O capítulo discorre sobre os primeiros contatos entre os europeus e os povos já residentes no Canadá.
O primeiro contato que se tem documentado foi quando os Vikings vieram para a América do norte no final do século X (por volta do ano 1000). Eles aportaram primeiramente na Groelandia e há indícios de que vieram mais par ao sul, inclusive tentando colonizar a nova terra. Mas naquela época eles não conseguiram dominar os nativos e acabaram ficando somente na Groelandia mesmo.
Depois disso os europeus podem ter vindo para a América, mas não há evidências. O próximo contato que se tem registro foi quando Cristovon Colombo descobriu a América em 1492. Os Astecas, no México, foram massacrados por volta de 1520 ao que seguiu-se outras conquistas pelos Europeus. Por volta de 1600 a Espanha já dominava a America Central, Sudeste da América do Norte e grande parte da América do Sul.
Em 1497 John Cabot, um italiano, aportou na costa do Canadá pela primeira vez, onde hoje é Newfoundland. No final do século XVI, navios da Inglaterra, França, Portugal e Espanha já tomavam conta das águas de Newfoundland devido ao relato de John Cabot de que nelas havia muito “cod”, um apreciado peixe. Cedo marinheiros ingleses começaram a secarr o peixe em terra, os outros tinham mais acesso ao sal para conservação dos peixes e não precisavam tanto vir a terra – os ingleses eram na quela época os mais prováveis de serem encontrados passando o inverno no Novo Mundo.
A pesca não requeria interação com os povos nativos, mas logo os europeus começaram a trocar utensílios pelas peles que os nativos usavam. Os nativos por sua vez também comercializavam os produtos europeus com outras tribos e em torno de 1600 era possível encontrar produtos europeus com tribos que viviam perto dos grandes lagos. NO final do século XVI a pesca do “cod”, comercio de pele e pesca da baleia eram os principais motivos de contato dos europeus com o Canadá.
Entre 1610 e 1630 os ingleses fizeram várias tentativas de colonizar Newfoundland sendo que a maioria falhou por causa das dificuldades com agricultura, piratas e hostilidade dos nativos. Antes disso, pelos meados do século XVI os franceses se lançaram a busca de ouro e outras riquezas no interior do continente, navegando pelos rios. Assim eles tiveram mais contatos com os nativos da região. Nessa época a França tentou colonizar a região de Montreal, mas não conseguiu.
Ao redor de 1610 a França conseguiu plantar sua primeira colonia no Canadá, Port Royal, onde hoje é New Brunswick. A colonia se desenvolveu bem e os franceses ganharam a amizade dos nativos Mi’kmaq. Por volta de 1620 a região foi denominada Acadia. Por outro lado Quebec foi fundado por em 1608, fruto dos esforços dos franceses em subir o rio St Lawrence. A região já naquela época era conhecida como Canada, da palavra indígena (tribo dos Iroquois) “kanata” que significa vila ou assentamento. Quebec foi considerada a base de operação da França no Canadá, por sua posição que privilegiava muito o comércio de peles com os nativos. A sobrevivencia de Quebec se deveu a amizade dos franceses com os indios Algonquins e Montagnais e Huron, amizade conseguida pela promessa de defendê-los contra a tribo rival dos Iroquois. Com isso as tres primeiras tribos forneciam peles para os franceses enquanto que a ultima para os ingleses, que tinham colonia estabelecida onde hoje é New York. Brûlé foi o primeiro frances a viver com os nativos Huron, aprendendo sua língua a conhecendo seus costumos. Depois por motivos nao conhecidos ele foi morto e comido pelos indigenas. Mais a frente muitos franceses vieram a morar com os nativos e adotar seu meio de vida, para facilitar as relações no comércio de pele entre nativos e franceses.
Outro lado do contato dos europeus com os nativos foi na questão religiosa. O primeiro grupo de missionários franceses veio ao Canadá em 1615. Os missionários encontraram bons aspectos da vida dos povos nativos, como a hospitalidade e generosidade, mas tambem aspectos que criticaram, como a liberdade sexual e a liberdade que se dava as crianças. Os jesuitas inicialmente focaram seus esforços na tribo dos Huron. É difícil no entanto saber quantos nativos foram convertidos ao Cristianismo. Uma das dificuldades encontradas pelos missionários foi que a Cristianização na época diminuia o poder que a mulher tinha nas sociedades indígenas e elas, porem, eram fortemente contra os jesuítas.
Mas um dos maiores impactos que os europeus tiveram na vida dos nativos foi com as armas e doenças. Na década de 1630 o sarampo e catapora trazidos pelos franceses devastou os Huron e Innus. A população de Hurons caiu pela metade em projeções otimistas. Na mesma época seus inimigos Iroquois haviam acabado com a caça em sua região e travaram guerras contra os Hurons que acabaram praticamente todos dizimados (os Iroquois possuiam armas de fogo, fornecidas pelos ingleses enquanto que os franceses só davam armas para os hurons que se tornassem Cristãos, que eram poucos). A perda dos Hurons trouxe grandes consequencias para os franceses que dependiam muito do comércio de pele com eles. A destruição dos Hurons é um tema polémico e nem todos acadêmicos concordam que as armas favoreceram os Iroquois. Alguns dizem que eles não tinham armas, mas melhores estratégias de guerra. Outros que os europeus foram os culpados porque as tribos não eram inimigas antes do comércio de pele com os europeus. Outra causa pode ter sido a desunião dos Hurons devido a conversão de apenas parte deles ao Cristianismo ao mesmo tempo que doenças exterminaram seus principais lideres.
Por volta de 1660 o futuro dos franceses (Nova França) na américa era incerto. A Acadia tinha seu desenvolvimento impedido por constantes brigas com os ingleses e Quebec estava em constante batalhas contra os Iroquois. Nessa época o Canadá tinha menos de 4000 colonos enquanto que as colônias inglesas (principalemnte onde hoje é o Estados Unidos) contavam com mais de 70 mil colonos.
Os nativos sempre tiveram um impacto muito grande na colonização francesa. Eles gostavam dos produtos europeus mas ao mesmo tempo não abandonavam sua cultura. Em coisas como comida, roupa e transporte os europeus aprenderam muito com eles. Milho, abobora, carne de castor (beaver), moose, urso, cachorro e aves foram apresentados por eles aos europeus. O tabaco também teve destaque entre os europeus. Canoas, roupas para o frio, sapatos para a neve, medicamentos naturais contra o escorbuto foram outras valiosas contribuições dos nativos para os europeus.
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Um comentário:
Você vê por aqui que na colonização, os povos nativos e estrangeiros sempre trocaram bastante experiência e foram adaptando os costumes, criando uma cultura até então inexistente. Aí em Toronto, você pode notar algum aspecto que foi produto da junção da cultura nativa com estrangeira?
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