Um dia eu estava ourvindo rádio e tinha essa entrevista com Lisa Genova. Ela estava falando sobre o seu mais recente livro, Love Anthony, sobre um garoto com autismo. Eu acabei encontrando a entrevista no rádio que pode ser ouvida aqui (em inglês).
A entrevista me interessou bastante pois eu sempre fui curioso com esse negócio de autismo e na verdade tantas outras condições estranhas que tem raízem em processos não bem compreendidos no cérebro. Com isso eu também já tinha lido vários textos de Oliver Sacks, que acaba sendo também uma das referências de Lisa Gonova. Bom, eu acabei solicitando uma amostra do livro (Sem querer fazer propaganda, mas o e-reader Kindle, da Amazon, permite você surfar no site da Amazon e pegar amostras de livros que te interessa. Uma amostra é umas 20 páginas iniciais do livro. Eu não sei se funciona para outros e-readers). Depois de ler a amostra eu acabei comprando o livro.
E depois de ler Love Anthony, eu acabei comprando os outros dois livros de Lisa Genova, Still Alice (Ainda Alice, sobre Alzheimer) e Left Negleted (Não sei traduzir isso, mas deve ser algo como Lado Esquerdo Negligenciado, sobre dano cerebral que faz com que a pessoa esqueça que ela tem um lado esquerdo do corpo, embora tudo ainda funcione normalmente).
Os livros de Lisa Genova, mais do que os de Oliver Sacks, são diferentes por descrever a condição do ponto de vista da pessoa que tem a condição. Isso é algo muito interessante que parece muito pouco explorado na literatura. A gente acha fácil na internet o que é autismo e quais os sintomas, mas como uma pessoa com autismo percebe o mundo, o que ela pensa, se ela sabe ou não sabe de sua condição. Lisa é uma neurocientista e também tempera os livros com informações mais detalhadas sobre a condição, mais científicas, embora ela não chega a detalhes que a gente geralmente encontraria em artigos científicos. Acho que estes dois pontos dizem muito do porque do sucesso dela, e porque os livros são bons, na minha opinião. É uma obra de ficção que acaba indo muito alem da ficção, retratando uma condição real e na minha opinião ajudando muito a combater o estigma e talvez pre-conceito que existe para com as pessoas portadoras. Vale a pena conferir!
sábado, 25 de maio de 2013
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