao rio Humber, esse bem conhecido. Ambos desaguam no lago, do qual eu estava longe.Veio o km15, na lap 15 mais ou menos, que rodei para 5:16, e 400m depois eu viro à esquerda novamente e rumo ao Sul na avenida The East Mall. Se continuasse na Rathburn, subiria numa ponte sobre a rodovia 427 que vai no sentido Norte-Sul, e de outro lado da ponte poderia virar à esquerda na avenida The West Mall. Se fizesse isso, o bairro vizinho ali do Lado Oeste ficaria extremamente pequeno, pois a West Mall passa dentro dele. A East Mall passa dentro do barro Islington que eu estava contornando, pois o limite do bairro é a rodovia, onde não dá para correr.
Logo que entrei na East Mall, o Garmin apitou o final da parte obrigatória do treino, 1h20 minutos, e se eu quisesse podia só correr mais 5 minutos de desaquecimento. Mas tava longe do final do contorno e eu segui firme e forte.
Indo para o Sul, cruzei a Burnhamthorpe, e como não conheço nada ali me senti meio perdido, me perguntando se talvez fosse a Bloor. Isso também fez com que eu trocasse os óculos, e usei os óculos escuros. Mas não fazia sentido que ali fosse a Bloor, e eu segui mais ou menos tranquilo. Mesmo assim, quando cheguei na Bloor, a próxima avenida grande, perguntei a uma mulher ali se estava na Bloor, e ela confirmou. Nisso eu parei de prestar atenção no semáforo e fiquei meio perdido, sem saber se ele estava aberto para eu atravessar a Bloor. Perguntei a ela novamente se estava aberto e eu podia passar, no que ela prontamente disse que sim. Mão na roda a mulher lá. Com a paradinha o ritmo caiu um pouco e eu fechei o segundo km da parte opcional para 5:22.
Atravessando a Bloor, segui ao Sul. Tinha que contar as ruas e entrar na quinta à esquerda. No entando fiquei meio perdido na contagem e tive medo de entrar na rua errada, então segui ao Sul. Foi uma pena pois pegaria um pouco de ruas residenciais, onde poderia correr nas ruas. Ao invés disso segui na East Mall, sabendo que chegaria na Dundas novamente, fazendo o contorno do bairro um pouco errado, mas que não alteraria muito o perímetro. Mas tudo bem, o bem é que quando fizer o bairro vizinho, e seguir o mesmo contorno de agora, vai ficar mais fácil. De fato eu tenho evitado contornos muito difíceis porque sempre todo contorno tem que ser feito duas vezes.
Enfim, virei à esquerda na Dundas e logo o Garmin apitou o final do treino, com 5 minutos restando de desaquecimento. Quando os 5 minutos terminaram, e de fato o treino terminou, eu estava chegando na Kippling novamente, rumando Nordeste. Saí da Dundas numa ruazinha, antes de chegar na Kippling, chegui na Bloor logo ali pertinho, e logo estana querendo atravessar a Kipling chegando nela pela Bloor, a mesma Bloor que tem aqui perto de casa, a principal rua Leste-Oeste de Toronto. Maa o semáforo estava fechado e eu tive que parar e esperar, e pausei o Garmin, apesar que ache que ele está no modo de pausa automática, isto é, ele detecta quando a gente para, e para de cronometrar. Nessa altura eu já tinha terminado o treino e tinha colocado o Garmin para continuar marcando mesmo assim. Cruzei a Kipling e logo do outro lado peguei a Dundas novamente. A Dundas tipo termina nela mesmo ali, é todo meio zoado o nome das ruas.
Mas a Bloor não é zoada, ela é reta, e dali vai para a estação Islington do metrô, se formos para o Leste. Eu tinha planejado seguir pela Bloor ao invés de fazer o contorno correto do bairro pela Dundas, o que faz o contorno ser todo torono e passar por umas ruazinhas. Só que ikndo pela Bloor acaba sendo um bom atalho e eu senti como trapaceando, então decidi que seguiria pela Dudas e faria o contorno correto. Segui pela Dundas que logo fica grande, num bairro bem comercial que eu nunca visitei antes. Virei à direita, e logo estava chegando na Islington. Ali teinha uma escada para chegar na Islington, e eu peguei a rampa de cadeira de rodas que vai e vilta umas 5 vezes. Cheguei na Islington e logo estava de volta na Bloor, tentando atravessar a Islingtron, tive que parar o Garmin novamente para esperar o semáforo. Dali correndo um pouco pela Bloor logo chegeui na trilha que margeia o córrego Mimico. Ali eu já tinha passado antes, contornoando o bairro vizinho e conhecia a trilha. Depois da confusão de atravessar a Islington que fez a lap 23 a mais lenta, a 5:43/km, eu acelerei na trilha. A lap 24 fechou para 5:03, e a 25, de apenas 360m e uma boa subida, para 5/km. Daí estava na Dundas denovo, perto de onde ela encontra com a Islington, e fechando o contorno!
Foi um bom treino, de pouco mais de 2h, com 23,5km, e ritmo médio de 5:14. Quase 3,5km a mais do que o treino oficial, que levaram perto de adicionais 17 minutos. No final o dia estava já claro, mas sem sol e sem nuvem também, estava tipo embaçado. Com isso não precisei usar os óculos super escuros. Fiz a minha caminhada de 1km para descansar e resolvi procurar a estação de bicicleta, para voltar pedalando. Só que na estação só tinha bike elétrica... então resolvi pegar o metrô mesmo. Logo estava de volta em casa comendo melancia...
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