A semana foi prá lá de ruim com relação aos treinos. EU corri na terça-feira, na quarta fez um frio de lascar, na quinta ainda tava bastante frio, 11 negativos depois do trampo e na sexta, ontem, nevou pra caramba. O fato é que ontem eu precisava trazer um monte de coisa que tava acumulando no trampo para casa senão a galera vai pensar que moro no trampo! Mesmo assim as condições para correr ontem a tarde estavam horríveis, com muito vento e neve.
Hoje eu olhei a temperatura, 3 negativos, resolvi encarar, embora o vento não estivesse favorável e muito menos o piso pois ontem caiu 10 cm de neve. Saí de casa as 7:20 e coloquei o pé na estrada. Logo na saída de casa vi queo negócio não ia ser fácil, as calçadas estavam tomadas pela neve, uma neve que parecia um barro pois ela estava meio que derretendo por causa do sal que jogam. Mas quem tá na chuva é para se molhar, eu não ia ficar sem correr hoje. Segui pela Danforth, e ainda mais, hoje bastante determinado a chegar até o centro, uns 13 Km.
O começo estava realmente muito ruim para correr, eu logo tive que diminuir muito o ritmo porque a neve mole segurava muito e eu logo tava exausto. Me lembrei daquele trecho da Volta a Ilha depois do Santinho, onde sofri bastante. A neve era parecida com areia mole. Mas eu segui sempre, o ritmo pífio. COm uns 30 minutos de treino, já na parte mais comercial da Danforth, eu sentia muito a panturrilha, certamente por causa do piso diferente, mole, que eu estava enfrentando. E mesmo na parte comercial a calçada não estava limpa, eu era obrigado a ir devagar e com cuidado, pois em alguns lugares havia gelo no chão e ele estava um sabão. Inclusive foi chegando na estação Coxwel do metrô, numa descida que eu aumentei o ritmo, eu acabei deslizando e só não esborrachei no chão porque escorei com a mão e consegui voltar a posição vertical ainda que meio descordenado. O bom de correr com luvas de inverno é que se você bate a mão no chão ela não machuca.
O vento na Danforth, embora contra, não estava forte. O fato de eu estar indo devagar também ajudava o vento congra ser menos problemático. Na altura da estação Greenwood eu encostei num tratorzinho limpador de calçada. Neve para todo lado, eu não consegui passar ele de imediato, então fiquei observando. Ele ia com uma lâmina na frente e uma carretinha atras. A lâmina tirava o quanto era possível de neve da calçada, jogando ela para o lado e a carretinha atrás estava cheia de sal que ia sendo esparramado para derreter a neve que sobrava atrás. A vida em toronto era realmente diferente da vida em São Paulo e eu então aos poucos entendia porque as calçadas eram largas e livres. Se cair neve em São Paulo a única forma de limpar calçadas seria com pás, a cidade provavelmente pararia por ser tão apertada. Onde ficariam os montes de neve? Bom, mas tava longe de cair neve em São Paulo, éramos um país tropical. E aí eu penso se não é o problema com o frio, as dificuldades que esse pove enfrenta, que faz com que eles sejam primeiro mundo. O brasileiro empurra tudo com a barriga, ele não sabe o que é inverno, tudo é tão fácil, você nem precisa ter casa...
Bom, eu arrumei um jeito de passar o tratorzinho e segui. Estava melhor, a panturrilha deixou de doer, o ritmo melhorou, mas o chão sempre continuou tomado por neve, água, gelo. Era perigoso querer correr forte. E meu tenis estava todo enxarcado de tanto pisar em neve derretendo ou poças de água. Mas eu não sentia frio nos pés, eu apenas sentia um pouco de frio na boca, nariz, rosto, mas 3 graus negativos realente não é problema.
Quando cheguei na ponte sobre a Bayview senti realmente o vento polar soprando contra. Eu estava no alto, atravessando a ponte e lá embaixo uma importante rodovia que seguee seu caminho no sentido norte-sul. Segui para leste, enfrentando o vento, e inclusive tentei acelerar para passar logo a ponto. Logo estava do outro lado, vi a estação Castel Frank do metrô, e mais duas estações eu estaria no prédio onde trabalho, centro da cidade, final do percurso para mim. Entrei no prédio, precisava enviar uns arquivos para casa pois só voltaria àquele prédio na próxima quinta feira.
O treino foi bom, 1h16. Mas não o suficiente para me deixar tranquilo com relação a correr 30Km na Around the Bay. A verdade é que eu não estou conseguindo me preparar para isso e parece que não vai ter como a corrida não ser baseada mais na experiencia do que nos treinos. Veremos... mas de qualquer forma aviso ao japones que se ele correr acima de 5min/km ele correr riscos...
sábado, 1 de março de 2008
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