domingo, 28 de dezembro de 2025

Sem volta o bairro

 Este final de semana não rolou volta ao bairro por causa das condições climáticas. Ontem, Sábado, o dia amanheceu com muita neve no chão, e muito frio, 9 negative com sensação térmica nos 15 neggativos. Dei uma rodada leve de 1km, e voltei para dentro de casa. Hoje a temperatura estava por volta dos zero graus, mas as condições das ruas ainda bem ruim, com neve em todo lugar, apenas ruas mais movimentadas dando para correr bem, no asfalto. Já estava prevendo a situação desde Sexta feira e nem planejei volta ao bairro para esse final de semana. Dado isso, resolvi rodar um pouco mais do que o usual hoje, um meio longo, de 11km, que acabei marcando apenas 10, e esqueci de apertar o botão do Garmin no primairo km. 

A semana tinha sido boa comparada com as duas semanas anteriories, depois de voltar to México, com 6km na Terça e 8km na Quinta, e menos km todos os outros dias. Talvez por ter corrido todos os dias eu não me sentia tão descansado ontem e hoje de forma que uma volta ao bairro não poderia ser muito longa, se eu fosse fazer. Saindo fora do prédio hoje eu notei que o treino seria um pouco difícil por causa da neve no chão nas ruas residenciais. No primeiro km de caminhada eu pensei onde iria para pegar menos neve no chão e facilitar a corrida, sujar menos o tênis. Só as ruas mais movimentadas estavam limpas o suvidiênte que você conseguia achar lugar para correr no asfalto. Resolvi então sair das voltas que eu dou todo dia e tentar o percurso de uma volta mais antiga de 5km, ou parte daquele percurso que tinha ruas mais largas e quem sabe mais limpas. 

Indo pela Heath para o Oeste, entro na Russell Hill à direita, indo para o Norte. A Russel Hill é uma rua bastante conhecida pois eu pegava ela para o Sul para ir de bicicleta para o trabalho, assim descendo o morrinho pela ciclovia. Hoje em dia ainda pego ela lá embaixo, descendo o morro mesmo, às vezes quando as estações de bike estão vazias e eu só consigo bike mais para o Oeste. Só que hoje em dia com a visão curta, descer morro de bike não é mais a adrenalina que era, particularmente ali que o asfalto não é muito, e eu tendo a evitar ir para lá. Para o Norte a Russell Hill também é bem conhecida minha por causa de muitos treinos; ela termina na Belt Line, mas dá acesso a outras ruas para treinos mais longos. Enfim, logo depois de pegar a Russel Hill, indo para o Norte, e no momento ainda conseguindo correr sem pisar muito na neve, eu percebi que o Garmin não tinha apitado os 5 minutos nem o km 1. Notei que ele não tinha começado...Comecei ele, e tinha corrido mais ou menos 1km.











Mais a frente a rua tem uma subidinha, e na subidinha a rua deixou de ser limpa, e daí para frente eu tive que enfrentar um pouco de neve no chão. Mais a frente completo o km 1 para 5:47, que na verdade era o km 2. O ritmo foi um pouco decepcionante, pensava que estava um pouco mais rápido, mas a neve no chão fazia as coisas mais difíceis e provavelmente foi o fator que me segurou. A Russell Hill termina e tem a Belt Line, muito bom lugar para correr, menos no inverno e com o dia escurto e cheio de neve. Devia ser umas 6:15 da manhã e a Belt Line certamente estava incorrível, então peguei a Forest Hill, indo para o Sudeste. Ali também tinha um carro na Forest Hill, e eu esperei e ele não foi. Eu passei a Forest Hill e fui parar na calçada do outro lado, que estava mais ou menos limpa, mas com pedaços não limpos e meio escorregadio. Eu mentalmente chamei o carro de corno por ter me esperado, dado que se ele tivesse ido embora eu seguiria atrás, no meio da rua, ao invés de ter que ir na calçada. Mas o carro tinha boas intenções e não foi justo, também porque a Forest Hill naquele pedaço estava pior do que a cançada e vinha outro carro do outro lado que me obrigaria a se virar de qualquer forma. Se virar significa correr bem lentamente na beirada, fora da trilha mais llimpa onde os carros passam, para o carro passar. Ou então pular para a calçada, o que pode ser difícil estando na rua dado o monte de neve que geralmente tem nos lados das rua, a neve amontoada lá por caminhonetes ou tratores com pás que limpam as ruas. Pisar nesses montes de neve significa afundar o pé, e entrar água no tênis. Para ir da rua para a calçada geralmente você acaba tendo que esperar uma entrada de garagem, onde alguém limpou a neve para sair com o carro, e mesmo assim só vai fazer isso se a calçada estiver limpa. Portando, vc em geral vai dividir a rua com os carros, e dar uma encostada na beira do monte de neve para o carro passar, rezando para não ter que pisar em neve que afunda muito para não molhar o pé. 

A Forest Hill, que é também o nome do bairro, um bairro de classe alta, faz uma curva e vai para o Sul. E indo para o Sul eu completo o km 2 para 5:45. Indo para o Sul a Forest Hill passa perto do Upper Canada College, uma escolha para gente rica que tem uma pista de corrida de borracha onde eu já corri muito, mas que no Inverno é fechada por uma tenda enorme que colocam sobre o campo de futebol e cobre parte da pista. A pista também é escura, e eu que tenho corrido sempre de madrugada ando indo lá pouco mesmo no verão. Depois a Forest Hill cruza a Lonsdale, e depois vem a Heath, retornando na rua onde comecei. E entrando na Heath fecho o km 3 para 5:45 denovo, determinado a não repetir a volta pois a neve no chão tá de lascar. 

A Forest Hill cruza a Heath, a qual pego à direita, indo para o Oeste, já com plano de ficar fazendo um retângulo ali: Heath, Russell Hill, Lonsdale, Forest Hill, e repete... Nesse retângulo todas as ruas estavam boas, com a Forest Hill tendo um pouco de neve no chão. O retântulo tem pouco mais de 1km, talvez 1,2km. Nesse loop, o km 4 for quando estava entrando da Lonsdale na Forest Hill, para 5:29, e com isso, fazendo esse loop, o meu ritmo melhorou, rodando para 5:26 e 5:22 nos próximos km, depois ficando ao redor de 5:20. Não me sentia totalmente inteiro, mas o ritmo estava okay. No km 10, que era o 11, eu apertei o passo e fechei para 4:47, um bom tempo dado que eu não tenho rodado forte, praticamente nunca.














Mas seria difícil fazer muito melhor do que os 4:47, eu senti o cansaço, difícil não lembrar que nos bons tempos eu provavelmente rodaria por volta dos 4 min/km num tiro de último km tendo corrido os outros para 5:30. Ás vezes dá vontade de voltar a treinar tiros, mas ao mesmo tempo lembro que tenho todas as dores e problemas e o plano seria correr devagar para continuar correndo, e que esse 4:47 provavelmente não deveria ter acontecido. Mas é difícil resistir.

A rua Russell Hill é boa conhecida minha. A palavra Hill significa morro, mas Russell é em homenagem a Peter Russell, um tipo de governador do Upper Canada no início dos anos 1800s, quando havia muita pouca coisa em Toronto, que se chamava York. Ele foi nomeado governador pelos Inglêses, e imigrou para o Canada. O sujeito tinha uma propriedade ali também, tinha escravos e tinha vício com jogos, então hoje em dia ele não é necessariamente uma figura popular.

A rua Heath é nomeada literalmente em homenagem à familia que também deu nome ao bairro ali, o Deer Park. A família Heath tinha propriedade na área que se chamava Deer Park.

A rua Lonsdale tem um nome com orígem não muiot bem documentada. Parece que se refere a uma região na Inglaterra, ou ao Duque de Lonsdale. 

sábado, 20 de dezembro de 2025

Volta ao bairro Danforth East York

 De volta na aativa, hoje foi a vez do bairro Danforth East York ser contornado. Um bairro praticamente inteiramente residencial, do qual é difícil se falar muito. No passado eu passei várias vezes por ele, subindo a Donlands e provavelmente algumas vezes a Greenwood e a Coxell, no tempo que treinava com a galera do grupo East York do facebook. Isso foi lá por volta de 2014 eu acho. Mas para chegar lá é um pouco longe e inconveniente, eu só ia nos finais de semana e acabei parando de ir.

Fiquei um intervalo de 3 finais de semana sem volta a bairros. O primeiro foi a meia de Mazatlán. O segundo, eu tinha chegado do México no sábado e acabei não rodando no final de semana. No sábado seguinte eu estava usando um monitor cardíaco holter, o qual ainda tenho que ver o resultado. Ainda sinto dores e fui diagnosticado denovo com atrial fibrilação, mas a doutora disse que posso correr, e enquanto isso vamos tentar entender as dores na costas, se tem algo a ver com o coração ou pulmão. Enfim, não corri no sábado passado por causa disso, mas na segunda tirei o holter e na terça rodei 3km, na quarta 4km, na quarta 5km, e na sexta, ontem, que eu planajeva rodar 2km para não cansar para o longo de hoje, eu não rodei nada pois choveu a manhã inteira. Hoje fui para a volta ao bairro.

Me sentia bem e não escolhi muito, estava claro para mim que eu estava meio destreinado e devia escolher um bairro mais perto. Eu defini dois bairros, um menor e outro maior, vizinhos, e decidiria depois de fazer o lado Oeste e Norte/Sul deles. Mas a diferença de tamanho não era grande e eu estava com boa certeza que contornaria o maior, o que fiz.

Saí por volta das 6h e com o sol nascendo só perto das 8h eu nem levei óculos escuro. Saí caminhando como de costume, mas não queria caminhar. Me sentia muito bem, e estava frio, por volta dos 4 negativo, e eu queria esquentar. A caminhada então misturou dois ou três trotinhos. Quando cheguei lá embaixo na ponte, completando 1km de caminhada, coloquei o Garmin no modo de corrida e lá vamos nós, descendo a Yonge, rumo ao Sul.

Entrei à esquerda na Crescente, indo para o Leste, completando o primeiro km nela para 5:17. O ritmo estava muito bom e ao mesmo tempo muito forte. Eu tinha pensando em parar de correr forte, rodar leve, parar de ser competitivo comigo mesmo. Mas o ritmo estava bom e fácil e gostoso, eu não sentia vontade de tirar o pé. Indo em direção à parte Leste da cidade, continuei rodando perto dos 5:20 por km nos km 2, 3 e 4.











Rodando na Danforth, indo para o Leste, cheguei na Pape, o começo de um bairro, e peguei ela à esquerda, indo para o Norte. Apesar de ter estudado o mapa fiz o favor de me confundir com a rua que deveria entrar, e vendo a rua Gertrude do outro lado pensei que deveria entrar nela, mas ao mesmo tempo em dúvida que o momento de entrar veio tão logo. Voltei na Pape até a Gertrude e procurei a placa com o nome da rua, e confirmei que estava erroado. Meia volta, continuei na Pape rumo ao norte. Chegui na Selkirk, na qual entrei à direita, agora sem ter dúvidas. Entrando completei o km 5 para 5:36, ainda um ritmo bom, mas caiu por causa da confusão com a rua Gertrude. 

Na Selkirk, indo para o Leste deparei com o seu final, e peguei uma viela lá, indo para o Norte. O nome dela é North Danforth West Langford. Essas vielas são comuns em Toronto, e tem casas dos dois lados, sem calçadas nem nada, mas carros passam nelas, sendo meio apertado quando um carro encontra um pedestre. E entrei nela, indo para o Norte, na frente de um carro, que então veio iluminando o caminho para mim dado que ele não podia me passar. E eu me sentindo um pouco mal acelerei. Dala entrei na Aldywich à direita, ndo para o Leste, depois na Dewhurst à direita, voltando para o Sul, depois na Milverton à esquerda, indo para o leste, basicamente uma continuação da Selkirk. Nisso o contorno do bairro corrido tem esse vai e volta, indo para o Norte e voltando para o Sul, enquanto que o contorno real segue reto por cima das casas. Com  ajuda do carro, fecho o km 6 na Milverton, indo para o Leste, para 5:04, o km mais rápido. Depois ainda na Milverton o km 7 volta para 5:17. 

Só essa parte da Milverton é longa, com 2 km, e eu me sentia meio cansado procurando o final, que era na Woodbine. Mas eu tinha pouca noção onde era o final dado que não conheço bem a região e não tinha olhado distâncias no mapa. Mas eis que chego na Woodbine, onde tenho que decidir se pego ela à direita, fazendo o bairro menor, voltado a correr na Danforth, ou à esquerda, fazendo o bairro maior. Estava cansado mas escolhi entrar à esquerda na Woodbine e fechei o km 8 para 5:17 denovo. Na Woodbine conto 10 ruas e estou na Cosburn que pego à esquerda, voltando para o Oeste, no limite Norte do bairro, e na Cosburn completando o km 9 para 5:17 denovo. Os km 10 e 11 na Cosburn também foram para 5:17 mais ou menos, e logo estou de volta na Pape. 

















Na Pape com a Cosburn tem construção, trabalhadores por ali, a calçada fechada, eu tenho dificuldade de ver qualquer coisa devido a luz. Peço ao sujeito se aquela é a Pape, e ele não entende, diz que eu possi seguir na calçada da Pape por agora, apesar de estar interditada. E assim acabo saindo da zona de construção depois de pular uma faixa que eles colocaram para impedir pedestres de continuar na cançada. Perco um poco de velocidade ali, e mais para baixo na Pape fecho o km 12 para 5:29. Dali até o final da volta ao bairro é um pulinho, e decido parar o Garmin ao invés de completar 13km. Estava me sentindo cansado, mas sem dores a não ser na bacia, uma dor usual. Andei até a estação Chester do metrô, mais 1km, e peguei o metrô de volta. 

Em geral o treino foi muito bom, gostoso, apesar do frio. O batimento cardíaco segundo o Garmin chegou aos 200, o que eu queria evitar, mas de tudo por tudo e tenho ouvido dizer que é normal para corredores ter pulso mais alto. A fórmula 220 - idade certamente não está funcionando. Enfim, o resto do dia tem sido normal.

Um pouco de história. 

A rua Selkirk é muito provavelmente nomeada em homenage ao Conde de Selkirt, um escocês, e Selkirk parece ser uma terra lá na Escócia. O nome do sujeito é Thomas Douglas, e ele é famoso por criar colônias no Canada nos anos 1800s, a mais famosa sendo a Red River Colony. 

Parece que a viela Langford é homagem a uma cidade na Inglaterra com esse nome, mas é meio confuso. A rua Aldwych parece vir da palava do Ingles antigo para antigo povoado, palabra que parece ser usada no começo da Idade Média. Seria uma homenagem à cultura inglesa, e imigração da Inglaterra. Dewhurst também parece ser uma referencia ao ingles antigo, palavra para colina coberta de orvalho e árvores. MIlverton também parece homenagear uma cidade na Inglaterra. Cosburn, que é mais ou menos uma avenida grande, tem até uma ciclovia, foii uma homenagem a sujeito local que mexia com jardinagem. 

Esse negócio de usar o AI para procurar origem de nomes de ruas é complicado, eles erram frequentemente, tem que pesquisar em diferentes AIs e pedir referencia... mesmo assim vamos ver se eu não errei nenhum...

domingo, 7 de dezembro de 2025

Meia Maratona de Mazatlan (México)

 Mais uma meia maratona completada, especial por vários motivos mas não entre eles o ritmo... Tudo bem, vamos aos fatos!

Desde a meia de Washington em Março que eu não tinha conseguido treinar direito por causa de dores nas costas, e em Julho para piorar eu andei tendo uns problemas digestivos. Agosto tinha sido um mês bom, no entanto, e eu estava otimista que conseguiria correr uma meia no final do ano, ainda que talvez não na forma que eu gostaria. Estava dando voltas em bairros e me sentindo bem. Foi nesse clima mais positivo no meio do verão que decidi me inscrever para a Meia de Mazatlan, no México, para minha meia de segundo semestre. 

Havia outras corridas que eu estava considerando, e entre elas a meia na cidade do Panamá, e duas ou três meias no Canada. Mas a meia de Mazatlan acabou com a preferência por causa de outros lugares que a gente queria visitar no México, basicamente as ruinas das civilizações antigas lá. E a isso se junta o fato de que eu consegui livrar uma semana de férias, e tinha meio que decidido não ir para o Brasil no final deste ano. Enfim, eu consegui encaixar essa meia com outras coisas.

Passaram Setembro e Outubro e eu continuei com as voltas aos bairros nos finals de semana, chegando at 20km, mas com baixa km no meio da semana, totalizando 30 a 40km por semana apenas. Ainda sssim me sentia bem e pronto para uma meia, ainda que não fosse em ritmo bom dado que eu não estava fazendo nenhum treino de qualidade e estava com baixa km semanal. 

No final de Outubro comecei sentir uma dor pequena nas costa ao respirar fundo, e a dor não se foi. Mas nada se alterou nos treinos, me sentia bem correndo. 10 dias antes da meia fui no médico que pediu para que eu não corresse, mas ele não sabia da meia. Naquele final de semana rodei 13km na minha última volta ao bairro antes da meia, e continuei meu treino normal. Não segui a recomendação médica, mas indo para o México eu estava apreensivo, sem saber se deveria correr ou não.

Descendo na cidade do México, na sexta, pegamos temperatura boa, abaixo dos 20 graus. Visitamos as ruínas lá, com duas pirâmides, do sol e da lua, que são impressionantes. Às vezes entia mais dores, ás vezes menos, mas em geral não o suficiente para pensar que eu não conseguiria correr. No Sábado de manhã chegamos a Mazatlán, e então percebemos a diferença de clima, com Mazatlán, ao nível do mar, na costa do oceano Pacífico, sendo muito mais quente que a cidade do México. Fomos buscar os kit caminhando 1km do hotel, com sol muito quente e procurando sombras, isso às 10h da manhã.

Tentei trocar a inscrição para corrida de 5 ou 10km a ser realizada no Sábado a tarde, mas não aceitaram, eu teria que correr a meia, ou desistir. Mas me sentia bem, e fiz planos, e resolvi correr. O plano não era inovador, eu já tinha seguido ele na volta ao Bairro da semana anterior; o plano era manter o pulso baixo, de preferencaia abaixo dos 150, o que eu sabia me forçaria a correr devagar. A corrida passaria em frente ao hotel no km 9 e o plano era parar se eu estivesse cansado.

Mas eu não teria razões para estar cansado a não ser o calor, ou um problema de saúde. Eu tinha rodado pouco e me sentido bem no meio da semana. Tinha feito a volta ao bairrro de 13km no sábado, descansado no domingo, 5km na segunda, 2km na quarta e 8km na quinta. Sexta e Sábado descansando. 

No sábado a tarde, da área do nosso apartamento em Mazatlán, no segundo andar, eu olhava para a rua á noite enquando a corrida de 5 e 10km passavam em frente ao nosso hotel. Fiquei lá por um bom tempo e depois fomos caminhar no calçadão, já a noite, mas com calor, e eu tomei as duas cervejas com sabor que veio no kit, quente. Me sentia bem, era uma noite quente, legal. O calor no entanto preocupava, eu só tinha treinado com temperaturas perto dos zero graus. Mas eu tinha meu plano e pararia no 9 se precisasse. 

Fui dormir tranquilo e dormi bem. No dia seguinte fomos novamente para a varando às 5 da manhã e vimos a galera indo para a largada, galera que estava em outros hotéis por ali. A maratona largaria às 6h com a meia às 6:30, e 15 minutos para chegar dali na largada. Estavamos tranquilos e com bastante tempo. Comi uma barrinha de cereal e uma maçã, tinha comido bem no dia anterior, quando fomos no shopping center e assistimos um filme e comemos comida Mexicana que ao mesmo tempo era bem conhecida, a base de milho. Comi sem preocupação e comi uma boa proporção. Na manhã do Domingo, dia da corrida, estava preparado, temperatura de 20 graus, escuro ainda quando começamos a caminhar em direção à largada.

A organização pediu para colocarmos uma pulseira como senha para entrar no local de largada, mas a largada não foi bem organizada e ninguem estava verificando as pulseiras. Eu poderia ter largado com a Maratona e pelo visot ninguem teria percebido. Houve várias largadas, mas não era claro onde era a delimitação das ondas, quais os tempos... eu apenas entre no meio da galera e fui andando para frente até sentir que estava ficando mais apertado, tumultuado do que eu gostava, então parei, esperei, ia correr devagar, então para que largar na frente? E assim foi que quando a minha largada foi dada eu aindei até o portal da a largada e apertei o Garmin, estávamos na corrida!

A alrgada foi dada às 6:20 da manhã, ainda bem cedo mas com o dia já clareando. Eu saí com óculos escuros e levei no bolso o mais escuro ainda. O Oceano Pacífico meio que me pregou uma peça tal que vendo o oceano eu pensei no dia anterior que veria o sol nascer durando a corrida na beira do mar, acostumado com o sol nascendo sobre o Atlântico. Mas num misto de sentimento positivo e negativo eu percebi no dia anterior que eu não veria o sol nascer pois ele nasceria atrás dos prédios. Mas havia um lado muito bom, que eu correria na sombra dos prédios! O calor era o fator que me preocupava maism de longe.

Dado minha experiência nos treinos eu consegui sair devagar, sem ir com muita sede ao pote por assim dizer. Fiquei também um pouco encaixotado no meio de tantas pessoas mas logo foi encontrando caminho aqui e ali para ir passando devagar. Fomos para o sudoeste, meia volta, voltamos e eu fecho o primeiro km para 5:43, mais ou menos o ritmo médio da prova toda. Ali no km 1 eu me sentia bem e poderia estar mais rápido, mas consegui segurar e ir com calma, já sentindo o calor que estava acima dos 20 graus, muito diferente dos zero graus de Toronto.












O meu ritmo logo melhorou e ficou na casa dos 5:20 por km, e eu rodava tranquilo, apesar de sentir calor, pois o rítmo parecia bem lento para uma corrida. Às vezes eu pensava em aumentar o ritmo e rodar na casa dos 5 min/km ou mais forte para sentir a corrida, mas logo desistia, era melhor ir devagar, poupar energia ainda que parecesse que eu podia ir mais rápido. Nisso em lembrei a meia de Lisboa, quando me senti bem no começo, mas quebrei depois, provavelmente por causa do carlor que em Lisboa estava mais our menos como em Mazatlan, com a diferença que a largada em Lisboa foi depois das 10h da manhã eu acho. 

No primeiro posto  de água eu peguei um sachê que estava bem relado, fiz um buraco nele com o dente e bebi um pouco, joguei o resto da água na cabeça, que nem sentiu muito bom por que a água estava gelada. Mas ali no km 2 eu não precisava beber água ainda, estava tranquilo. Por volta do km 5 teve água denovo, mas não encontrei sachês, apenas copos com isotônico, e peguei um. Mais para frente perdi um posto de água qui outro ali, principalmente por não ver ele a tempo, por não estar prestando atenção; em um dos postos simplesmente não encontrei água. Em geral por causa disso minha avaliação do abastecimento da prova não seria 10. Eles podia ter postos de água dos dois lados da rua, por exemplo. E mais gente em cada posto para evitar a falta de água em cima das mesas. Também entendi que em alguns postos só tinha isotônico, não tinha água. Isso é ainda mais importante por causa do calor.

O meu melhor km foi o 4 a 5:19, e pelo km 7 o meu ritmo começou cair dado que o pulso começou a se elevar e eu queria manter ele baixo. Ainda assim não deu para ficar abaixo dos 150 depois do km 7 dado que eu não queria ir muito devagar ou andar. Por volta do km 9 eu passava em frente ao hotel, mas não consegui enxergar exatamente onde era o hotel de forma que se tivesse que parar eu não sabia se conseguiria chegar ao hotel fácil. Mas ali no 9 eu me sentia bem, apesar de não totalmente descansado, mas não pensava em parar. 

Sabia que agora iria para o Sul acompanhando o mar, com um pouco de curvas, e depois voltaria. Queria logo ver as pessoas voltando para então pensar que estava perto do ponto de retorno, e terminaria fácil, bem. Não ousava aumentar o ritmo que pelo km 12 tinha caido para baixo dos 6 min/km, pois eu começava a sentir o calor, o cansaço do longo tempo de corrida. Mas pelo menos não tinha sol, e pelo menos eu conseguia prestar mais atenção nas pessoas, menos preocupado com manter o ritmo, olhando sempre o pulso no Garmin, pulso que estava sempre accima do que eu desejava. Comecei a pensar em mantê-lo abaixo dos 170 ao invés dos 150, e assim fiz mais ou menos. 

Retornamos no km 14,5, e mais ou menos ali me senti bem, já no km 15 aumentei um pouco o ritmo, rodando sub 6 min/km nos km 15, 16 e 17. Então as pernas começaram a pesar e eu comecei a me sentir cansado, já com mais de 1h40m de prova pelo km 18. Nos km 18 19 e 20 o ritmo caiu acima dos 6 min/km de novo e eu já sentia calor, cansaço e procurava o final, rezando para que o pulso não aumentasse muito, e ao mesmo tempo pensando que agora chegaria ao final correndo naquele ritmo independente de onde o pulso fosse. NO km 21 eu aumentei um poco o ritmo denovo fechando o 21 para 5:48, mas ainda assim nada parecido com o ritmo do começo. 



























Cruzei a linha de chegada e parei, me sentindo bem cansado, mas não muito ofegante, era cansado mesmo, com calor. Andei e queria sair logo dali, ir para um lugar com mais espaço, andar para lá e para cá, sentir um pouco de ar fresco. Mas pouco era o ar fresco por ali. Peguei a medalha, peguei o kit de chegada com uma laranja e outras coisas, peguei duas bananas e uma garrafa de isotônico e fui para o ponto de encontro, do lado do guarda volumas, guarda roupas para os Mexicanos. Ali do lado do guarda volumes tinha um jipe do exército, eu acho, com um sujeito com uma arma na mão, e outros sujeitos daqueles espalhados por ali. Eu aindei para lá e para cá, pensando nisso, no fado que o México tinha tanto problema com o crime organizado, que tudo parecia bem, muitas pessoas se divertindo, numa região segura, mas o México e o Brasil eram países parecidos de muitas formas. Eu caminhei mais um km até o hotel, banho e café da manhã, afinal era cedo ainda, antes das 9 da manhã quando voltei para o hotél. Me dava um sentimento de meio desespero de pensar na galera correndo a maratona, da galera correndo a maratona que ainda devia estar na metade, e o calor aumentendo muito. Mas eles estava bem mais treinados do que eu...

No final foi uma experiência boa, a gente seguiu curtindo o México por mais uma semana, conhecendo coisas novas e pessoas boas, lembrando o calor humano do Brasil. Foi uma meia bem lenta, ruim em termos de performance, que eu tento ver como positivo pois havia a possibilidade de não correr, de correr os 5km apenas, de voltar sem meia... mas é difícil não ver como uma queda enorme desde a meia de Washingnton e ainda maior desde Chicago, apenas 1 ano atrás. Vamos ver o que acontece e manter as esperanças de que outras meias virão e que poderão ser melhores, e que vamos continuar nos divertindo...

O nome da rua onde a corrida começou, Avenida Leonismo Internacional, se refere a um movimento internacional que incentiva prestação de serviço a comuidades. O movimento nasceu em Chicago em 1917 e parece estar espalhado pelho mundo. Originalmente chamado Lion Club, nos países que falam espanhol ele é conhecido como movimento Leonismo, e deve ser mais ou menos igual em Português. 

A avenida dos Insurgentes, onde passamos no km 2, se refere aos insurgentes da guerra de independência contra a Espanha, que foi de 1810 até 1821. Os tais insurgentes são os fundadores do México, considerados heróis. 

No km 3 estavamos na Avenida Del Mar, mas aí entramos na Avenida Rafael Buelna para os km 4 e 5. O Rafeal foi um revolucionário da guerra civil da revolução Mexicana, ele se tornou General e tem o apelido de El Granito de Oro por ter lutado ferozmente pela suas causa de democrcia. Ele nasceu em Sinaloa no final do 1800s.

Até o km 8 corremos pela avenida Camarón Sábalo, que parece ser uma espécie de camarão, mas acho que podemos dizer que o nome da rua aqui é uma homenagem á vida, natureza, economia ligada a pesca da região.

Do km 8 ao 12 estamos na Avenida del Mar. Daí ela passa a se chamar Passeo Claussen, em homenagem a um sujeito que imigrou da Alemanhã em 1863 e abriu uma cervejaria em 1900, a cervejaria Pacífico que existe até hoje. O sujeito tinha vários negócios e ficou bem de vida e tal, então foi importante para o desenvolvimento de Mazatlán. 

Daí no km 14 entramos no Passeio Olas Altas, que é uma avenida e se refere a grandes ondas na região. Mas parece que o nome também tem a ver com marketing para atrair turistas na primaria área turistica de Mazatlan, conectada ao centro histórico.

A avenida Reforma, que passamos no começo e no final, mas corremos bem pouco por ela, se refere a reforma liberal no México, que foi liderada por um presidente indígena da área de Oaxaca, em que até houve uma guerra pois tinha a galera contrárioa ás reformas liberais (igreja e militar). Foi de 1855 a 1863 e muito importante para o desenvolvimento do México que temos hoje em dia, cuja constinuição ainda se baseia muito naquelas reformas. 



Sem volta o bairro

 Este final de semana não rolou volta ao bairro por causa das condições climáticas. Ontem, Sábado, o dia amanheceu com muita neve no chão, e...