sexta-feira, 27 de outubro de 2023

Viagem ao Brasil

 E eis que estamos indo para o Brasil em poucos dias. Os últimos dias tem sido de preparo, comprando umas coisas para levar pra galera, terminando os projetos, avisando todo mundo que não estaremos na área no mês de Novembro, tentando deixar todo certo para que uma vez estando lá não precisemos nos preocupar com as coisas aqui, principalmente com o trabalho.

Sempre é mais ou menos assim, ficamos na expectativa, esperando o dia de subir no avião, descer lá. Eu em particular acho legal a viagem de ônibus para Cardoso, que não é assim uma viagem gostosa, sendo 8 horas dentro do busão, mas é uma viagem tradicional, que lembra muito os tempos que passaram. Começa na rodoviária da Barra Funda, ali, espernado o ônibus da Itamarati, velho conhecido dos tempos que ia para São Paulo, depois para Campinas na Unicamp. A rodovia Bandeirantes, e chega em Americana, dá vontade de descer. Logo ali perto, passamos em Campinas, onde geralmente já estou dormindo, mas sempre acordo para ver a rodoviária que está mudada, era diferente quando eu estudava lá. Então paramos no Castelo que também já mudou, mas só a parada em São Carlos ali já nos força a acordar, descer do busão, andar pra lá e para cá. Ali é também a primeira vez que entro em contato com tantos produtos tradicionais do Brasil. Então vem São José do Rio Preto, Votuporanga e a sensação gostosa de chegar em Cardoso, com o dia clareando. Tudo parece tão conhecido, mas também tão distante, meio que no passado. É um mundo diferente de Toronto, uma diferença tão grande que muitas vezes pensei que poderia escrever um livro... Enfim, em breve isso tudo será realidade mais uma vez...


Super fast!

 E nesses treinos aleatórios, anteontem eu acabei fazendo um treino muito bom. Eu saí rodando level, mas já no km 2 eu percebi que tava com perna e apertei o ritmo. Do km 3 ao 7, isto é, por 5 km, rodei abaixo dos 4:30 por km. Deu até para lembrar dos velhos tempos, quando eu conseguia rodar 10km abaixo dos 4:30 praticamente em toda corrida. 

Amanhã tem corrida de 10km de Halloween (dia das bruxas). Chama Terrifying 10k. Mas acho que vai ser uma corrida normal, em Hamilton. Hoje o treino foi leve, de 5km, que eu ainda não passei para o app então não dá para postar aqui ainda... Mas me senti bem e terminei rápido, acho que a corrida amanhã vai ser tranquila e eu posso tentar rodar abaixo dos 50 minutos nos 10km...

sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Treinos aleatórios

 Depois da meia de Toronto bateu aquela sensação de missão cumprida e agora descançar para a próxima temporada. Exceto que descançar não estava exatamente nos planos, é só a sensação. Então esta semana tem sido devagar mas não parei. A planilha de treino acabou, e os treinos tem sido aleatórios, corro do jeito que sinto que devo correr, e dependendo das circunstâncias não corro, como foi hoje. 


No entando ontem em estava me sentindo mais ou menos bem e acabei rodando rápido. Eis as parciais aí do lado. O primeiro km dos treinos é sempre lento, tipo, estou acordando ainda, e mesmo assim rodei para 5:14, e senti que estava bem, apesar das pernas ainda não estarem totalmente recuperadas da meia, ainda tem algumas dores daquelas de cansaço. 

O km 2 e 3 foram no ritmo da meia maratona. Mas interessante, na meia parece que tinha sido mais fácil segurar esse ritmo. O km 4 foi um pouco forte e como eu sabia que fecharia no 5, eu forcei bastante e rodei para 4:08, bem legal! Mas legal mesmo vai ser quando eu tiver rodando para baixo de 4 por km... Mas aí ao invês de parar, eu continuei por mais um km de descanso e mesmo assim o km 6 foi abaixo de 5/km. É interessante como essa velocidade parece rápido demais para o primeiro km, mas parece devagar, descançando, depois de um km bem forte.

Enfim, foi um treininho legal esse de ontem. Eu queria tentar um mais longo amanhã, mas vamos ver, nada definido dado que a meia já foi, e agora tamo sem objetivo... 

segunda-feira, 16 de outubro de 2023

Meia de Toronto

 E eis que hoje foi o dia. Como eu disse ontem, foi mas não foi. Era o final de 18 semanas de treino, que culminava com a corrida de hoje, mas o humor não estava "Isso aí, muito treino, agora vamos pra galera!". A meia de Montreal jogou um pouco de areia no feinão da meia de Toronto. Por um lado, eu estava feliz com a performance em Montreal e ligando menos para a performance em Toronto, e por outro lado eu já tinha corrido uma meia e o treino parecia menos sério, tinha menos incentivo para treinar. 

Então foi assim que acordei, depois de nem ter dormindo tão bem, pensando em tentar ser rápido mas sem cobranças ou ansiedade. A largada seria às 8:45 para o pelotão A, e eu como estava no B seria um pouco depois, 5 minutos depois. Mas eu não tinha certeza disso, eu pensei que talvez a gente largasse primeiro, mais ou menos como foi no zoológico. Saímos de casa de bicicleta já era passados das 8, e tava uns 8 graus de temperatura. Eu estava pronto, com o número no peito, o gel no bolso. O céu estava aberto, com sol já. Estacionamos a bicicleta na estação da galeria de arte de Toronto, dado que tinha lugares ali, e andamos para o sul em direção à esquina da Queen com a University, área que conheço muito bem.

Chegando lá nos vimos imediatamente no meio de uma multidão enorme de corredores e não corredores. Pareceu muito mias do que em Montreal. Rumamos em direção ao Curral B, de onde largaria. Assim com em Montreal, me surpreendi como tinha espaço. Comecei andar para frente, en direção à larghada, e sem perceber entrein o Curral A, que era o mais rápido, onde também estava a elite, pelo que entendi. Fiquei ali na beirada conversando com a Lika para o tempo passar um pouco. A galera chegava ali para deixar a blusa. Eles simplesmente jogavam as blusas do lado de fora, ou deixava em cima da cerca. Mas eu correria de blusa. Por baixo, a blusa que ganhei na corrida dos Bombeiros em 2005 e por cima uma blusa leve que comprei aqui no Canadá. Acabou sendo um pouco mais do que eu precisava, mas não muito. 

A largada foi dada, rumando Norte na University, o que significa um pouco de subida. Fiquei impressionado um pouco pela ausência de tumulto, a galera corria tranquilamente, e diferent da corrida do Zoológico e mesmo Montreal, pouca gente me assava. Eu me sentia bem em geral, mas também com um pouco de cansaço na perna, bem mas não 100%. Sabia que o ritmo estava bom e sabia onde era o km 1, fiquei esperando o relógio apitar para ver o ritmo, mas tabém prestando atenção na galera e onde estávamos. Parece que quando a gente conhece o lugar a gente presta mais atenção, não menos. 

Mas não notei o apito para o km 1, e olhando o relógio notei que estava marcando 19,71, o que me desnorteou um pouco. Eu começei pensar o que seria aquele número. Nos treinos, eu estava acostumado ver o ritmo alí. Outras coisas são mostradas em números menores e eu nem tentava ver porque não dava. Pensei até que estivesse apertado algo errado, tipo atividade de andar ou bicicleta ao invés de corrida. Pensei que agora era tarde demais para fazer algo, e que eu deveria continuar correndo. Por volta do km 3 olhei denovo, e o valor tinha caido para 17 e alguma coisa. Então imediatamente me toquei que aquilo era a distância que faltava. Não fiquei muito feliz pois não estava muito acostumado correr com o relógio em contagem regressiva, mas okay. Também me toquei que ele devia estar apitando a cada km e mostrando o ritmo de cada km. 

Só que até então eu não tinha ouvido nada, provavelmente porque tinha muita gente fazendo barulho em todo lugar. Mas tudo bem, eu rodava sem prestar muito atenção no ritmo, e achava legal passar pela Bloor, depois virar na Bathurst, e descer, cruzar a College, a Dundas, a Queen... lugares que eu conhecia bem.

Chegando no Km 6 eu comecei a pensar que deveria tomar o gel, o plano era um no km 7 e outro no 14 mais ou tmenos. Só que não estava com vontade. Mesmo assim, quando chegamos no 7, já chegando no lago, eu rasguei o sachê e segurei na mão, mandando pra baixo bem devagar para não engasgar. E quando veio o posto de água, peguei um pouco de água pela primeira vez, foi tudo tranquilo, sem incidentes.

No km 8 pela primeira vez ouvi o apito do km no relógio, mas não vi a placa do km. Olhei no relógio e vi que estava marcando 4 e alguma coisa, fiquei feliz de confirmar que o ritmo estava abaixo dos 5min/km, mas não vi exatamente quanto. Depois olhando as parciais vejo que corri muito bem até o km 8, depois diminui um pouco, senti um pouco. Não necessariamente muito cansado, mas por vezes tentava ir mais rápido, mas notava que não tinha pernas, sei lá. 

Logo ali depois do 8 a elite passou do outro lado. E mais um pouco, veio uma subida inesperada. Não era muito subida, mas eu senti um pouco, não lembrava da subida. Esse foi o km 10, que virei para 5/km, a minha pior parcial. Mas aí veio a descida, dado que tudo que sobe desce, e eu retomei o ritmo anteior, sempre sem olhar no relógio, pois não escutava ele apitar, e também não via placas de km. 

No km 12 eles estavam dando gel, e eu peguei um, depois peguei um pouco de água também. Demos meia volta no 12.5 e voltamos pro Leste. Agora era voltar para o centro e terminar a corrida. Rodava bem, conseguia manter o ritmo e tive uma surpresa agradável quando passei pelo 15km, que reconheci pois tinha os esquemas no chão para pegar o tempo parcial no chip. Me pareceu que eu tinha chegado no 15 muito rápido. Logo depois tomei outrol gel, mais para seguir o plano do que qualquer coisa, dado que não estava com muita vontade. Acho que também tinha um certo medo de quebrar, eu não queria tomar o gel quando fosse tarde demais. Foi tranquilo, não tive problemas com o gel. É difícil saber se o meu desempenho foi ajudado pelo gel, mas acho que foi. 

Eu prestava muito atenção na galera do outro lado, que estava ainda por volta do km 8, era muita gente! E corri ali, do lado esquerdo da pista, perto da galera que ia pro outro lado. Era uma grande festa realmente. Foi quando me lembrei da guerra que tinha começado em Israel e tanto sofrimento lá, enquanto que aqui estávamos todos nos divertindo. E é bom notar que tem sido realmente muito triste o que acontece lá, com muita gente inocente sendo vitimizada. Muita gente naquele exato momento estava fugindo, abandonando suas casas, tentando sobreviver. A alegria da corrida pareceu imoral. 

Eu não mudei muito o ritmo, mas o km 20 foi quase inteiro embaixo da Gardner, e o Garmin se peerdeu do satélite. O trajeto do Garmin ficou zoado e o vai e volta fez ele pensar que corri uma distância maior do que corri, e o km 20 for rápido, a 4:41. Isso foi descontado no 21, que virou acima dos 6 min/km, o que certamente está incorreto dado que não mudei muito o ritmo. O km 21 foi praticamente todo subida também, e é possível que rodei ele um pouco mais lento, mas não muito, pois eu tentei segurar o ritmo dado que estava acabando, foi o km mais difícil. 

Terminei com 1:41:59, mas apenas notei o tempo real quando cheguei em casa. No relógio aparecia 1:42 (ele não mostrava os segundos, e eu sabia que não seria muito preciso), então eu sabia que tinha ido bem, mas não sabia o tempo exato. Só quando cheguei em casa que consultei o tempo do chip e fique bastante feliz, afinal tinha melhorado o tempo de Montreal em 30 segundos mais ou menos! Estava mais ou menos inteiro, apenas com um pouco de assadura...

Senti essa corrida de uma forma interessante. Apesar de ter rodado forte e terminado cansado e sentir que não poderia rodar muito mais forte, a impressão que tinha é que o ritmo era relativamente baixo, que eu deveria ser capaz de melhorar. Não sei explicar muito bem, mas é como se  por um lado o ritmo parecesse lento, de pouco esforço, muito embora não tenha sido.

Depois da chegada peguei água e gatorade, mas não vi nada de comer, não consegui encontrar a Lika e fui para o nosso planejado ponto de encontro no metrô, um pouco com frio, embrulado no plástico dado pela organização. Depois de esperar um pouco lá comecei a sentir mais frio, pois a minha roupa estava muito molhada e a temperatura nos 10 graus mais ou menos. Mas a Lika chegou e pegamos o metrô para casa. Ela disse que tava cheio de comida, banana, barrinha, biscoitos....

Enfim, foi isso. Agora sensação de missão cumprida. O treino terminou, estou livre para correr como quiser! Mas tudo que espero é não perder muito a forma, já que logo vamos para o Brasil...

sábado, 14 de outubro de 2023

Meia amanhã!

 E eis que estamos na véspera da Maratona de Toronto (na verdade a Maratona de Toronto acontece na primeira metade do ano, e é um evento menorç ela corta a cidade de Norte a Sul, terminando no lago, o que faz com que tenha mais descida do que subida. Esta que teremos amanhã é chamada Toronto Waterfront Marahon, costumava ser inteiramente na beira do lago quando corri a maratona em 2007, o que a fazia bem plana do começo ao fim; mas agora ela tem um pouco de subida e descida, dado que até o km 7 mais ou menos é dentro da cidade, depois disso ela é bem plana, com um pouquinho de subida no último km., comelando e terminando praticamente no mesmo lugar). 

Eu estava meio preocupado de seguir o treino do Garmin a risca, pois a sexta e o sábado eram de total descanço, pra correr a meia no domingo, isso vindo de outros treinos leves. Então eu remarquei um treino leve para hoje e descancei um dia no meio da semana. Eu fiz isso também na meia de Montreal, lá mais por conveniência dado que eu não conseguiria correr na sexta, só no sábado. Aí a performance foi boa lá então evidence número 1 que eu deveria rodar leve hoje ao inves de ficar parado. Evidência número 2 vem da percepção que tenho dos treinos, que pareçe que dias bons vem sempre depois de treinos leves. Mas eu posso estar errado, precisaria dar um download dos dados no Gamim e dar uma olhada melhor nisso...

Comecei às 7 da manhã, tinha dormido razoavelmente bem, e a temperatura tava por volta dos 10 graus, nublado. A disposição estava baixa e eu comecei bem lento. Mas como em geral acontece a velocidade logo melhorou. O ritmo do treino level é de 5:32 a 6:12 por km mas eu estava logo rodando abaixo do limite inferior, o que tem acontecido sempre, é um pouco difícil para manter nesse intervalo, parece mais devagar do que um ritmo confortável.

Comecei nas ruas e logo fui para a pista, mas eles iam ter um evento lá, e eu saí depois de uma volta e meia, voltei pra rua. Dei uma voltas nuns quarteirões e terminei o treino bem melhor do que comecei, com 5:28 de média, contando o aquecimento e desaquecimento que faço sempre em ritmo de treino leve, mas acho que a idéia seria ir mais devagar. 

Então teremos a corrida amanhã, outra meia. Apesar de não estar confiante que farei um bom tempo nessa, eu terminei o treino de hoje otimista que vou me sentir bem amanhã, apesar de não estar tão bem hoje. Mas depois de Montreal não fiz nenhum treino longo, e como fui bem lá, superando os objetivos do treino, ficou a sensação de que o objetivo foi Montreal e que agora estou no perido pós-corridas, tipo, agora é dar uma parada e planajar para o ano que vem dado que no inverno tem muito pouca corrida. Tembém esfriou bastante, contribuindo para essa sensação de que o treino terminou, agora é desacelerar. 

E com isso vamos ver o que acontece amanhã. Como o gel parece ter ajudado em Montreal, eu comprei dois gels para amanhã. A idéia é mandar um no km 6, depois pegar o da organização no 12, depois mandar um no 15. Ou sei la. Em Montreal peguei um gel no 13 e depois disso até o final não achei que precisava mais gel, tinha bebido água também, estava meio cheio. Só que me senti meio fraco antes do 13, apesar do ritmo não ter diminuido. Então sei lá, talvez seja interessante mandar um no 6 ou 7, depois ver como estarei no 12 até o 15, quando poderia mandar o outro. Agora, se eu tiver me arrastando então o gel vai ser provavelmente para passar o tempo...

A previsão é de começar rápido, rodando nos 4:50 ou até mais rápido se estiver me sentido bem, e rodar os primeiros kms e ver o que acontece. Se estiver travado, paciência. Mesmo pensando que não estou melhor do que estava em Montreal, acho que a estratégia tem que ser a de começar rápido, talvez até em ritmo de bater o tempo de Montreal, pois não tenho muito a perder se o ritmo for muito forte, então acho que o esquema é diminuir e curtir as ruas...


sexta-feira, 13 de outubro de 2023

Frio e Aquecimento

 


Podemos dizer que o frio começou, ou pelo menos deu a impressão que ele começou, pois no dia 7 de Outubro a temperatura caiu bastante e ficou lá embaixo, como podemos ver nesse gráfico desse website muito legal. Isso depois de um período de dias quentes, bem gostoso, o que fez o frio parecer mais frio. 

Mas enfim, estamos no Canadá, e nessa época do isso isso não é surpreendente. Então, quando estamos em Outubro e a temperatura dá essa caída, está na hora de ligar o aquecimento nas residências, principalmente que o frio tem sido de vários dias, o calor não tem voltado, então começa a esfriar dentro dos edifícios. 

Mas no nosso prédio, o sistema de aquecimento tava quebrado. E sei lá, acho que não notaram porque tava quente, e quando precisou ligar descobriram que o negócio não funcionava. E pra piorar o nosso prédio é muito antigo e o sistema de aquecimento também, o que torna difícil arrumar peças e gente para consertar. E a cereja no bolo for ue neste final de semana passado tivemos o dia de Ação de Graças, feriadão, que ninguem trabalha.

Mas tava okay, não tava tão frio assim. Essa temperatura é comum no Brasil também, e a gente sobrevive fácil. Só que a galera começou a reclamar muito no canal do Slack do prédio. Tinha gente medindo a temperatura dentro do partamento, flando pra todo mundo "Estou congelando, olha só, 18 graus...". Outros acenderam velas pra ver se ajudava, outros ensinaram o truque de acender o forno do fogão e deixar aceso. E teve um ameaçando ligar para o 311, que é o serviço da prefeitura de olha essas coisas, tipo, eles andam uma pessoa para investigar. 

No inverno passado o nosso prédio até saiu no noticiário local, dado que ficamos sem aquecimento por uma semana em pleno Fevereiro. Mas o prédio tem paredes tão grossas e é tão vedado que na verdade foi bem tranquilo, tipo, você tem que usar blusa dentro de casa, nada demais, a temperatura certamente não caiu para menos de 15 graus, acho que nem chegou a 15 graus. Só que com as leis que existem, e com todo mundo logo indo na justiça dado qualquer coisinha, os administradores do prédio começaram a dar aquecedores móveis, pequenos, para as pessoas que quisessem, so que não fizeram muita propagando pois eu nem fique sabendo. Agora, no entanto, tinha umas pessoas reclamando que usaram os aquecedores e isso aumentou muito a conta de luz deles, e eles queriam um desconto no aluguel. Então falaram que o desconto foi dado, mas também foi atras da moita, sem muito barulho, ninguem foi avisado. Então uma galera ficou mordida que eles poderiam ter recebido o desconto mas não receberam, e agora estão ajuntando as provas para ver se ainda conseguem...

Eita nóis...

quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Recorde na Maratona

 Neste final de samana passado o super-impressionante Kelvin Kiptum do Kenia quebrou o recorde mundial da maratona, com 2:00:35, na Maratona de Chicago, aqui pertinho. Para ter  uma idéia, o sujeito virava os 5km na casa dos 14 minutos baixo, enquanto que eu não consigo nem fazer 20 minutos. Na verdade tal ritmo é muito rápido até para corredores de elite de 10km, eu diria, pelo menos a gente não vê tanta gente assim rodando os 10km para baixo dos 30 minutos. O gráfico abaixo (que peguei da Wikipedia) mostra a progressão dos recordes, e a gente vê que houveram vários recordes depois do ano 2000, o que diz que talvez o recorde não seja tão surpreendente. 

Mas duas semanas antes o recorde feminino também foi quebrado em Berlin, pela Tigst Assefa, com 2:11:53. Até o elite masculino tem dificuldade de correr nesse ritmo. Abaixo o gráfico da progressão dos recordes femininos. Nesse caso o recorde não baixava por um bom tempo e podemos dizer que foi mais inexperado, surpreendente do que no masculino, a julgar por essa progressão.






Isso tudo posto, eu tenho notado muito comentário sobre o tênis usado por esses atletas, o que me leva a concluir que muito do que levou a quebra dos recordes foi a nova tecnologia dos tênis. Na verdade, estão chamando esses tênis de "super-tênis", e parece inclusive que não só o preço deles é muito alto (tipo acima dos R$3000), mas também que o número deles colocado à venda tem sido limitado. O que me pareceu é que agora temos dois grupos de tênis: os de alta tecnologia e os comuns. 

Mas então a questão que vem, mas que ninguém pergunta, é se isto é justo, ou seria tipo dopping. A hesitação em perguntar provavelmente vem de não querermos diminuir o feito destes atletas, que com ou sem tênis tecnologico é espetacular. Mas, sob a hipótese de que isso seria injusto, estamos diminuindo o feito dos atletas anteriores que quebraram recordes sem estas vantagens. 

É complicado, e eu tendo a pensar que é justo usar um tênis com maior tecnologia simplesmente porque as coisas mudam, e não é só o tênis, é o treinamento, alimentação, apoio, sei lá o que mais... Só que no caso do tênis, considerando o momento atual, a gente fica pensando se o cêu é o limite. Tipo, logo vão inventar um tênis com tal propulsão que a galera tá terminando em 1h10, e atletas amadores como eu tá rodando para 2h30. Enfim, podemos até não achar injusto, mas chega uma hora que não estamos falando de feitos do ser humando, mas da technologia, e aí perde a graça. 

Fica aí pra pensar. 

terça-feira, 10 de outubro de 2023

Último treino de qualidade antes da meia

 Depois do final de semana prolongado por causa do feriado de Ação de Graças, eu levantei hoje mais ou menos animado para o treino, mas me sentindo menos do que afiado para o treino. Sentia que eu tinha comido muito, e do cardápio errado, ontem. Mas o treino de hoje era o treino de tempo e eu não podia adiar, pois já achava que ele está muito perdo da corrida. No sábado havia feito o treino de ritmo em ritmo de treino de tempo, e fiz mais rápido do que precisava, então pensei comigo mesmo que qualquer coisa a gente podia fazer um treino de ritmo hoje, dado que no sabado foi mais tempo do que ritmo. Então apertei o botão do Garmin perto das 5 da manhã e vamos que vamos.

O aquecimento de 15 minutos foi lento, estava me sentindo mais ou menos, sabia que não seria um passeio no parque... Vieram os 20 minutos de tempo, entre 4:32 e 4:42/km, e eu acelerei, estava fácil só nos primeiro 500m mais ou menos. O relógio apitava avisando que o ritmo tava muito forte e eu que estava mais rápido que o ritmo de tempo, queria diminuir para o ritmo de prova, mas não consegui. Algo me fazia segurar aquele ritmo para ver o que acontecia. Terminei os 20 minutos com ritmo bastante constante, média de 4:27/km, mas terminei só o pó. Não deu para correr os adicionais 10 minutos opcionais, eu tava doido para parar o relógio e it para o desaquecimento de 15 minutos. 

No final das contas cumprio o objetivo correndo rápido, mas foi decepcionante que não consegui fazer a parte opcional. Pela segunda vez que isso acontece. Enfim, talvez tenha sido bom ter corrido menos hoje...
Outra coisa sobre o treino de hoje é que tava frio, com 8 graus, mas pelo menos não tinha vento e isso foi bom. Ontem fomos para a pista, e tinha muito vento. A previsão é para por volta de 10 graus na meia, e com possibilidade de chuva. Menos do que ideal, o que acaba me deixando mais feliz de ter corrido em Montreal...

Amanhã tem treino leve que estou pensando em jogar para o Sábado, afinal Sexta e Sábado são de descanso, sem treino, e eu estou meio preocupado que dois dias sem treino não vai ser bom. Vamos ver.

sábado, 7 de outubro de 2023

Treino de ritmo alvo

 Hoje foi outro daqueles treinos para você segurar o ritmo da meia maratona por um tempo, no caso 15 minutos, e depois mais 5 minutos se você estiver se sentindo okay. 

Interessante que esse treino parece muito fácil se você pensa que o objetivo é segurar o ritmo não por 20 minutos, mas por 1h45m. Então eu me pergundo se ele tem muita utilidade. Talvez tenha porque eles já contam que os corredores não vão ter disciplina, como eu, e se você fala para eles correrem 1h ao invés de 20 minutos, o treino acaba destruindo eles...

Enfim, ontem não teve treino, foi dia de descanço, e eu tinha feito um treino leve de 45 minutos anteontem, que deu pouco mais de 8km e no qual me senti bem. Mas hoje quando comecei sentí as pernas meio cansadas, não estava nos melhores dias, mas também não estava travado, arrastando. Sendo sábado, eu comecei lá melas 6:30am, muito mais tarde do que o normal, e dei uma volta no quarteirão para depois ir para a pista, chegando lá com quase 2km, ainda dentro dos 15 minutos de aquecimento, nos quais completei 2,89km, ritmo de 5:11, o que já é quase ritmo alvo. 

Disse Bom Dia para um sujeito que havia chegado na pista antes, e tava sem blusa, fazendo um treino específico, onde ele corria de lado, de costas, sei lá como mais. Mas me chamou atenção que ele estava sem blusa, dado que tava 12 graus, e indo pro Oeste na pista tinha um vento contra muito chato, mais ou menos forte, que não só segurava a gente mas também fazia a temperatura cair para uns 5 graus eu acho. Estamos no Outono e este vento é muito familiar... já vemos também muita folha caindo. Eu gosto da pista, mas em dias com vento você tem essa situação onde um lado tem muito vento e o outro não tem nada.

Quando o Garmin apitou para começar o treino de alvo, eu acelerei um pouco, apesar de cansado, e apesar de que já estava no ritmo correto no último km do aquecimento. Rodei o primeiro km para 4:33, bem mais rápido que o ritmo alvo de 4:52 no máximo, e quase mias rápido que o treino de tempo, cujo ritmo máximo é 4:32. Me sentia cansado e tentei diminuir, mas não rolou, não sei porque. Bem, o que acontece é que eu sinto se vou conseguir termina, e se acho que vou então é difícil diminuir o ritmo. Acabou que terminei os 20 minutos num ritmo medio de 4:35, ou seja, foi basicamente um treino de tempo. Mas me sentia mais cansado do que usual. Depois rodei os 15 minutos de desaquecimento com média de 5:06, ainda bem rápido, dado que tipo, você pode até andar no desaquecimento, não tem nenhuma cobrança de ritmo.

A caminhada depois do treino, que durou 50 minutos e 10,2km, foi um alívio, mas não tão fácil, por alguma razão eu estava com as pernas mais pesadas do que o usual, falanto 8 dias para a meia. 

Hoje é sábado e na terça tem treino de tempo, de 1h, com meia hora de ritmo rápido, mas fora isso vai ser só treino leve até Domingo, na meia, que promete estar frio. Agora a previsão é de uns 10 graus para a largada, mais frio que Montreal e mais frio que hoje, tipo, teria que usar blusa e luvas. No entanto, a previsão de 8 dias custuma estar errada...

Ataques em Israel

 Quando voltei do treino hoje, coloquei na CNN Brasil, no youtube. Imediatamente notei que havia acontecido algo, que o humor não era bom. Um comentador preenchia o tempo tentando criar conteúdo para o telespectador que está ávido por mais informações e não consegue desligar. Mas havia pouca informação, e nas entrelinhas notei que houve um ataque do Hamas à Israel, desta vez um ataque grande onde muitos havian perdido a vida. E que Israel prometeu que os Palestinos se arrependerão. Não muda nada, não muda a falta de esperança que o uso de força vai melhorar a situação, de que o conflito vai terminar, de que vai haver menos sofrimento.  

Mas quando mencionaram o Iran, eu notei que uma coisa tinha mudado: o conflito que sempre pareceu tão longe agora parecia mais perto. Antes eu tinha ouvido uma entrevista com o Presidente de Ruanda, e tentei lembrar em 1994 como eu ví o genocídio pela TV, lembrar como ele foi mostrado no Brasil, lembrar o que eu tinha aprendido sobre o fato enquanto ele ocorria. Mas não lembrava nada, nada alem do nome do país talvez. Foi terrível, mas foi longe do Brasil, bem longe, passava no noticiário das 8, que ficava como papel de fundo, a gente conversando sobre futebol. E tinha sido assim com Israel tambem, era um conflito que não parecia ter nada a ver com a gente. Mudando para o Canadá, as coisas ficaram diferentes, parece que o papel do país no mundo é maior, assim a TV cobre mais e os cidadãos prestam mais atenção. Nem todos, mas parece que Israel tem mais importância, relevância para o Canadá do que para o Brasil, e vice-versa. Mas não só Israel, todo o mundo do lado de lá das fronteiras do país. Só que ainda era distante. 

Nesta manhã teve algo direferente, menos distante. Imediatamente eu imaginei que com o involvimento do Iran, o conflito poderia crescer, e atá se tornar Global. Eu acho isso inaceitável; é inaceitável que o ser humano não tenha desenvolvido um protocolo que evita que o mundo inteiro seja colocado em risco por causa de um conflito local. Se os seus valores morais não aceitam o conflito local, deveria tolerar muito menos que ele represente um risco Global. 

A globalização se dá por que hoje em dia tudo é Global, menos o nosso sentido de pertencer a uma tribo, que não mudou. E a força, que Israel tanto usa, tem que ser o último dos meios para se resolver conflitos, porque o ser humano é como era há milenios, ele só desiste quando não tem mais chance, e hoje em dia tá precisando muita destruição para não ter mais chance, e extrema destruição é fácil. 

Eu ouvi que 40 Israelenses tinha sido mortos. E mais de 700 feridos. Ainda as informações são incompletas. E minha previsão é que o que acontece com Israel você pode multiplicar por 10, 20, para chegar ao que vai acontecer com os Paleestinos. Falta de esperança por também prever que apesar da catástrofe causada pelo uso da força, e os riscos Globais, as chances de o conflito ser resolvido praticamente não existe, e todos sabem. Então porque continuam?

sexta-feira, 6 de outubro de 2023

Nomes Chineses

 Estou ouvindo um podcast que relata a Historia da China, mas o progresso está super lento, pois acho difícil entender. Talvez seja apenas uma falta de neurônios, mas minha opinião é que o que torna o negócio difícil são os nomes Chineses. É difícil para a gente gravar os nomes, e com os novos personagens entrando e saindo de cena a todo momento, a gente fica perdido. Assim eu acabo ouvindo mais de uma vez o mesmo episódio. 

Junta-se a isso o nome das regiões, rios e tal.

Outra coisa que eu acho que acaba dificultando é a falta de conhecimento da geografia. Tipo, se fosse no Brasil, a gente conseguiria se localizar fácil, criando uma imagem mental do que está acontecendo e onde. Isso é importante porque a história da China tem muias guerras involvendo reinos definidos pela área geográfica onde estão. 

Enfim, queria que fosse mais fácil...

É interessante como a China tem uma história muito antiga, que parece muito bem registrada começando por volta do ano zero, e claro, quando você vai mais para o passado as coisas são menos detalhadas e confiáveis. É difícil não fazer uma comparação com o império Romano, que estava no auge mais ou menos na mesma época. Digo, agora estou por volta do ano 300AC, acho que nesse ponto as coisas estão começando a degringolar para os Romanos do Oeste...

quinta-feira, 5 de outubro de 2023

10 dias após Montreal

 Apenas uma ráida atualização na situação no meio do caminho entre a meia de Montreal e a de Toronto. 

Primeiro, eu decidi não correr nenhuma corrida nos dois finais de semanas entre as corridas. No primeiro final de semana quase que eu me inscrevi para a corrida contra o câncer, mas depois pensei que não fazia sentido, melhor não ter corridas... mas eram só 5km. 

A planilha de treino tem estado fácil, na maor parte com dias de descanço. No dia seguinte da meia foi um dia sem treino. Depois só na sexta que teve um Tempo Run, na verdade um treino difícil que eu remarquei para o fim da semana, depois mesmo na Sexta feira eu me sentia ainda não preparado para este treino. São 15 minutos de aquecimento, depois 20 minutos a 4:30 mais ou menos, depois mais 10 se estiver se sentindo bem, e termina com 15 minutos de desaquecimento. Como podemos ver, eu acabei rodando mais forte do que deveria, a 4:17 por km de média, e fiquei cansado tal que não consegui manter o ritmo pelos 10 minutos opcionais. Depois no desaquecimento mantive um ritmo forte, terminando bem. Enfim, o treino foi duro, mas value a pena, ganhei um pouco de confiança que estava cansado mas nem tando. 

Depois foiram mais dias de treino leve e no sábado foi descanso, sem treino. Eu andei me sentindo bem, e inclusive fazendo a parte opcional do treino leve (geralmete é correr 20 minutos level, e mais 10 ou 15 minutos level se estiver sentindo bem), depois de um tempo sem fazer. Por causa das corridas e do treino meio pesado, eu comecei fazendo a parte opcional mas ultimamente vinha usando os treinos leves para descansar mesmo, e corria o mínimo possível. 

Então na Terça, anteontem, tinha um treino que geralmente acho legal, o treino de ritmo de prova (goal pace run). O treino começa com 15 minutos de aquecimento, que não estava me sentindo assim tão bem, estava até pansando em desistir. Mas resolvi encarar. Assim sendo, tinha 20 minutos de ritmo de prova, entre 4:52 e 5:02, pois 5min/km é o objetivo da meia. E se estivesse sentindo bem, mais 10 minutos. Eu comecei rodar abaixo do ritmo especificado, mas me sentia okay, então continuei. E o ritmo melhorou, tal que na média acabei ficando dentro do ritmo do Tempo Run, que é mais rápido. E não só isso, rodei os 15 minutos finais, que deveria ser de desaquecimento, mais forte do que o alvo, quase no ritmo do Tempo run denovo. Acabei terminando o treino todo a 4:50 de média, contando aquecimento, desaquecimento e tudo. Foi 1h de treino, que compensou e foi gostoso. A temperatura também estava nos 17 graus, o que tambem ajudou. O treino foi muito bom. 

Ontem foi treino leve, que me senti cansado, e senti uma dorzinha na panturrilha o que me preocupou. Terminei o treino com 30 minutos de treino leve, o mínimo na planilha. 

Hoje foi treino level denovo, mas corri melhor. No começo estava meio travado, mas logo me sentia bem, e acabei rodando os 45 minutos, máximo tempo de treino leve, quer dizer, não parei antes quando poderia. E não senti a panturrilha, acho que está tudo certo...

Enfim, já começando a fazer os planos para a meia de Toronto, com percurso que conheço bem, mas acho que estou mais ansioso que Montreal, acho que porque corri bem em Montreal, onde não precisava ter corrido bem, e Toronto é a corrida alvo dos treinos. Mas vou tentar fazer sem cobranças, afinal o objetivo de correr a meia a 5 min/km já foi cumprido...

quarta-feira, 4 de outubro de 2023

Meia Maratona de Montreal

 Neste Domingo dia 24 de Setembro eu completei a minha primeira meita maratona no Canadá. Ah, mas já tinha feito maratona, 30km, 10 milhas... só não meia maratona!

Depois de ter pego Covid in Abril, o que me fez abortar a planilha de treino para meia maratona que eu estava seguindo, e depois de quase dois meses sem seguir planilha, eu decidi seguir a planilha de treino do Garmin para meia maratona, com a meia de Toronto como corrida alvo, no dia 15 de Outubro. 

Só que no meio do caminho eu me inscrevi para outras corrida, várias outras, incluindo a meia de Montreal neste Domingo que passou. Ter corridas no meio da planilha de treino não é bom, na minha percepção, pois você se mata nas corridas e deixa o treino para segundo plano, e aí na hora do treino você tá cansado e não consegue fazer tão bem como faria se não tivesse corrido. Mesmo assim eu ainda não pulei nenhum dia de treino. Uma hora eu vou falar mais sobre isso. Por agora, vamos falar de Montreal, com um pouco de detalhe. 

Dia 1 - Sexta Feira

Decidimos ir para Montreal na sexta bem cedo, de avião, para termos a Sexta e Sábado para andar e fazer um pouco de turismo. Chegando lá, pegamos o ônibus 747 para o centro com o plano de descer na estação Peel do metrô, de onde subiríamos caminhando o Mont Royal, um morro de onde você tem uma boa vista de parte da cidade. Só que perdemos o ponto e descemos 1km mais pra frente, tendo que voltar andando. Depois do café da manhã não planejado no Tim Hortons, a gente seguiu rumo ao morro pelo caminho mais curto, isto é, quase que só escada, com muitos, muitos degraus. Mas chegamos lá em cima e a vista compensou, foi legal. De lá você vê o rio Saint Lawrence que corta Montreal, e vê todo a parte do centro da cidade. Acho que consegue var inclusive a ilha onde foi a largada da corrida, mas não para mim que tenho vista curta. 

Sentamos um pouco lá e olhamos o mapa. Próxima parada foi o lago beaver (castor), que fica lá no morro mesmo e me pareceu artificial. Mas é legal, tinha uma cachoeirinha, mas neste pointo já era por volta do meio dia e o sol estava queimando apesar de que não estava muito calor. Sentamos numa mesa lá e puchamos o mapa novamente. Para a nossa surpresa, o celular estava com o GPS e mapas funcionando tal que pudemos usá-lo como guia. Dado que não temos plano de dados, e nem sei o nosso plano cobre Montreal, eu não esperava que o celular ia ser muito útil. Mas acabou sendo. 

Do lago castor, vimos que não estávamos tão longe do Saint Joseph Oratory of Mont Royal, que era um lugar que queríamos visitar mas tínhamos meio que deixado pra lá pois não tem metrô lá muito perto, e é longe para andar até lá. Numa decisão meio indecisa saimos andando em direção ao tal oratório. Andamos, andamos, saimos do parque no Monte Royal, andamos e olhamos o mapa. Infelizmente para chegar no oratório a gente teria que dar uma voltas. Aí ajuntou o fato de que estávamos cansados, com sede e o sol estava queimando, e desistimos de ir para o oratório, ao invés disso pegamos o metrô que estava perto e voltamos para o centro para visitar a catedral Notre-Dame. Antes, porém, compramos um suco gelado no supermercado Metro. 

Começou-se a nossa experiência com o Metrô de Montreal. Os trens e estações são antigas, mas parece funcionar bem, e parece que a linha é maior do que em Toronto. Mas o que mais ocupou o nosso tempo foram os nomes das estações, escritos em Francês, impossível de pronunciar... e tantando olhar o mapa na parede para entender onde temos que trocar de trem, qual trem pegar e tal. Com ajuda do funcionario do metro chegamos na estação Viao, onde fui pegar o kit da corrida. Lá foi tranquilo, sem muita fila, e sem muita coisa no kit também. Nesta corrida eu não ganhei camiseta porque tinha que pagar mais se quisesse a camiseta. Eles falaram que por questões ambientais, que asc camisetas não era parte do kit e tal. Sem problemas dado que eu já não sei o que fazer com tantas camisetas. Fora isso só peguei o número e no kit tinha um gel anti-atrito para passar nos lugares que tem atrito durante a corrida. O gel na verdade era vasilina. 
Dali voltamos para o metrô, e a próxima parada foi na estação Place-d'Armes, de volta no centro, e onde descemos para visitar a basílica Notre-Dame. Ela é bastante impressionante, mas o que gostamos mais foi que tinha um monte de bancos. Ficamos lá por um tempo, aproveitando para ouvir a explicação dos guias turísticos que passavam pela igreja com os seus grupos de turistas. A igreja foi construida em 1825, enfim, vale a pena visitar. 
Quando saímos da Notre-Dame já tinha dado 4 da tarde, hora para o nosso check-in no hotel. Então eba, fomos direto para o hotel, que ficava perto dali, dava para ir caminhando. Uma das razões que estávamos cansados é porque estávmos carregando as mochilas o tempo todo, desde às 8 da manhã.

No hotel tivemos um pouco de surpresas. Quando chegamos lá uma tiazinha que tinha chegado antes da gente tava meio que brigando com o recepcionista, reclamando do banheiro, do lençol sujo e tal. Pronto, onde viemos nos meter. No check-in, descobri que tinha reservado um quarto sem banheiro, isto é, com banheiro compartilhado. Eu não tinha prestado atenção nisso, foi uma surpresa, mas olhando no recibo, era verdade. O lugar é bem antigo, sem elevador, com piso de madeira que fazia barulho quando a gente pisava. O banheiro não parecia muito limpo mas estávamos cansados e queríamos tomar banho e descansar para o dia seguinte. O quanrto não era tão ruim, mas bem velho. Eu esqueci de tirar foto... Deixamos as mochilas lá, colocamos roupa mais leve e saímos para procurar janta. Estávamos bem no centro da cidade e ali perto tinha uma praça de alimentação com muitos restarantes, escolhemos um Libanês. Vixi, eita Libanes, compensou, veio muita comida e deu trabalho para limpar o prato. Voltamos para o hotel e tomamos banho, não estava tão ruim assim, e o hotel estava calmo, com pouca gente. Fomos dormir cedo...

Dia 2 - Sábado

Acordamos cedo, bem cedo, tipo 5 da manhã e o café da manhã no hotal começava às 7:30. Eu tinha planejado no dia anterior dar um trotinho no parque La Fontaine, que tinha um lago e prometia ser legal, porque geralmente é legal correr em volta do lago. Dado que tínhamos passe para o fim de semada no metrô, resolvemos ir de metrô até o parque, saindo às 6:15, quando o dia estava comaçando a clarear. Foi fácil chegar lá, e o parque é legal, mas não muito bom para correr. A pista ao redor do lago é de cimento e cheia de irregularidades, e de um lado do lago ela é bem estreita. 

O treino era da minha planilha para meia maratona, que eu tinha realocado e para o sábado eu tinha colocado um treino leve, de 30 minutos, que deum uns 5km e meio. A volta no parque devia ter 1km e eu rodei umas 5 voltas. O ritmo marcado pelo Garin, abaixo de 5:30 por km, foi mais forte do que o planejado, dado que eu me sentia bem e tava rodando fácil. Mas mesmo assim parei com 30 minutos de treino, que era uma parada opcional e podia ir até 45 minutos. Mas a idéai era dar uma aquecida, eu não queria me cansar, dado a meia no dia seguinte. A temperatura estava por volta dos 12 graus, mas estava gostoso. Pegamos o metrô de volta para o hotel e tomamos o café da manhã, que era muito simples, praticamente só pão de forma com café, suco, sucrilhos, leite, margarina e creme de amendoim. Mas para mim estava bom. Banho e começar o dia!

A primeira parada foi a Biosfera (aqui a página deles), que fica na ilha de Santa Helena, exatamente onde a meia maratona ia começar. Para chegar lá era só rodar duas estações de metrô, com uma transferência, ou seja, bem perto. A Biosfera é um tipo de um museu do meio ambiente, com várias coisas para ver relacionada à natureza. Mas a construção, uma grande bola de metal, por si só atrai muita curiosidade. Tem quatro andares, e gastamos mais ou menos uma hora lá. Se tivéssemos mais tempo poderíamos ter andado mais pela ilha, que é um parque, mas estávamos preocupados que íamos precisar muito tempo para o Insetario (Insectarium) e o Jardim Botânico, outros dois lugares que marcamos para visitar no Sábado. Dali então pegamos o metrô e fomos para o Insetario, na estação Pie IX do metrô, esta um pouco longe, fora do centro, e exatamente no Parque Olímpico de Montreal, onde seria a chegada da meia. Com isso já conhecemos o local da largada e chegada e como ir lá de metrô no dia seguinte. 

O Insetario de Montreal (aqui a página deles) é bem interessante. Quanod você entra, parece que está entrnado num buraco de formiga. Depois tem uma parte com uma coleção de insetor, particularmente borboletas, organizadas pela sua cor. Mas tinha outros insetos interessantes, como o bicho pau, bicho folha, muitos tipos de besouros. Tinha também uma area natural com muitas borboletas voando prá lá e prá cá, mas também com outros insetor. Tinha até um formigueiro daqueles que comem árvore, provavelmente os mesmos que a gente tem no Brasil. 

Dali fomos para o Jardim botânico, que era bem do lado do Insectario (aqui a página deles). Nesse ponto eu já me snetia um pouco cansado dado o treino de manhã e tudo que já tínhamos andado, mas ainda era por volta do meio dia e tinha muito pela frente...

O Jardim Botânico de Montreal é bem grande, e legal, com vários jardins diferentes. A principal atração é provavelmente o jardim Chinês, que é grande e tem bastante coisa legal, e foi o primeiro que fomos. De lá fomos para o jardim aquático, o Japonês, indigenos, depois as plantas tóxicas e medicinais, as plantas comestíveis... andamos bastante, parando um bom tempo em cada jardim. O que gostamos mais talvez tenha sido o aquático, que tinha um monte de planta vitória régia, bem grande e interessante! De lpa, voltamos para o hotel, comemos, e voltamos para o jardim botânico para o show das luzes deles, que só podia ser a noite e eu não queria ir pois tinha a corrida no dia seguinte. Não fiquei muito impressionado com o show das luzes, talvez porque já estava cansado, pensando na minha performance na corrida, e tivemos que andar muito nesse show de luzes, praticamente tudo denovo, pois era tipo as mesmas atrações que agora estavam sendo iluminadas e com som. 

Fomos dormir perto da meia noite, mas eu dormi bem e no dia seguinte estava animado para a meia. Fazia tanto tempo que não corria uma meia maratona, apesar de ter feito longos que por vezes passaram de 21km. Então eu não estava preocupado se conseguiria terminar, mas como terminaria. E eu queria terminar bem, ainda se tivesse que correr devagar. Diferente de corridas no passado, hoje em dia eu não fico muito ansioso, e até a corrida começar o foco é mais no ambiente, nos outros corredor, talvez na ansiedade deles. Nessa corrida eu também prestei bastante atenção no ambiente de uma grande corrida, um monte de banheiro químico, corredores de todo canto, em evento enorme! Fazia tempo que não corria uma dessas! Mas aí quando a corrida começa me dou conta de preciso ir mais devagar, que saí muito rápido, que estou ali para me diverter então por que raios estou com tanta pressa? Aí começa a ansiedade, onde de um lado não quero maneirar e de outro estou com medo de quebrar na metade da corrida. 
Mas no dia da corrida, quando saímos do hotel, eu estava alegre. Chegou o grande dia... Estava uns 13 graus às 6:35 da manhã quando saímos, para a corrida que começaria às 7:45, duas estações de metrô a frente. Pegamos o metrô na Saint Laurent, eu de shorts e blusa de corrida, a Lika carregando a bolsa de plástico, transparent, meia boca, que ganhamos na entrega do kit nas costas, E logo ali na estação, no Domingo de manhã, outros corredores apareceram uniformizados com aquela meia mochila transparent nas costas. O trem chegou e foi quando descemos na práoxima estação Berri-UQAM que vimos o que é uma multidão de corredor entupindo os túneis do metrô. Nessa estação faz-se a boldeação para ir para a largada, uma estação de distância, e então todos os corredores que escolheram ir de metrô obrigatoriamente convergem alí. E ficamos enroscado na multidão, andando muito devagar ao longo do caminho da baldeação. Não tínhamos tanto tempo assim, era bem possível que chegaríamos atrasados na largada, mas o fato de que todos chegaríamos atrasados juntos fazia com que eu estive tranquilo, afinal eu estava com outros iguais a mim, juntos éramos mais fortes! Perdendo a largada ou não!
Mas eis que a fila andou, andou e andou devagar mas ainda chegamos na largada com uns 20 minutos que se tornaram 10 minuros depois de ficar procurando a largada prá lá e prá cá. Tanta gente, uns indo para o guarda volumes, outros andando sem rumo, o locutor falando em Francês, se não fosse pela Lika eu nunca acharia a largada. Mas não só achamos, como fomos lá na frente, no corral número 2, o primeiro depois da elite. E eu estava na frente da galera, alí uns 10 metros da largada. 
Primeiro largaram os atletas de elite, depois lá fomos nós!
A largada foi na entrada de uma ponte que ligava a ilha onde estávamos ao lado do rio oposto ao centro de Montreal. Eu tinha o percurso da prova bem nítido na cabeça, e ali começava a estratégia, eu comecei pensando em rodar acima dos 5min/km. Passamos a ponte e chagamos nas ruas do outro lado, onde nem sempre o asfalto era bom. Eu me sentia bem, mas ainda assim pensava em ir devagar, afinal estava ali para me divertir e o que eu menos queria era quebrar e sofrer para terminar. 
Ali no começo foi meio tumultuado, e eu me esforçava mais para não tropeçar em ninguém do que qualquer outra coisa. Me parede que hoje em cia essa questão de prestar muita atenção nos outros, onde piso, como faço as curvas, como passo e deixo outros passarem, tudo isso é muito mais central do que costumava ser no passado, talvez porque nem sempre confio que esteja vendo as coisas corretamente e por precaução tenho que deixar uma margem de segurança. Foi assim, mais tumultuado do que eu gostaria até mais our menos o km 4, quando então as ruas ficaram largas e mais retas. Não houve nenhum acidente.

Ainda antes do primeiro km eu tentava fazer uma ginástica mental, onde o que importava não era a velocidade, mas o prazer de correr por ruas desconhecidas, de apreciar a paisagem, de sentir o vento da liberdade, de ter expulsado os carros da rua, de estar ali com tantos outros numa grande festa. A idéia não era correr no limite e terminar morto, sem ter percebido os detalhes do percurso. Por vezes olhei para o lado e tentei admirar as árvores, o rio, as pessoas que aplaudiam. Mas falhei miseravelmente. Muito pouco consegui me desconcentrar dos outros corredores, do sujetio na minha frente, do que me passou, do que se esbarrou em mim, durante a corrida toda eu prestei muito atençao onde estava pisando e pouca atençao nos arredores, eu estava com medo de algum acidente dado que sempre tinha bastante corredores. 

Por outro lado, também falhei no ritmo, passando o km 1 para 4m41s. Apesar da quantidade de tente, eu consegui olhar o relógio e ver que eu estava rápido, o que foi bom e não muito bom. O lado bom é que eu estava rápido mas me sentindo bem, então quem sabe conseguiria correr bem, conseguiria manter um bom rítmo pelos 21km. O lado não muito bom é que dá aquele medo que você tá muito rápido e vai quebrar, e aí é uma das situações mais decepcionantes. É melhor correr a 5:20 porque você decidiu correr à 5:20, do que correr à 5:00 porque você começou à 4:30 e quebrou e sofreu pra caramba nos 10km finais...
Mas eu segurei um pouco o ritmo e nos dois km seguintes rodei na casa dos 4:50, ainda abaixo dos 5:00 e bem abaixo do que planejava, mas ali realmente não dei para ir mais devagar, eu resolvi que ia tentar segurar aquele ritmo pois estava me sentindo bem, com respiração tranquila.

No km 3 estávamos de volta ao lado do rio onde terminaríamos, e eu tentava prestar atençao para ver se reconhecia alguma coisa. Mas logo os meus óculos começaram embaçar. Por volta do km 6 estava difícil de ver e eu estava encomodado, tentei por duas vezes tirar os óculos para limpar, com muito medo pois correr sem óculos é quase ccomo correr de olhos fechados. Só que não era possível limpar os óculos e eu sabia disso. Por causa de minha versão à claridade, que se tornou enorme ultimamente, eu fiz uma gambiarra nos meu óculos escuros e colei nele lentes escuras de um óculos que comprei na Dolarama. Assim ele tem duas lentes. E quando fica embassado é no meio das duas lentes, não tem como limpar. Eu sabia que tinha água no km 6 e pensei em pegar água e jogar no óculos, talvez fosse uma boa idéia trocar o embassado por gotas de água, mas eu fique em dúvida, com medo que ia só piorar a situação. Acabou que o km 6 chegou e passou, e eu nem peguei água. Também porque não precisava, estava meio frio e eu me sentia bem. Em alguns lugares tinha um vento frio que era um pouco frio demais, mas era em algumas esquinas, rápido, nada que fosse preocupante.

Foi ali pelo km 7 e 8 que passamos pelo centro de Montreal, perto do hotel, e tinha algumas curvas e subidas também. Por volta do km 10 em me sneti um pouco cansado, no 9 tinha pego um pouco de água e já pensava no km 13, quando teria gel, e ali no km 10 eu já estava pensando que as pernas estavam bambeando e eu precisava tentar pegar o gel. 

Nos meus treinos, que ás vezes passaram dos 21km, eu nunca usei gel, nem água. Então essa questão do gel não era algo que eu tinha pensado muito, simplesmente achava que não precisava. Mas nos dias antes da meia eu pensei que tudo bem, eu posso conseguir fazer tranquilo sem gel nem água, mas não melhoraria a performance se usasse gel? Eu não sabia a resposta, eu argumentava pra mim mesmo que não precisava de gel, mas podia ser que ajudasse, por que não? Então quando comecei a corrida não estava preocupado, mas no dia antes fiz questão de ver onde teria gel, e água, e estava averto à possibilidade de pegar o gel. Quanto a água eu saberia que pegaria um pouco pelo menos, eu já tava me acostumando a pegar água nas corrida de 10km, aí molhava a boca, ás vezes um pouco bebia um pouco mias. Mas água atinha a cada 2km e eu poderia tomar quando quisesse, não ia faltar. O gel só tinha no km 13.


Então foi assim que eu decidi ali pelo km 10 que eu precisava pegar o gel no 13, que ia ser difícil manter o ritmo até o 21, pelo menos era o que eu sentia. No km 11 eu cheguei perto do parque onde tinha ido dar um trote no dia anterior, então dalí até o km 12 eu conhecia mais ou menos o percurso e lembrei do treino do dia anterior. Mas também comecei prestar atenção nos km pois não queria perder o gel. Mas quando chegui no gel foi tranquilo. Eu tentei pegar o primeriro mas caiu da minha mão, dado que o negócio é pequeno e eu não vi direito, mas aí a pessoa logo na frente falou para deixar, e me deu outro gel. Só que eu não peguei a água, que pelo que entendi estava do outro lado apenas.  

Pensei um pouco se devia tomar o gel. Esperei sair ali da zona de água e gel, e as pernas estavam pesada, ainda no km 13, faltavam 8. Eu não tinha experiência, fazia mais de 10 anos que eu não usava esses energéticos, e estava um pouco preocupado que fosse fazer mal. Então eu acho que o que me fez mandar ele pra baixo foi a ideia de que ele poderia funcionar, e tipo, eu estava cansado e com o gel poderia terminar bem, correndo rápido. Se isso acontecesse, considerando que eu já estava num ritmo bom, seria uma corrida excelente. Então engoli o gel devagar, super doce, com sabor de chocolate, não achei gostoso. Doce demais. E nada de água! Mas eu estava tomando bem devagar para não engasgar nem nada, e foi tranqilo. No posto de água do km 15 eu peguei um pouco de gatorate ou algo do tipo, pois tava precisando dado que o gel ainda estava meio que descendo.

A corrida ia por uma avenida grande e reta, estávmos lá por um tempo já quando chegamos no km 14. Ali, virei à direita, saí da avenida, estava sozinho, não via ninguem na minha frente, mas via gente voltando do outro lado, portanto sabia que ia ter um 180 graus e eu ia voltar. Os óculos estavam menos embassado, bem melhor, mas não perfeito, e eu já tinha me acostumado de qualquer forma. Fiquei meio receoso, devia seguir alguém para me sentir mais seguro que não ia errar o caminho. E eis que a volta era logo aí, uns 50 metros depois de sair da avenida, um negócio atípico, parece que feito de propósito para me enganar. E eu fui enganado, eu ia passando direto sem fazer a curva, apesar de estar prestando muito atenção e dos cones, eu não consegui identificar o local como o ponto de bate-volta. O que me salvou é que eu fiquei desconfiado e olhava pra trás toda hora, e os sujeitos atrás de mim viraram, pararam de me seguir! Ah, eu também virei imediatamente, e pronto estava no percurso novamente, agora com gente na minha frente. Mas não perdi muito tempo, menos de 5 segundos com certeza, então não foi big deal. 

Uam coisa legqal desta corrida foi a quantidade de pessoas aplaudindo. Pelo que entendi a organização colocou um monte de voluntários para aplaudir, gritar, fazer todo tipo de barulho mais ou menos a cada km. Talvez nem tando, mas tinha vários pontos. Era legal. Exceto talvez que eu entendi que eles estavam exatamente na marca de cada km, eu eu tinha dificuldade de ouvir o meu relógio apitando a marca de cada km. Perdi várias marcas de km e meio que culpei eles, mas sei lá, talvez não tenha sido. O meu Garmin também tava marcando os km meio errado, o que eu meio que eprcebi logo no começo, apesar de não ter visto placas de km. Mas tipo, ele apitava antes dos postos de água, que ficavam na marca do km pelo mapa. Enfim, são detalhes que não influenciou nada, afinal na média ele tava mais ou menos certo, dizendo qual o meu ritmo.

Quando cheguei pelo km 17 eu estava me sentindo bem, quase que atleta de elite. Isso me faz pensar que o gel fez o seu papel, e realmente funcionou, mas não dá para ter certeza. Outra coisa que aconteceu é que no final era mais plano e descida, mais fácil, seria natural aumentar o ritmo, apesar que era mais que isso pra mim, eu me sentia bem, mehor que por volta do km 10. Apesar do ritmo bom o tempo todo, tinha mais gente me passando do sendo passado, mas ali naqueles km finais eu passei várias pessoas, eu mantive o ritmo forte e por vezes me senti liderando o pelotão. O meu pelotão, o grupo de uns 5, às vezes mais corredores que eu estava junto.

Eu sabia que do lado direito a gente tinha o jardim botânico, onde eu tinha ido no dia anterior, com muita árvore. a rua larga, sem buracos, muito boa para correr. E eu segurei forte nos 3 km finais, apesar que no último, que até tinha um pouco de descida, eu já me sentia bem cansado de manter o que eu vi depois ter sido um ritmo abaixo de 4:40. Estava rodando na beira dos 4:30 por km, compatível com as minhas melhores média de ritmo médio para meia maratonas. Cruzei a linha de chegada ainda mantendo o ritmo forte, com 1:42:31. Eu sabia que estava bem, mas não esperava estar tão bem. Missão cumprida, estava muito feliz com o meu desempenho naquela meia que era só para divertir, que eu não queria me cobrar, que eu tinha corrido 10km nos 2 fim de semanas anterior... 

Estava cansado, suado, mas andando normalmente, feliz. Peguei água, voltei e peguei mais. Peguei gatorade, banana e outras coisas, e mais na frente a medalha. Estava procurando a Lika que não tinha visto, e já achei estranho que uns 3 minutos depois da chegada ela não estava ali. Só que o lugar onde a gente estava era fechado, eu nem sabia se seria fácil ou possível para chegar naquele local. Então fui andando e notando que tínhamos que andar muito até saír da área onde só corredores que chegavam estavam. Peguei uma sacola com umas barrinhas e outras coisas, coloquei tudo dentro e continuei andando, logo saí na área dos corredores, mas nada da Lika. Esperei por aí por uns 10 minutos e nada. Por sorte a gente tinha combinado de se encontrar no metrô caso não nos encontrássemos depois da corrida, pois sabia que teria muita gente. Então fui para o metrô. Quando cheguei lá ví que um número enorme de gente chegava de metrô e saíam correndo em direção à chegada. Pensei que talvez estivessem ainda vindo da largada, que o metrô teria ficado congestionado e a galera tava vindo em ondas conforme chegava cada trem. Mas não era isso, era simplesmente que muita gente tava chegando de todo lugar para ver colegas terminando a maratona (acho que mais a maratona do que a meia). E depois de um tempo a Lika apareceu. Ela estava na chegada mas não tinha me visto. Eu brinquei que era porque eu estava muito rápido, mas a realidade é que tinha muita gente e o pessoal que não tava correndo não parecia ter muito espaço, tava meio tumultuado. Depois eu responde uma pesquisa e comentei que precisamos de mais espaço.

Dali fomos para o hotel pois tínhamos que sair ao meio dia. Deu tempo de dar um cochilo, mas eu estava com fome, e pegamos as coisas, deixamos o hotel e fomos comer. Comi muito, inclusive sorvete. De lá fomos continuar o turismo, eu com as pernas pesadas mas tranquilo e feliz. Voltamos apra o local da chegada onde ficava a Biodome e o Planetario. Interessante que ainda tinha gente chegando de metrô para ver a chegada da maratona, corredores chegando no metrô, a galera ainda tava terminando a maratona! Vixi, não era para mim mesmo, eu pensei que tinha feito a escolha certa, ainda que não tenha sido uma escolha dado que a maratona não era uma opção para o meu nível de treino, passou se o tempo que eu gostava de sofrer! Mas enfim, estava feliz de já ter terminado, tomado banho, cochilado, almoçado... 

Mais tarde fomos para o aeroporto, e de lá, o vôo atrasou e por volta das 11 da noite estávmos em Toronto, no aeroporto da ilha. Pegamos a bike até o metrô, e de volta para casa. No dia seguinte foi descanso e na Terça feira um treino leve, parte da planilha para a meia de Toronto, que eu penei, estava com as pernas bastante cansadas. Mas hoje, uns 10 dias se passaram e eu já me sinto bem. Que venha a meia de Toronto!

Volta ao Bairro Moss Park

Depois de uma semana lenta, eu escolhi um bairro do centro para contornar hoje, Sábado. O bairro Moss-Park é bastante falado por ser um bair...