domingo, 15 de fevereiro de 2009
sol, frio sol...
Domingo, véspera do feriado do dia da família. Eu me sentia com a consciencia pesada por não ter treinado ontem, com uma maratona no calandário, e outra corrida de 30Km. E hoje estava afim de sair, de rodar pelas ruas, estava com esperanças de que eu pudesse ir longe... Saí por volta das 7h20 com 8 graus negativos, mas o temperatura prometia subir, o sol prometia sair.
Eu segui ao sul, em direção ao lago. A neve que derreteu quase por completo me fez ter vontade de voltar a correr na ciclovia que margeia o lago Ontario, o grande lago Ontario. Eu queria correr como no verão, correr até o High Park.
O dia estava gostoso, eu não sentia o frio. Logo o sol saiu e eu estava já na beira do lago vendo o sol no horizonte, flutuando sobre a água gelada. Passava por navios, barcos e lembrava tantas vezes que correra alí no tempo do calor. Muito cedo, pouco corredores, nenhum ciclista, mas o sal saiu, a temperatura tava subindo.
Em alguns lugares existe uma espécie de canal e a água da beirada é meio que separada do resto do lago. Nestes lugares a água estava congelada, era bonito, diferente, deu vontade de pisar lá, de andar sobre o lago. Por vezes eu parei de correr para olhar o gelo, para sentir o sol que refletia no gelo e batia no meu rosto.
Com cerca de 1h de treino eu sentia as pernas cansadas, tenho corrido muito poucoas vezes por tão longo tempo. As distâncias diminuiram muito no inverno. Mas eu pouco pensava nas pernas, outras coisas iam pela minha cabela, eu viajava na beleza do lago que eu não via a algum tempo, nas árvores agora tão diferentes. E segui para Oeste, o sol meio de lado, meio atrás.
Estou 2 horas atras do Brasil hoje que o horário de verão lá terminou. O meu solzinho das 8, mais ao sul do que a leste, é o solzão deles das 10h da manhã, em tempo de verão, o solzão quente deles que não derrete o gelo aqui. O meu idolatrado solzinho flutuando no lago é o solzão no meio do ceu do Brasil.
Eu segui e quando menos esperava estava no High Park, precisava atravessar umas pistas e pronto. Fiz isso e ainda que cansado preferi dar a volta no parque, margear o lago que fica no lado oeste do parque. Valeu muito a pena. Para a minha surpresa eu cheguei lá para ver um lago congelado. E não é um laguinho qualquer, é um lagão. Me aproximei do que antes era água, coloquei o dedo, duro como pedra. Empurrei para baixo, dei uns soquinhos, depois uns socões, o gelo não se movia. Quis pisar lá, parecia muito sólido. Mas a imagem de o negócio quebrando e eu me molhando todo naquela temperatura sub zero não deixou com que eu caminhasse sobre o gelo. Cedo, muita pouca gente no parque, e eu corria na beira do lago congelado como nunca havia feito. Era diferente, era bonito.
Eu já havia ido lá no verão, e as fotos são do lago no verão, completamente diferente de como ele está agora. Nesta ultima foto, agora, dá para sair andando na água depois desse mirante que tem aí...
Termineio o treino com uns 15 Km, uma hora e meia. Peguei o metrô de volta para casa, foi uma manha legal, que compensou. Quando cheguei em casa já estava mais quente, uns 2 ou 3 graus negativos...
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Um comentário:
Mais quente? Uns 2 ou 3 graus NEGATIVOS? Rsrsrs. Tá brincando, né? Kkk.
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