Enfim, eu tive minhas medalhas e o tempo onde quis correr a SS todo ano. Hoje eu sou mais focado em correr por correr, não importa o tenis, o cronômetro, o ritmo, a distância, a roupa. É bom quando tem alguem junto, mas fora isso correr é liberdade, é poder pensar em outras coisas, ouvir programas de rádio que não ouviria em casa, respirar ar puro, ficar cansado e com vontade de comer e dormir... Liberdade de decidir o seu percurso, o seu ritmo, de escolher calçada ou rua, subida ou descida, 1 ou 2 horas, de parar para pegar o metrô, de sentir o chão passando por baixo dos seus pés, mas de terminar feliz.
A polêmica da medalha entregue antes ilustra na minha opinião como os corredores que vão na SS são diferentes de mim no que eles buscam. Mas isso não significa que não tenham razão, que estão errados ou que o objetivo deles tem menos valor. Significa que somos diferentes e estamos em fases diferentes, que temos valores diferentes, que buscamos ideais diferentes. A medalha entregue antes da corrida é uma afronta ao assíduo participante da SS que tanto valor dá a conquista suada da medalha, um passo que o organizador não deveria dar sem ouvir os corredores, sem ter realmente bons e convincentes motivos. Eles pisaram na bola e vai ser interessante ver como isso se desenvolve. Eu acho que a SS tem uma importância muito grande para tantos que participam, uma importância emocional, não é a medalha que faz a corrida e portanto a entrega da medalha antes da prova será simplesmente aceita, poucos pararão de participar alem daqueles que iam parar de qualquer forma, como eu parei.
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