sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
O frio não é mais frio...
Passaram-se os dias, muitas chuvas, sol, corridas pelas ruas de Toronto que lembrava o verão de São Paulo. E estamos no final do ano já. Eu imaginava como seria o Natal, O Ano Novo, como seria o frio. A temperatura foi caindo constantemente, dos 30 graus eu vi a previsão descer para 20 e então começou a não mais passar dos 15 graus. Caiu mais 5 graus e quando chegou nos zero graus eu fiquei na expectativa, erperando a neve. E então a neve veio, veio muita, como pareceu que nem canadense tava esperando. Vi as pessoas colocarem blusas grossas, vi elas com gorros e luvas, vi o céu se fechar no cinza do inverno e as folhas das árvores cairem. E gostei de tudo, curti tudo. Já faz um mês que a temperatura tem oscilado entre +2 e -8 mais ou menos e a vida continua, continua quase como no verão, tirando as corridas. O tempo passou, estou no Canadá, com a cidade coberta de neve, com eu sempre esperei. E as pessoas ainda vão e voltam, embora vão no escuro e voltem no escuro. O frio já deixou de ser aquela novidade, mas ainda é um pouco novidade, eu ainda olho para o céu quando estou esperando o ônibus, para ver se vejo algum floco de neve, esperando ver. O frio não é mais tão frio, ele já se incorporou à vida, à paisagem e agora já é quase natural. Eu ainda olho para a neve de dentro do ônibus, vindo para casa e penso como estou longe de casa. Eu lembro que olhava no mapa e divisava aquela faixa populosa somente perto da fronteira com os EUA, devia ser realmente frio, quase inabitável. Mas tem sido habitável e os dias passam como passam em São Paulo, com um caos menor e menos quente. O frio não é mais frio, eu já não me preocupo muito com a roupa que vou usar lá fora, já não me fixo na TV para ver se vai nevar e nem olho pela janela a cada 5 minutos. Nem as fotos eu não tiro mais. O frio não é mais frio e eu nem penso mais em me desfazer das blusas do Btasil porque elas tem sido muito úteis. Não penso mais em comprar sapato apropriado porque meus pés tem estado sempre quentes. O frio não é mais frio, é parte do dia a dia e cada vez mais vai se incorporando nos nossos momentos e viramos amigo dele. Precisamos deixar os dedos congelarem uma, duas, três vezes, precisamos sentir o vento gelado no rosto e imaginar que ele vem lá do polo norte, precisamos desabotoar a blusa e aproveitar para sentir o frio nunca sentido, aproveitar o momento para podermos dizer que o frio lá do Canadá, ele faz parte da vida, faz parte da gente, ele não é mais frio...
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