Segue o relato do Issao, ja que eu estou meio preguicoso para escrever ultimamente... Ele foi realmente muito bem, a corrida deve trazer boas lembrancas para ele por muito tempo...
Nova Friburgo, RJ, 16 de março de 2008.
Chuva. Muita chuva. Chuva que não acabava mais. Era esse o cenário que me aguardava em Friburgo às vésperas da Corrida Ecológica. Uma corrida simples, para cerca de 250 participantes, organizada pela esforçada Prodesporte. Eu e a Dani chegamos lá no sábado à noite e fomos direto para o hotel. Optamos por jantar no próprio hotel, com uma bela vista da piscina e da chuva incessante.
1:29 da manhã. O despertador toca. Dúvida: assisto o GP da Austrália de Fórmula 1, que começaria em menos de um minuto, ou volto a dormir debaixo de um cobertor quentinho, escutando o barulho da chuva? Voltei a dormir.
O dia amanheceu frio e uma névoa densa cobria a cidade. Provavelmente o percurso, predominantemente em estrada de terra, estaria coberto de lama. E provavelmente o tênis para pista seca que eu levei não ajudaria muito. O clima estava mais frio do que eu gostaria, pensei até em correr com duas camisetas. Depois de um bom café da manhã no hotel, fomos para o local da largada, um ginásio em Conselheiro Paulino, distrito de Friburgo. Pegamos os kits, uma camiseta simples e o número de peito. A chuva havia parado e o sol ameaçava sair, portanto abandonei a idéia das duas camisetas, mas a Dani insistia em correr os 10km de moleton. Um pouco antes da largada ela decidiu correr com o moleton amarrado na cintura. Não tem jeito, por mais frio que faça nos dias que antecedem uma corrida, na hora da corrida o sol aparece e faz muito calor. Ok, não era tanto calor, mas era a minha primeira prova do ano (a última foi a maratona de Curitiba, em novembro), então todas as sensações eram amplificadas pela ansiedade e pela adrenalina que antecedem uma corrida.
Largada. O percurso dos 30km é bastante peculiar: uma subida relativamente leve mas constante nos primeiros 15km, e a volta pelo mesmo percurso da ida (ou seja, uma descida constante). Segundo o site da organização, o desnível é de apenas 115m entre a largada e o km 15. Porém as subidas e descidas no meio do caminho vão aos poucos minando as energias dos corredores. Os primeiros 6km são em paralelepípedo e asfalto e os 9km restantes em estrada de terra. Deste modo, optei por uma estatégia baseada na frequencia cardíaca, estabilizando-a entre 155-158bpm e indo embora. Se eu não estivesse enganado, essa FC resultaria num ritmo entre 4:30/km e 4:35/km.
A marcação de km foi um dos pontos negativos da prova, as placas estavam localizadas em pontos aleatórios (em geral no poste mais próximo da distância indicada pela placa). Então as únicas marcações corretas eram a dos 15km e dos 30km. Passei os 15km em 1:06:31 (média de 4:26/km e 155bpm). Excelente até então. Felizmente a lama que eu esperava encontrar não apareceu, apenas algumas poças d'água facilmente contornáveis. Na volta porém as coisas começaram a ficar complicadas. Acho que para descer bem o cara tem que fazer treinos de velocidade focando na velocidade das passadas e na coordenação motora, para conseguir descer rápido sem se desgastar muito. No meu caso ainda não fiz um intervalado sequer em 2008, logo as minhas passadas estão mais cadenciadas, o que ajuda a correr longas distâncias mas atrapalha na hora de encarar uma descida. No km 19 um sujeito que corria na minha frente parou para atender um chamado da natureza (aka número 1) e voltou a correr no momento em que passei por ele. Fomos alternando posições por um bom tempo, eu respondia à todas as acelerações do cara e ele acompanhava todas as minhas tentativas de correr isolado. Isso até o km 28, quando eu disparei (na verdade foi o cara que diminuiu). No km 29 senti uma dor abdominal muito forte, que me fez correr todo torto e desengonçado até a chegada, mas apesar desse contratempo não fui ultrapassado por ninguém.
Fechei os 30km em 2:11:06 (4:22/km e 154bpm). Por 15:33, RECORDE PESSOAL nos 30km!!! Ou seja, fiz os últimos 15km em 1:04:35 (4:18/km e 153bpm), mais rápido e com um menor esforço cardíaco que nos primeiros 15km. Muito bom. Fiquei realmente muito satisfeito com esse tempo, deu confiança para seguir em frente com o tipo de treino que estou fazendo e a certeza que estou no caminho certo para conseguir o sub-3h30 na maratona de Porto Alegre. Talvez eu até possa começar a pensar em uma meta mais agressiva, vamos ver.
segunda-feira, 17 de março de 2008
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